Costumava-se dizer: " quem tem o dinheiro tem o poder". Não é mais verdade, "quem tem todos os recursos naturais tem o poder!"
É por isso que no momento o Brasil recebe a capitalização política do ônus ambiental , por ser o grande exportador de commodities. Em 2017, convém exemplificar, 80% das exportações brasileiras foram direcionadas para a China; essa parceria tem favorecido sobremaneira ao país asiático que tem utilizado a sua elevada taxa de poupança em relação ao PIB nos investimentos de ativos brasileiros, como o embarque de grãos no rio Madeira em plena amazônia.
A Amazônia por estar localizada numa região que faz fronteira com o hemisfério norte precisa ser utilizada estrategicamente como principal rota de acesso mais rápida com o mundo desenvolvido. Isso não significa, apesar da preocupação comercial do mundo, que o Brasil, diferentemente do que ocorreu com o meio ambiente do planeta, faça a mesma depredação.
A soberania brasileira é intocável ! ela é exatamente igual a todas as outras, em todos os países existem explorações de minas abertas ao céu aberto de ouro, carvão, bauxita, cobre e ferro. A madeira e o petróleo são consumidos de forma legal e a exploração da agropecuária se mantém nos moldes tradicionais do uso de defensivos que contaminam os lençóis freáticos. São esses mercados que fazem competição internacional com os produtos brasileiros.
O que está ocorrendo é uma "cortina de palco" com a Amazônia brasileira, como ferramenta da neutralização da capacidade de liderança das commodities brasileiras.
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