domingo, 29 de julho de 2018

A VERGONHA DE UMA NAÇÃO CANSADA

     Apos 28 anos de uma vida nacional sob uma nova Carta Magna, a impressão é de que o povo brasileiro ainda não alcançou a consciência da proteção da sua liberdade. Aqueles que se apresentaram como novos líderes e paladinos da democracia, nada mais eram do que as famintas hienas a espera das sobras nas carcaças que os abutres abandonaram. O Brasil é muito rico em sua natureza, em seus abundantes recursos naturais e tem uma população gentil em mais de 207 milhões de pessoas que têm carregado nesse período um fardo pesado com as falsas promessas de desenvolvimento e as pegajosas mentiras quanto a permanente dilapidação do patrimônio público nacional.
     A forma de pensar sobre o Brasil é muito importante para que o povo aceite as ideias de comprometimento nas decisões do futuro que lhe resta e de seus descendentes. Em alguns momentos da vida nacional, assistimos o enfraquecimento das instituições que formam o alicerce da nação e pouco ou nada fizemos para o seu fortalecimento. Quem vive em algum lugar deste país, deve saber a importância do seu papel, pois vive dentro de um sistema fechado pela ganância dos planos daqueles que nunca se importaram com a esperança que habita no coração de uma nação tão cheia de condições e amantes da liberdade.

sábado, 28 de julho de 2018

TRIBUNAIS SEM PRINCÍPIOS

     O Brasil vive o momento que antecede a razão. Nada melhor então que incluir  agora o cravo na ferradura que sustenta a democracia : ele é o leigo, aquele que tem o sentimento e a inspiração sobre a razão, não sabendo a ciência das coisas, recebeu a contrapartida do faro de poder estar certo ou errado, ele entende a evolução do pensamento que margeia a realidade e o envelhecimento do idealismo da vida, é capaz de mudar as idéias e legar ao futuro dos povos.
     Dito isso, acredito que a presença de leigos em uma côrte de juízes, representaria a garantia que essa côrte não é maior que a verdade extraída da inspiração ingênua. Seria o poder produzido no seio sagrado da opinião pública, essa verdade voaria acima da lei, da justiça, do mérito e da moral, que juntas representam o juízo de valores, mas ainda assim, menor que os princípios que germinam no terreno da dignidade humana.     

sexta-feira, 27 de julho de 2018

O CIDADÃO ESTÁ ABAIXO DA LEI E ESSA ABAIXO DO POVO

     O manto da justiça é o principal pilar da nação, o tronco maciço da honestidade, das virtudes milenares, da grande aptidão para separar o joio do trigo e da absoluta renúncia a tudo aquilo que representa a sombra desumana das tiranias. O problema da lei não se refere ao pensamento, mas como deve funcionar, isto é, da forma como se julga ou como se deve julgar. Na medida que o homem aumenta sua prole e ocupa mais os espaços, faz emergir do nada a necessidade de se respeitar mutuamente o mérito e a verdade de cada ato no convívio complexo entre as pessoas.
     Avançou tanto tudo isso que passou a ser uma contingência permanente a criação de novos tribunais. A ideia mais preocupante é de quantas mãos e por quantos juízos de valores e de juízos sem valores a lei será interpretada. A arte de lapidar a lei despreza o bom senso e não raras vezes sucumbe ante a insensatez.
     Se esse for o fanal do nosso destino, virão sobre nós as correntes que levarão a justiça a ser inteligentemente guardada em cofres dos velhos piratas das sociedades elitistas e jogados nas profundezas das águas negras da ignorância para esquecimento do patrimônio pátrio  legal constituído.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

BRASIL ! " QUO VADIS ? "

    Faltando menos de 70 dias para as eleições gerais no Brasil, paira sobre o país um estranho nevoeiro institucional, envolvendo-nos com a insegurança, impedindo a visão segura sobre o caminho político, e abrir o desengate de ideologias que não atendam os princípios democráticos, e , mais ainda, a definição sobre as necessidades fundamentais a serem obtidas afim de sustentarem o processo de desenvolvimento econômico-social.
     Na minha ótica, a omissão da sociedade brasileira ocorreu pela falta da educação que lhe foi negada e impedida de se manter à frente da vida política nacional. Esse comportamento delegou ao poder político todas as decisões, apenas as decisões, porque as repercussões dos seus efeitos pertencem à vida da sociedade. O pior momento é esse, quando na hora dos debates sobre projetos de interesse nacional para desatrelar o país do atraso  em relação aos parceiros emergentes, ainda vivemos o drama da corrupção, que parece não terminar, se não conseguirmos arrancar das entranhas da vida pública brasileira. 

domingo, 22 de julho de 2018

O MUNDO PRECISA DESCOBRIR O DESENVOLVIMENTO

     É provável que estejamos passando por mais uma fase pós revolução industrial. A estimativa de pessoas empregadas no mundo, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é de l,5 bilhões de trabalhadores, isso representa 21,5%  da população mundial, menos de 1 pessoa para sustentar mais 4 pessoas. Estima-se também, em 200 milhões de desempregados em todo o mundo, seguindo o mesmo raciocínio, são quase 1 bilhão de pessoas amarguradas e preocupadas com seus dias. Enfim, podemos dessa forma afirmar que vivemos em um planeta subdesenvolvido. Se olharmos com mais atenção o que ocorre ao nosso redor, não há como questionar essa triste realidade.
     A condução da vida humana em direção ao futuro, acredita-se ter um rumo independente da nossa ação, mesmo assim,  quando se vê uma ideia absurda ser criada e emergir do mar da descrença, ali poderá estar a salvação.   

O MUNDO ESPERANDO PELA UTI

     Se retroceder não for uma boa ideia, como o mundo do futuro haverá de resolver o problema fundamental da sua sobrevivência no consumo da água e do alimento. Não importa mais o que previsões indicam em termos demográficos, sobre quantos seremos daqui a 20,30 ou 100 anos. Com 7,5 bilhões de habitantes nossas vidas correm perigo por causa dos fenômenos climáticos mais frequentes, a continuidade do desmatamento ilegal e oficial, as secas mais longas, o reúso da água e do lixo, a necessidade das safras de grãos serem sustentadas com uso de agrotóxicos e principalmente a promoção que os sistemas econômicos desenvolvem para que possamos consumir sem parar.
     A meu ver, esse é o retrato da falência dos sistemas econômicos até agora praticados e das ideologias que se prognosticavam. Os sintomas dessa decadência são latentes, mas no entanto, vivemos em uma platéia a assistir uma fantochada de líderes, títeres que entram em nossas vidas como traças que se alimentam das ambições, indiferentes aos choros seculares da humanidade. Essa mesma humanidade tem atualmente um passivo produzido por essas políticas que haverá de pagar, da ordem de 250 trilhões de dólares, mais de 3 vezes tudo que foi produzido, ou seja, o PIB mundial que produzimos.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

A DIVISÃO DA RIQUEZA MUNDIAL

     Estimá-se que a riqueza mundial de 1950 até hoje já cresceu mais de 5 vezes, quando comparamos os cocientes entre os  PIBs e as populações das 2 épocas. A população mundial em 1950 era de 2,5 bilhões de pessoas com um PIB mundial em torno de 6 trilhões de dólares, esses mesmos dados giram em torno de 7,5 bilhões de pessoas para um PIB de 75 trilhões de dólares.
     Mas, de lá para cá, continua a maldição de que "o dinheiro sempre procura o dinheiro". Em tempo algum se permitirá que a riqueza produzida pelo Homem tenha objetivos democráticos.
     Existe uma ferramenta, o índice de Gine, ela é  usada  para medir a distribuição do dinheiro disponibilizado no conjunto das classes sociais de uma sociedade. Esse índice tem uma oscilação variando entre 0 e 1, quanto menor for o cociente, melhor será a participação igualitária de cada cidadão no total da riqueza nacional. Ao contrário, é claro, quanto mais próximo de 1 , maior será a pobreza. Vale lembrar que os países mais ricos registram os menores índices de Gine, e lideram o ranking mundial.