sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

A UTOPIA DA PROPRIEDADE PRIVADA

     O sonho de justiça na divisão da riqueza  jamais se tornará realidade enquanto houver o medo de perder. Desde Platão o ideal de um Estado sem pobreza e sem riqueza tornou-se verdadeiramente em uma utopia que alguns pensadores filósofos tentaram fazer acreditar que a possibilidade de felicidade comum estaria em nossas mãos, desde que compreendêssemos a renúncia da riqueza particular, objetivando-á.
     Em todo o transcorrer da nossa história essa vã intensão habitou as mentes religiosas mais radicais como Tomás de Aquino, Ambrósio e Basílio na Idade Média até se transformar em uma ideia científica do socialismo com Mark e Engel no século XIX, realimentando os princípios desgastados pelas disputas entre as categorias de classes. Cada uma desejando a ruína da outra e ambas, enquanto se arruinavam.
     Desde as ideias mais primitivas o pensamento que sempre determinou a continuidade do direito à propriedade privada foi o temor pela desigualdade da justiça. E não seria diferente quando se entrega a posse da riqueza para terceiros ou ao julgamento do Estado.
     A conturbação política é moldada atualmente, na minha visão, por ideias sem forças que retratem o poder de convencimento pelas transformações de todos os paradigmas econômicos que não sirvam ao desenvolvimento social. É um embate de cores nacionalista com elevado viés de protecionismo, vestido de medo pela possibilidade de piora das condições. 

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