quinta-feira, 15 de novembro de 2018

O SENTIMENTO REPUBLICANO NÃO É GREGO

     Se os seguidores do pensamento republicano de Sócrates ou Platão acharem que aquele caminho os conduziria para o entendimento definitivo de que o cidadão é o centro básico de uma República, entenderão também que o crescimento do Estado é o crescimento da felicidade do cidadão.
     Seguir o juízo verdadeiro de justiça humana de Sócrates, hoje não mais fortalece esses nossos princípios na procura da paz social que nem sempre o Estado nos oferece. No entanto, prefiro buscar no passado recente brasileiro a aurora sempre revivida de Silvio Romero no ano de 1900, que estabiliza dentro de mim o sentimento republicano da terra onde nasci.
     " Para bem servir a República basta apenas um pouco de boa vontade, de bom senso e de patriotismo ".
     Esse é o cidade, arquiteto da República e dono do Estado.

domingo, 11 de novembro de 2018

AS PREOCUPAÇÕES COM NOSSA INTELIGÊNCIA

     De concreto mesmo é a concorrência que a tecnologia implantou em todos os segmentos da economia moderna. A busca por melhores resultados, permitiram que os investimentos no desenvolvimento de novas técnicas trocassem a utilização da mão de obra humana pela automação e a robótica. A economia moderna se caracteriza pela concorrência entre duas formas de inteligências : a lógica e a criativa, e quanto mais for sofisticada no conhecimento mais se aprofundará a necessidade impiedosa da dispensa humana.
     É esse o objeto que nos acompanha desde a primeira revolução industrial, rompeu com todos os princípios fundamentais da valorização do trabalho, contribuiu para o enfraquecimento social, desprezo pela renda e pelo salário.
     Entretanto, tudo isso tem o efeito bumerangue, e se o Estado falir será por subestimar o poder da nossa ignorância.

sábado, 10 de novembro de 2018

OS PREOCUPANTES SINAIS DO TEMPO

     Existe a expectativa de que o fluxo migratório africano que acontece na Europa possa conter a forte redução da população, atualmente com uma taxa de fertilidade em torno de 1,2%. É uma tendência mundial desde 1950 e apresenta uma estimativa negativa para daqui 30 anos, até chegar a zero na virada do século XXI, segundo estudos da ONU.
     Com base nesse espectro social a economia também deverá se movimentar, como sempre foi. Durante longo tempo os impostos e as despesas públicas, carga tributária, em relação a renda nacional, cresceu até 4 vezes, principalmente nos países mais ricos, a partir de 1980 começou a se observar que essa participação estabilizou na faixa entre 30% a 50%.
     O que essa informação nos traz de concreto para a explicação do que acontece hoje no mundo ?

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

A INOVAÇÃO QUE NÃO TRANSFORMA

     Consideremos o seguinte : o mundo procura de como resolver o problema do meio ambiente com um consumo comprovadamente insustentável. A economia mundial desenvolve processos inovadores focalizando a produtividade sem levar em consideração a importância do comedimento e o esgotamento dos recursos naturais. Tudo, absolutamente tudo que consumimos sai da natureza, por isso, essa afirmação é mais do que uma sentença, porque contra ela só cabe a redução do consumo como solução sustentável.
     O Brasil por ser um país continental tem sua balança comercial alicerçada pelo campo, mas a sua atividade rural sofre um desastre ambiental sem controle. É bem verdade que a causa está no consumo externo através das commodities, esse fluxo sustenta no exterior a indústria de transformação, o setor de logística de transporte, abastecimento e químico. O rebanho bovino brasileiro é maior que a população de 208 milhões de habitantes e na sua cadeira de produção consome mais da metade da produção de soja do país. Necessita de espaço para os pastos, desmata, realiza queimada, poluí rios, mananciais e prejudica a camada de ozônio na atmosfera. Contudo, o Brasil não recebe qualquer contra partida como indenização pelos danos ambientais produzidos para atender ao consumo externo.
      Enquanto a sociedade brasileira paga os prejuízos, lá fora se realizam os lucros.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

A INCERTEZA É UMA CERTEZA

     Após a crise de 2008 a economia mundial não conseguiu mais se recuperar, os níveis de estabilidade para que pudéssemos acreditar em uma segurança confortável ainda não foram alcançados. Os confrontos comerciais puseram por terra os pactos e blocos firmados entre os países que procuram através do comércio internacional fortalecerem seus fluxos cambiais.
     A política americana, a meu ver, está travada pela necessidade de encontrar uma saída que possa zerar uma dívida que consome todo o valor do PIB ( 17 trilhões de dólares ) . Isso porque, quando a carga tributária elevada se mantém durante o processo de recessão, o contribuinte empobrece e a dívida pública aumenta. No curto prazo, o nível de quase emprego não é suficiente para recuperar o seu problema fiscal, e o pior, é que a economia mundial está atrelada aos resultados e interesses dessa política. Os países emergentes, em consequência, estão navegando entre a procela americana e os recifes chineses.

domingo, 4 de novembro de 2018

A MIGRAÇÃO MUDA O MUNDO

     Sempre mudou. As viagens dos fenícios, Marco Polo e Vasco da Gama, muito mais do que aventureiras e exploratórias serviam para construírem as estradas que iriam formar as nações de hoje. Por essas estradas o homem percorreu todos os cantos do mundo, constituiu e construiu famílias que estabeleceriam a cultura europeia, era a imigração do velho mundo, cansado das guerras e das pragas, das explorações dos feudos e da tirania das monarquias.
     Portanto, não sejamos hipócritas para negarmos o passado que a história deixa marcada nos livros de cada nação de hoje. Aqueles que algum dia fugiram da opressão da fome e da miséria estão retornando aos lares dos seus antepassados. São os herdeiros de suas culturas, fazendo o mesmo caminho de volta, com os mesmos desejos de paz e felicidade que afinal de contas é a única razão de se viver.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

A MÃO ESPERTA DA ESPECULAÇÃO

     Isso já estava escrito na idade das cavernas: a política alimenta a especulação e por isso o mundo não consegue viver sem uma crise  política. Dependendo de sua intensidade a especulação pode abalar, desabar ou alavancar a economia ou o mercado financeiro internacional. Em apenas 24 horas alguém engorda sua conta bancária em centenas de milhões de dólares, não importa onde esteja.
     O período recente que antecedeu as eleições brasileiras o câmbio se manteve volátil, enquanto os principais indicadores econômicos demonstravam a estabilidade necessária para acalmar o mercado. É uma mão invisível e poderosa que enriquece uma minoria às custas, é claro, de prejuízo de outrem, seja lá física ou jurídica,e, por absurdo, até uma instituição bancária.
     Essa minoria tem como parceiros os lobistas inescrupulosos que espreitam os corredores e gabinetes de Brasília, Washington ou Pequim. Lugares por onde circulam os interesses de projetos de grandes investimentos, não se importam em interromperem o processo de recuperação da atividade econômica de países em desenvolvimento e que quase sempre, não dispõem de reservas de divisas cambiais para sustentarem as dificuldades geradas pelo mercado de câmbio.