quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

""RECESSÃO OU DEPRESSÃO ??? O MUNDO NÃO APRENDE!!!

 Entre uma crise e outra a economia mundial nunca adquiriu fôlego político em condições de garantia de investimentos e de prosperidade no combate a fome e a miséria. Essa situação crônica tem estreita relação com os fracassos das administrações públicas. A noção de que os países desenvolvidos pouco ou quase nada tem contribuído com o resto pobre do mundo ganha resistência diante dos indicadores de desempenho econômico das maiores economias.

As pessoas, não os governos, descobriram que não existem diferenças entre elas e o mundo. Podem ser tolerantes, sobre tudo, desde que não haja a fome. 

A impressão real é que o tempo se esgota a cada momento, como na década de 30, e as grandes economias não conseguem fugir do estrangulamento fiscal de seus orçamentos e da capacidade estrema da carga tributária. Neste século a autoridade monetária mundial perdeu o controle, gasta-se muito mais do que a receita, em que pese, os impostos que retiraram da força sistema produtivo, em  média 40%.

Caminhamos para 100 anos à espera por dias melhores para que a atividade econômica transferisse ao mercado de fatores condições de estabilidade na formação de renda e emprego, assim tem sido sem que se deslumbre nada que alimente a esperança do trabalhador.

domingo, 13 de novembro de 2022

OS INOCENTES LÍDERES PRESENTES NA COP-27

Quando a questão principal dos fóruns é sobre  o clima, surge uma " cortina de fumaça " vinda do Brasil e da Amazônia para tranquilizar os inocentes países mentirosos, maiores emissores de poluição na atmosfera.

A história está aí para quem quiser que o desenvolvimento econômico das maiores potências só foi possível graças à fartura dos recursos naturais roubadas de suas colônias, só a França tinha como colônia quase 1/3 do continente africano entre o século XIX e XX. Esse processo imperialista permitiu que até hoje as grandes potências possam consumir matérias primas 10 vezes mais que os países pobres. Uma das consequências desse domínio indiscriminado, criminoso e corrupto foi o crescimento exponencial do desperdício. É produzido em média 1quilo de lixo/dia por pessoa no mundo pelo uso irresponsável da capacidade da natureza em gerar riqueza.

A exploração da madeira não é e nunca foi uma atividade produtiva exclusiva do Brasil, não há como negar que toda a tecnologia de corte por equipamentos mecânicos são de origem dos países desenvolvidos. Basta lembrar que em 1980 veio ao Brasil um grupo de madeireiros da Suécia para retirar a madeira inundada do Tucuruí, um volume aproximadamente de 6 milhões de metro cúbicos de madeira tipo A. Nessa época o mercado madeireiro era  dominado pelo sudeste asiático com 85%. Hoje a liderança do Brasil é o resultado da varredura florestal do mundo, a Europa mantém apenas 0,60 de florestas nativas.

A Amazônia brasileira tem algo em torno de 80 bilhões de metros cúbicos de madeira tipo A, são madeiras nobres que representam 30% da madeira tropical existente no mundo. No entanto, o que ninguém...ninguém aborda é que em cada 10 mil metros² de madeira nobre ainda de pé, com  um acervo de 200 espécies, paga-se um pouco mais de 200 dólares por  um total de 38m³ tipo A.

Finalmente, diante do tráfico internacional desse negócio altamente lucrativo, cabe à autoridade brasileira junto à Cop-27 denunciar a participação nessa tragédia os países importadores ali presentes , protagonistas diretos pelo aquecimento global, disfarçados ilustres em Miguel Cervantes lutando contra os "Moinhos de Ventos". 

terça-feira, 8 de novembro de 2022

QUEM AINDA LEMBRA DA ECO-92 ?

 Crescimento e justiça social. O direito humano de vida produtiva e saudável, em harmonia com a natureza, e que os povos tradicionais fariam o manejo ambiental com cooperação internacional para o desenvolvimento sustentável no manejo florestal. Essas eram algumas das  pautas de urgência que após 30 anos serviram para mostrar que a realidade do mundo não está no contexto desses eventos regados à champanhe.

Quando a primeira ministra Margaret Thatcher recomendou que os países pobres pagassem suas dívidas com seus recursos naturais, estava em verdade, dizendo que o processo econômico desde o início do século 20 estava em exaustão. Esse fato histórico serve para lembrar que a economia de hoje, pós pandemia e guerra, não serve mais para satisfazer as necessidades humanas, ou tão ampla capaz de satisfazer todos os sonhos. Numa só palavra, o futuro prevê  que a produção será para atender uma procura na proporção do dinheiro no bolso de cada pessoa.

Todo mundo sabe mas ninguém diz nada de que não existe pauta possível quando se fala em manejo florestal e produção para uma vida saudável da humanidade quando a FAO estima uma necessidade de crescimento da produção de alimentos na ordem de 60% até 2050 para atender 9 bilhões de pessoas.

Em 2018 escrevi que o aquecimento global era uma bomba com base em indicadores reais do mercado de alimentos. Trinta anos para trás e 30 anos para frente não foram e nem serão capazes de alterar a relação produção/consumo se não for alterado o comportamento de hábitos e costumes da sociedade seja ela qual for. A realidade da economia moderna exige maior produção para atender uma necessidade que não diminui e por causa disso não diminui também a necessidade de consumo de água e energia. A China consome sozinha 1/3 de toda soja plantada no mundo e o Brasil exporta nos grãos da soja brasileira 113 trilhões de litros de água anualmente

Pior que ser pessimista em relação ao futuro é não gostar daquilo que vê e não fazer nada.

 

domingo, 21 de agosto de 2022

A HUMANIDADE SEGUE PELO CAMINHO DO FRACASSO

O tempo gasto pelos pensadores sobre todas as ideologias que pudessem fazer a felicidade humana, diante da realidade, se tornaram perdidos. Acreditavam que a felicidade seria o fruto de uma sociedade organizada e de direitos iguais e que todos os bens disponíveis na natureza estariam repartidos e, o que é pior, em abundância.

Acontece que, para ser organizada, tem que haver distribuição homogênea de aptidões e energia das tarefas que satisfaçam  à todos. E foi dessa forma que se criou o sangue que iria irrigar todo o sistema produzido pela atividade humana : a moeda ! A moeda representa desde a sua origem o direito de poder futuro, o sentimento credor de alguma coisa mesmo que ela seja representada por uma ilusão. 

A desigualdade entre os ricos e os pobres não é consequência ideológica, as etnias foram as responsáveis pelas formações de dinastias e impérios desde a história antiga. É possível, para não afirmar, que ainda existam herdeiros de famílias que se mantiveram presentes até hoje  em decisões que mudaram a história contemporânea.

Chegamos à um ponto que por conta do desgaste político mundial, terá que se exigir dos povos maior participação nas mesas internacionais em todos o níveis. Sejam eles de importância econômico, social, ambiental  e de segurança alimentar.    

domingo, 17 de julho de 2022

SEMPRE EXISTIRAM BILIONÁRIOS POR TODA PARTE !!!

 Segundo a revista Forbes em 30 anos a riqueza acumulada pelas pessoas bilionárias avançou em uma escala de 300 bilhões de dólares para 5,5 trilhões nas mãos de aproximadamente mil e quinhentas pessoas. Contudo, quando analisamos a concentração de renda nesse aspecto, deve ficar claro o sentido mais amplo e não apenas em torno dos protocolos acadêmicos. Isto é, a distribuição da renda engloba os ricos e os pobres dentro de um mesmo plano, em que ambos produzem e consomem renda e riqueza.

Há que salientar : que em todas as economias, incluindo dos países ricos, a poupança nacional tem sido financiada pela poupança privada, compensando os déficits do setor público, na medida que o investimento privado na economia determina a sustentação do nível de emprego e renda. Devemos convir ainda que o empresário é quem carrega todos os riscos da economia voluntária. É mais do que claro também, que a economia gera a desigualdade socioeconômica e as disparidades de renda, e não menos importante : sempre obedeceram a sistemática dos sobressaltos de movimentos políticos e de todas as tendências sociais.   

sábado, 25 de junho de 2022

A HORA DA VERDADE EUROPEIA

 O desafio a  ser enfrentado pelos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos é de como se livrar da dependência dos cartéis das propriedades de patentes das multinacionais que alimentam o poder colonizador dos países ricos. Basta citar um exemplo clássico : Para se construir um setor industrial tecnológico superior ao manufaturado é, em muitos casos, barrado pelas bases contratuais do setor elétrico nacional com as empresas estrangeiras que fornecem assistência com produções de equipamentos de tecnologia patenteada.

O mesmo desafio para se livrar da dependência externa, deve ser enfrentado pela Europa. Paradoxalmente o continente europeu está em desvantagem em relação aos países pobres. Esses, dispõem, em sua grande maioria, de abundantes recursos naturais e, em muitos dos casos, não sofrem com o rigor do inverno.

Como podemos ver, existe um ditado brasileiro muito popular : " pau que dá em chico, também dá em Francisco".

Não trataremos mais de divisão de forças geopolíticas, o mundo político deverá colocar definitivamente a cooperação para o desenvolvimento entre todas as regiões do mundo ou estará sempre à beira do abismo, seja ele qual for, mais será o abismo.  

  

quarta-feira, 11 de maio de 2022

" DEPOIS DA TEMPESTADE VEM A INFLAÇÃO "

 A política monetária mundial, incluindo o Brasil, tem pela frente o papel de interferência do Governo como impulsionador da aceleração da recuperação econômica. Essa participação se apresenta como um apelo aprofundado por uma grande demanda agregada sem a presença neutralizadora do aumento de impostos, criando, dessa forma, uma reversão de expectativa do investidor, incapaz de isoladamente dar início ao arranco da economia.

A calma do sistema integrado da economia requer a compreensão do caminho do fluxo monetário, em época como a que atravessa o mundo atualmente de uma persistente pressão inflacionária generalizada sobre os principais agentes econômicos. Como corolário disso, a arrecadação dos governos se apresenta também enxertada por um significado financiamento , representado pela parcela da inflação, desnecessária e maléfica, sobretudo, se não houver redução de impostos sobre os preços.

A interferência do Governo se faz historicamente em função do ritmo inflacionário, todavia, é preciso ficar claro que não implica e não é compatível com qualquer iniciativa de política centralizadora, ou ao contrário, a perda de regras com a doutrina liberal necessária nesse momento, porém devidamente objetivada com o acordo no processo político governamental.