sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

OS DANOS DO DESENVOLVIMENTO NO CLIMA

     Os antigos processos agrícolas foram suficientes para abastecer o consumo da sociedade brasileira até o final da década de 60. Os hábitos alimentares eram mais naturais e o cardápio seguia a composição da cesta de alimentos disponíveis em cada estação, não havia uma abertura das importações para os alimentos que permitissem manter o abastecimento no período das entre safras. Como também não havia  um sistema logístico estruturado, o abastecimento gerava elevado percentual de desperdício e de perecimento.
     Os tempos foram se tornando outros, os ideais agrícolas das famílias rurais sucumbiram diante do fenômeno antropossófico. Era o nascimento do êxodo rural, a realidade mundial começava a viver o dilema da causa e efeito. Hoje em dia, o jovem não se conforma em viver no campo. " Nínguem mais quer pegar no cabo da enxada ", " isso já era! " Fogem das estepes russas, dos cantões suíços, das planícies americanas, das pradarias patagônicas, dos urais da china e dos sertões brasileiros.
     A vida moderna e o desenvolvimento tecnológico, escravizaram o ego humano e a revolução industrial depois de mais de 2 séculos ressurge com novas ideias de produção de alimentos : Técnicas de congelamento, criação de novas espécies botânicas de alimentos transgênicos. O setor químico cuidou da "proteção", com adubos, pesticidas, herbicidas, fungicidas, inseticidas, hormônios de crescimento, controladores de crescimento, conservantes e corantes. Assim surgiu a indústria de transformação que entrega ao consumidor o alimento pronto para ser consumido, com validades que passam de 1 ano e o uso descontrolado da biotecnologia no fornecimento de carne bovina precoce e clonada.
     No campo a máquina substituiu o homem, e as cidades se tornaram, estranhamente, um lugar triste e de solidão em que o seu autor é o único responsável pela forma da vida que temos.

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