segunda-feira, 15 de julho de 2019

A VERDADE SÓ TEM UMA CARA

     O jornal brasileiro Valor Econômico publicou em 2 de julho passado um artigo do economista Luiz Gonzaga Belluzzo sobre estratégias de desenvolvimento, citando como exemplo, as conquistas das políticas para o desenvolvimento adotadas nos últimos 50 anos no Brasil.
     Em suas considerações, salvo melhor juízo, salienta as políticas sino-asiáticas como paradigmas ao processo de crescimento. Entendo que todo o avanço no sudeste asiático não devem servir como exemplo para possíveis critérios no desenvolvimento brasileiro. O Brasil é culturalmente diferente e se não bastasse isso, as decisões em uma região diferente por si só e que abriga a metade da população mundial devem abordar idéias de sistemas de governanças estranhas para os padrões ocidentais.
     Com exceção da Coréia do Sul, a presença nos investimentos chineses dos bancos, empresas e fundos públicos nos resultados da economia não servem como balizamento na estratégia brasileira no uso do poder público no sistema financeiro. Basta lembrar que as autoridades monetárias em nosso país sempre encontraram obstáculos políticos na administração da dívida pública e a sua contabilidade deve ser rígida, sem artifícios, porque dívida é divida.
     Vejo com estranheza a afirmação sobre o " arcabouço institucional que sustentou o desenvolvimento do país ao longo de cinco décadas ".
     Tomando a educação como exemplo mais significativo, na década de 70 o Brasil tinha um PIB per capita 5  vezes maior que a Coréia do Sul, com os investimentos vigorosos em educação naquele país, na virada do século a economia coreana já tinha nos ultrapassado. Qual outra explicação diante dessa comparação que não seja o total desprezo pela eficácia e eficiência nas políticas educacionais brasileiras ?
     Ainda seguirei em minha apreciação.     
   
   

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