terça-feira, 15 de setembro de 2015

A PORTA DA NECESSIDADE É ABERTA

     É um debate que se esvaece no tempo: no regime capitalista predomina o  pensamento de se garantir aos capitalistas exercerem predominância sobre o restante da sociedade pois eles tem a propriedade das forças produtivas. Esse pensamento é a base da crítica socialista de Mark, mas a história da economia de hoje conflita com os pensadores clássicos, atualmente a condução da economia brasileira, para não falar do resto do mundo, é uma mistura desses dois fundamentos. Essas ideologias não contavam com a evolução do processo essencial dentro da produção, isto é, o fortalecimento da correlação entre o capital e a mão de obra.
     O governo brasileiro sempre adotou um papel centralizador e ao mesmo tempo uma forte relação
de dependência com o setor privado. Algumas considerações justificam o texto acima, durante as décadas de 70 e 80, 60% do crédito no país era estatal e estatal também era a participação de 50% no patrimônio das empresas, ainda hoje há uma acentuada restrição à privatização que impede a maior atividade do setor privado, o relaxamento da obediência fiscal e a regulamentação da economia inibem consideravelmente a iniciativa privada. Curiosamente propõe medidas para estabilizar as fracas condições que a economia brasileira atravessa com ajuste fiscal e política monetária que só beneficiam o capital e seus donos. Só existem os programas sociais porque a sustentação é mantida pelos impostos gerados pelo setor privado e pelas classes de trabalho.
     A democracia, afinal, garante que o capital, o Estado e a iniciativa voluntária privada possam fazer os seus papéis, conquistarem seus objetivos e ao mesmo tempo consagrar o desenvolvimento e o bem estar social.


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