sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

"" A PREVISÃO DO CAOS DEPOIS DO CAOS ""

 O novo governo brasileiro no início do mandato ainda não apresentou o aviamento, sequer embrião, do plano estratégico para a economia baseado no orçamento fiscal tão somente. Ao invés disso, se limita aos discursos de campanha com afirmações dirigidas, de forma desleal, ao público que o apoiou. 

A lealdade em verdade, deveria ser destinada ao povo brasileiro : durante a pandemia o número de falências concedidas à empresas ficou abaixo quase 50% dos níveis anteriores, diferente consideravelmente, do que ocorreu nos Estados Unidos e Europa. Esse é um indicador ancoradouro do sistema capitalista que tranquiliza, em última análise, o salário.

Desde o início da pandemia os analistas tinham como preocupação, nos países desenvolvidos, a segurança das empresas, o atendimento emergencial às pessoas desprotegidas e, o que denota um sentimento mundial, a atenção do destino e uso diferentes do dinheiro orçamentário, sabendo-se de ante mão, a dificuldade do equilíbrio fiscal.

Os indicadores macroeconômicos do Brasil surpreenderam aos mais otimistas, basta citar a inflação e o desemprego.

Como foi possível em pleno caos mundial o Brasil controlar e reduzir a inflação aos níveis anteriores ??? Pragmatismo. Ação antecipada da autoridade monetária e por parte do executivo, a preocupação, também antecipada, com a segurança do sistema produtivo da economia.

Vale ressaltar finalmente, que a assistência de renda para os mais desprotegidos necessitou, e o que foi feito de imediato, um dispêndio fora do orçamento correspondente à uma parcela do PIB de quase 8%. E mesmo assim, a relação dívida/PIB se manteve em torno de 84%, bem abaixo da média 110% dos países ricos para aquele período.

Portanto, o que importa para o Brasil é que a alternativa do poder não fira a verdade dos números que são públicos e devem ser respeitados, criticados, mas não omitidos ou negados.   

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