terça-feira, 15 de junho de 2021

" O PONTO DE INFLEXÃO A PARTIR DE 2030 "

 Hoje o Brasil participa em mais de 10% da produção de grãos da safra mundial. Mesmo assim, os analistas afirmam que a agricultura brasileira só é inteligente da porteira para dentro. Acredita-se também que muito embora as cotações das commodities de grãos estejam regulando as cotações para um patamar de segurança, o mercado de Chicago continua com os preços regulados pelas secas e crises hídricas que duram a algum tempo.

Indaga-se : O que tem haver isso com a falta de gerência de negócios na agricultura brasileira??? A produção nacional do milho representa algo em torno de 40% da produção de grãos registrada pela safra 20/21 de 105 milhões de toneladas, mais que suficiente para o consumo de 90 milhões de toneladas. Existe nesse caso um espaço gigantesco, diante do estoque de segurança, para um avanço vigoroso no mercado internacional, considerando é claro, em primeiro lugar a força da agricultura brasileira e em segundo lugar as incertezas da agricultura mundial motivada pela relação produção/consumo no momento em que se avizinha o perigo do crescimento populacional no mundo.

A China consome 300 milhões de toneladas de milho contra uma produção de 260 milhões !!! Seria plausível dizer que estaria em segurança alimentícia se a questão demográfica asiática não estivesse se aproximando do ponto de inflexão. Os dois gigantes do continente a  China e a Índia, daqui há 10 anos estarão participando com quase metade da população mundial, sem levarmos em conta a autorização do governo chinês para que as famílias possam ter até 3 filhos.

A meu ver, o projeto inteligente de negócios da agricultura brasileira deverá focar em um quadro internacional com uma pressão de elevada demanda agrícola; bastando,  é bom que se frise, que haja uma adequação de segurança entre as fontes do capital externo e interno.  

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