sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A AMBIVALÊNCIA DA RECESSÃO

     Toda vez que o processo da recessão aparece na conjuntura que é movida pela economia, novas realidades são colocadas em prática pela sociedade consumidora. Como teoricamente a renda é igual ao que se consome mais a poupança disponível,  a flutuação dessas variáveis  determina os novos destinos dos investimentos, mas o fato é que após os conflitos e crises, sejam de natureza econômica ou não, a sociedade não será mais a mesma.
     Pode parecer um paradoxo, mas a recessão permite o realinhamento e equilíbrio dos agentes fundamentais da economia. Nessa fase as autoridades governamentais que são responsáveis pelas contas públicas, refazem suas previsões e controlam com rigor a realização das dotações orçamentarias. Os investidores aumentam a proteção do capital e avaliam e protelam novos projetos. As empresas criam novos sistemas e programas de custeio, melhoram os métodos operacionais, buscam maior produtividade na produção e fortalecem o relacionamento entre seus parceiros.
     A recessão encontra na família, o principal agente da ciência econômica, é ela que irá colocar os elementos financeiros de mercado, os níveis de oferta e demanda de bens e serviços em equilíbrio, e indicar mediante seu comportamento qual deve ser a real utilização do dinheiro na atividade econômica. Os conflitos e crises não surgem das empresas e muito menos das famílias, porém são os que sofrem na pele as consequências. Esse preço deve ser compensado com uma nova mentalidade nas relações dos mercados, da proteção da massa salarial, no maior sentido das políticas e diretrizes governamentais e nas instituições do país.

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