quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O PERIGO DE UM PARASITA

     Vez por outra, somos levados a compreender e analisar questões atuais, esquecendo ou mitigando os problemas do interior das doutrinas da economia.  As conjunturas evoluem no tempo, e aos poucos tentamos relacioná-las ao pensamento contido nas ideologias.
     O princípio de liberdade como lema antigo, não avançou com a Revolução Francesa. No meio do século XIX os operários só dormiam em casa e voltavam ao trabalho para cumprir 15 ou 16 horas de jornada por conta do mínimo que os proprietários do negócio pagavam. Quando avaliamos as relações de trabalho a partir do século XX, verificamos que pouca coisa mudou, e por que ? Os padrões e as escalas dos agentes e recursos disponíveis no sistema mundial de negócios e de produção adquiriram proporções que afastam a possibilidade de melhorar o conforto para a vida do homem comum. A pressão da vida moderna anulou as conquistas da ciência, da tecnologia, da automação, da informação e da produtividade. É um absurdo que mesmo com toda a evolução, o trabalhador ainda ganhe o mínimo que o patrão paga.
     As previsões para o movimento do trabalho e do bem estar são intrigantes. A evolução da inteligência tira sutilmente a necessidade da mão de obra, sem, contudo, evitar a necessidade da comida no prato do homem.
     Esse conflito entre esses dois agentes econômicos surge com a interferência do Estado. O sistema liberal representou a liberdade dos agentes econômicos, porém a presença da planificação do governo e a mediação contra a formação de agrupamentos e cartéis aumentou o controle de preços e a presença da política na economia. A partir de 1938, antes do início da segunda guerra mundial, começou se formar uma nova corrente formulada pelo economista Jacques Rueff, o neoliberalismo, tentando resgatar o livre mercado com críticas ao intervencionismo do Estado.
     Na década de 40 o ilustre médico A. Silva Mello, escreveu em seu livro "O homem": "Por que  essa distribuição tão iníqua e imoral ? Não demonstra isso realmente que as leis foram criadas sobretudo para proteger os ricos, primeiramente garantir a sua posição dentro da sociedade ? "
     O mundo tem que resolver definitivamente o seu futuro, não pode mais o Estado interferir na economia, com o objetivo de se manter no poder, qualquer que seja o regime de governo, isso é um perigoso parasita que se instala no processo de desenvolvimento econômico e social. É um perigoso parasita que é formado pelo corporativismo das empresas e que tem como seu poderoso hospedeiro o sistema político do governo. Então a árvore da Nação está ameaçada.

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