sábado, 29 de abril de 2017

A PROCURA POR UM INVESTIMENTO JUSTO

     Qual o pensamento que norteia a ideia de investimento e prosperidade para o mundo como um todo? A evolução do comércio e as tendências dos capitais seguem, como sempre, os interesses dos lucros capitalistas, não que isso seja errado, a parte errada é a sua exploração dentro das economias dos países subdesenvolvidos.
     Tomemos como exemplo o dinamismo do setor da agropecuária no Brasil, nos últimos anos tem sido o diferencial na balança das contas externas brasileiras, devemos acrescentar que esse processo teve início na década de 70, mas que todavia, não contribuiu para o desenvolvimento social. O fluxo de capitais desse setor tem grande envolvência cambial e se mantém dentro de um círculo no qual os resultados financeiros não conseguem alcançar a economia doméstica do país. Os investimentos vindos do exterior tem origem nos países ricos, são as poupanças das famílias que emigram, e portanto devem ser respeitadas. Isto é verdade, como é verdade que esse dinheiro quando se destina a projetos de infra-estrutura,  favorecem direta ou indiretamente as áreas estratégicas de exploração, mesmo sustentável, de matérias-primas e produtos agrícolas que serão mandados para o mundo rico.
     O pensamento é nesse caso linear: Todo investimento visa o lucro e o prazo no qual ocorrerá o retorno do capital aplicado, como o comércio de matérias-primas e produtos agrícolas sofrem a intempestividade do mercado cambial, logo a troca entre moedas fortes e fracas acelerará esse retorno. Existem opiniões respeitadas sugerindo que não se devem permitir que somente se adote a estratégia de exportação dessas riquezas para o mundo rico sem a necessária barganha social em todas as transações comerciais.
     Esse pensamento, repito, até hoje não teve respaldo dos grandes órgãos que regem as transações comerciais entre os países ricos e os pobres.

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