domingo, 2 de abril de 2017

SEREMOS, POR ACASO, AINDA HUMANOS EM 2050 ?

     Somos vítimas de nós mesmos quando reclamamos da qualidade sanitária e química de todo o alimento que consumimos... e continuamos a consumi-los, esquecemos que o abandono do campo pelas gerações contemporâneas provocou a ocupação da agricultura e da pecuária pela inovação tecnológica, esse processo trouxe embutido a poderosa indústria química, e graças a ela, em tudo que comemos hoje, ela está presente.
     Em recente entrevista divulgada pelo jornal brasileiro Valor a bioquímica nigeriana Mojisola Ojebode deixa bem claro a sua preocupação pela saúde das gerações presentes e futuras, por conta do uso generalizado das pesticidas sintéticos na alimentação humana, aborda também o perigo das regulamentações inadequadas, só que no momento deixa de ser uma ameaça para ser real. Vivo no campo e conheço essa realidade, não existe regulamentação quando um caminhão-pipa chega em uma usina de beneficiamento de leite com 5 mil litros de leite estragado, imediatamente é "ressuscitado" com o uso de soda cáustica, entre outros, capazes inclusive de acrescentar uma sobrevida de 120 dias.
     A nossa alimentação deixou há muito tempo de ter a importância social e vital, somos os consumidores menos favorecidos, por exemplo, os equinos certificados tem uma alimentação criteriosa, provavelmente, melhor que a nossa. Os dados publicados, informam que pagamos e trabalhamos para produzir grãos na proporção de 2/3 destinados aos outros animais, isto é, grande parte da preocupação econômica estudada não se destina ao bem estar humano, essa ciência procuro levar com o punho da bandeira da verdade e da coisa certa, entendo que não vale a pena cuidar das oscilações gananciosas dos mercados enquanto assisto " o envenenamento lento e legal ", e o mais trágico, cruelmente necessário, para uma civilização cada vez mais faminta.

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