quinta-feira, 10 de setembro de 2015

FAZER POLÍTICA REQUER ISENÇÃO DE ESPÍRITO

     A política irreal de crédito ao consumidor para fomentar o consumo iludiu a capacidade empresarial provocando a oferta de emprego, esse crescimento começou a ser estancado com a abertura das tarifas públicas num período em que já havia uma forte incerteza política. Teve início então uma fase preocupante para o equilíbrio da economia, os rendimentos decrescentes passaram a ser contabilizados pelas empresas e pelas famílias, essas duas pontas da economia ativa iniciaram a retração mútua, se o sistema produtivo começou a liberar o excesso da mão de obra, o consumidor também começou a reter o impulso de comprar, isso é inevitável, é uma atitude de proteção da renda dos dois lados. O efeito substituição conduz a economia para patamares recessivos, porque na visão das famílias a política adotada nos últimos anos comprometeram a renda familiar por longo prazo eliminando a capacidade de poupança voluntária, o êmbolo da formação da riqueza nacional.
     Se forem colocadas em prática algumas medidas com respaldo da opinião pública,o processo de recuperação seria imediato e sem custo social, objetivando o poder aquisitivo da moeda, da produção e do emprego:
     1-Redução acentuada da taxa de juros
     2-Redução da participação pública na economia
     3-Redução progressiva da carga tributária
     4-Redução do prazo da linha de crédito ao consumidor
     5-Redução dos pagamentos por não moeda
     6-Redução dos dias parados por feriados
     7-Alavancagem do setor de manufaturados e da indústria de base
     8-Reforma fiscal com um projeto de lei oferecido pelos agentes econômicos e  governo
     Entendo que a pior maneira de combater a inflação é agindo com uma agressiva política monetária sem um cuidadoso diagnóstico da sua origem. A inflação nasce de uma convergência de fatores como a expectativa psicológica, a situação externa, aumento da demanda interna, redução da oferta de bens e serviços, problemas climáticos e condução das contas públicas.
     Por fim, a administração do poder aquisitivo da moeda exige permanente atenção desses fatores. A moeda só tem a função de troca no curto prazo, de outra maneira, em troca de títulos com o setor produtivo da economia. Quando a moeda não está dentro desse sistema de mão dupla entre a família e a empresa, corre perigosamente para o sistema especulativo ou para o financiamento do sistema público que históricamente no mundo nunca soube usar.

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