sexta-feira, 16 de agosto de 2019

A PENHORA DA AMAZÔNIA

     O Banco Mundial vem registrando a perda sistemática do PIB da economia globalizada, esse recuo é atribuído pelo banco à um possível estresse hídrico. Uma outra informação nos diz que de toda a disponibilidade de água para a irrigação, mais de 90%, é destinada às grandes propriedades rurais, isto é, essa água abastece a produção de alimento consumido pela comunidade internacional e entretanto até agora pouco havia de preocupação sobre essa questão.
     Um estudo da OCDE estima para 2050 um aumento de consumo de água em torno de 50%, podemos acrescentar diante dessa informação que, com a produção industrial nos moldes atuais, necessita de 300 caixas de 1000 litros de água para a produção de uma tonelada de aço enquanto a agricultura brasileira manda para o exterior mais de 100 trilhões de litros de água anuais contida nos grãos de soja.
     O aquecimento global é o principal vetor da emigração humana, esse movimento  transmite a real noção do desiquilíbrio no uso das riquezas naturais, junte-se à isso a prodigalidade dos governos e na fomentação de crises, e a maior de todas as crises chegará quando a escassez hídrica gerar a inflação fatal nos preços dos alimentos.
     ´Se é um rol de informações pessimistas, no entanto não podem ser descartadas, haja visto, que de repente, a opinião pública internacional tomou conhecimento que existe a Amazônia e que ela é a fiel depositária da penhora por tudo que o mundo dos ricos queimou até hoje. 

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