sexta-feira, 21 de abril de 2017

O DRAMA DA HISTÓRIA DO EMPREGO

     Adam Smith e Karl Marx que nasceu quase um século depois (1818), tinham as mesmas ideias no que se refere a divisão do trabalho e a sua valorização na troca da utilização da mão de obra humana. Mais tarde, Keynes defendia o papel ativo da moeda para a sustentação do equilíbrio geral da economia. Fechava assim a convergência dos dois principais fatores do sistema produtivo da economia, era uma contribuição para a formação de um sistema de ideias destinadas as relações econômicas e sociais do sistema. Contudo, a evolução do sistema produtivo se caracterizou por uma tendência fortemente capitalista que valorizava mais o capital no conjunto agregado da produção.
     A principal consequência, a meu ver, foi a perda da importância relativa do empregado e da consequente perda do efeito multiplicador da renda, e a barganha entre os agentes envolvidos ficou para traz. Qual seria o entendimento no século XIX se o salário proveniente da mão de obra humana sofresse, como ocorre hoje, os efeitos de uma concorrência de uma tecnologia de ponta focada na produtividade, e que esse entendimento tivesse o objetivo exclusivo de remunerar o capital.
     É assim que pensa o empregador, e, é por isso que quem saiu perdendo sempre em todas as inovações tecnológicas, desde a primeira revolução industrial, foi o emprego e o salário. Se eu estiver enganado, porque os índices de desempregos continuam a tirar as noites de sono de quem precisa trabalhar e ganhar o seu sustento e de sua família ?    

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