domingo, 6 de dezembro de 2015

OS ACÔRDOS DE PARIS E AS VERDADES

     Quando os participantes da COP-21 voltarem para seus países, novos debates ocorrerão entre as  resoluções em   Paris e as realidades domésticas . No curto prazo a produção de alimentos e a geração de energia não podem ser alteradas, outras necessidades como água potável, emprego, formação de capital fixo e o fluxo de investimentos devem seguir as políticas recomendadas em Paris.
     O confronto entre  os 5 países desenvolvidos e o grupo do BRICS revela um PIB consolidado de 33 trilhões de dólares, produzidos por 700 milhões de pessoas em 2014, contra 17 trilhões de dólares produzidos por 3 bilhões de pessoas dos países em desenvolvimento. A diferença está no grau de riqueza, porém, ambos poluem o planeta. O primeiro grupo gera desperdício da produção do consumo e da energia e o outro grupo produz poluição pela necessidade de crescimento.
     A China para se tornar uma potência industrial fecha os olhos para as consequências ambientais que produz. A Índia com 1,25 bilhões de habitantes, tem 400 milhões sem anergia elétrica, dependendo da queima de carvão  de suas reservas para os próximos 200 anos, e o Brasil optou pelas usinas hidroelétricas, como a de Belo Monte que produz 12 GW de energia. essa política brasileira cria muitas divergências quando comparamos o programa da Índia até 2022 em produzir 170 giga watts de energia limpa, solar, eólica e biogás.
     O desafio do desenvolvimento é a não agressão ao meio ambiente, os países desenvolvidos não conseguiram no passado vencer esse desafio, só resta assim, entendo, um mutirão internacional para que ocorra a transferência de recursos financeiros e tecnológicos e o fortalecimento do programa de distribuição de 'green bonds' aos países produtores de créditos de carbono.

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