sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

" A MÃO OCULTA DA IMPREVISIBILIDADE "

 Quando se levanta a teoria do retrocesso como modelo de desenvolvimento, longe de ser retrógado, pensamos na conjunção dos principais troncos da economia, sem precisar exaurir o pensamento que conduz as consequências produzidas pela mudança. 

O temor apocalíptico da extinção humana parece que ainda nesse segundo milênio não chegou ao juízo dos Parlamentos, diante do seus portais se mantém respeitáveis cartéis que dominam o sistema produtivo da economia durante os últimos 100 anos.

A estrutura do tabuleiro da economia mundial foi abalada pela pandemia, trazendo à tona os segredos da fragilidade de um sistema globalizado, sustentado, e aí está a verdade histórica, em fluxos de capitais que nunca tiveram compromisso com a segurança social do mundo. Desde a década de 70 do século passado o mercado do petróleo  ditou o perfil dos grandes investimentos em energia.

Como esse modelo está colocando a humanidade " em cheque", a visão dos verdadeiros troncos deverão ser despertados e entendermos finalmente que as necessidades essenciais também são esgotáveis: O ar, a água e o alimento deveriam estar protegidos por uma redoma produzida pela inteligência humana que, convenhamos, é duvidosa, para não dizer, desumana !

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

"" O REINADO DO PETRÓLEO ""

 Certamente a complexidade que envolve o Reinado do Petróleo, tenha nascido no início do século XVIII, quando as oligarquias se transformaram em forças dominantes na distribuição do capital. Desde então novas forças divergentes foram se formando e com elas novas barreiras dificultaram as iniciativas de promoção de políticas de distribuição da riqueza.

O desenvolvimento esperado, como solução da pobreza, nunca foi realizado pelo patamar industrial. Muito pelo contrário, o mundo se tornou refém dos grandes fundos que sustentam as exportações de energia extraída do petróleo. A continuidade dos modelos econômicos construídos com bases nesses fundos, deram entrada nesse cenário a população asiática, cujas necessidades estavam muito longe da satisfação.

Todavia, isso se transformou em uma tendência desde a década de 80 passada, como um fenômeno extraído da complexidade natural dos mercados, o que permitiu, com efeito, a divisão do capital existente no mundo em duas partes iguais, entre a Ásia e o resto do mundo.

Esse é um quadro de contornos políticos sem abordagem nos fóruns do clima devido as permanentes metas de produção e consumo, agora com a presença do mercado asiático. Como se avizinha um acirramento na concorrência pelo capital, podemos imaginar um descontrole maior no espaço da desigualdade da distribuição da renda e sem qualquer pretensão vazia da distribuição do capital e na diminuição da pobreza. 

domingo, 10 de outubro de 2021

" O EFEITO DA PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL CHINESA "

 Em 2015, quando foi realizado o fórum da COP-21, o PIB das 6 maiores economias  havia registrado 42 trilhões de dólares produzido por suas multinacionais. Devemos considerar sobretudo, a presença da Ásia nesse resultado desde a década de 90, inaugurando um novo espaço no tabuleiro da economia mundial, impulsionando, com efeito,  todos os agentes econômicos para um patamar de previsões pouco convencionais, ou seja, os investimentos no setor produtivo básico não observavam estratégias de sustentabilidade.

Logo em 2017, a Agência Europeia do Ambiente (AEA), apresentava dados de 400 mil europeus mortos prematuramente pela má qualidade do ar!!!  A Europa tem quase 80% da sua população em área urbana e acrescente-se à esse número a previsão do aumento da população mundial e o elevado grau de confiança de que a ordem natural do crescimento econômico será acompanhado por uma maior demanda industrial e rural.

Não é por acaso que a OCDE estima um consumo hídrico global aumentado em 55% até 2050 e de que a energia elétrica consumida exigirá um aumento de 140% do uso de água. São informações necessárias e suficientes que fortalecem a preocupação que se manterá o desiquilíbrio do uso da economia e da forma de pensarmos sobre ela.  



quinta-feira, 16 de setembro de 2021

O DESEMPREGO E A SUA DIMENSÃO DENTRO DA DEMOCRACIA

 Os princípios de moralidade em um campo minado pelo desemprego não sobrevivem por muito tempo. É nesse sentido que encontraremos o valor de um governo, quando tentando recuperar a economia de resultados negativos por um longo período é obrigado a abandonar sua trajetória de crescimento diante de um impacto sanitário perigoso.

O desemprego que assolou o Brasil significou em termos financeiros um lapso mensal da ordem de 25 bilhões de reais, considerando-se um salário médio de 1,6 mil reais. Essa massa salarial freou o movimento da economia, acumulando em 20 meses, nesse raciocínio, meio trilhão de reais. A resultante dessa perda só não foi maior devido a injeção de mais de 300 bilhões de reais oriundos do tesouro nacional em forma de auxílio emergencial.

Até junho passado o governo federal já tinha disponibilizado para combater a pandemia do Covid-19 mais de 550 bilhões de reais, um gasto não previsto no orçamento de 8% do PIB nacional. Se projetarmos, para se ter uma ideia, a dimensão do esforço na implantação, em curtíssimo prazo de um projeto anacrônico em um país continental, basta compararmos os 14 milhões de desempregados brasileiros com as populações somadas da Áustria e Suíça totalmente desempregadas.  

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

AS AMENIDADES DO FÓRUM DA ÁGUA-II

 Como o consumo de água não obedece à  nenhum sistema político, o debate fica restrito aos compromissos dos seus signatários e suas promessas abstrativas diante das realidades econômicas e sociais.

A prole mundial nos últimos 50 anos, aumentou em 4 bilhões de pessoas, mesmo com a taxa média de fertilidade tendo recuada a 2 filhos para cada mulher fértil. Com efeito, a variação da pirâmide demográfica no momento da inflexão da curva populacional, exigirá necessariamente a adaptação do sistema econômico, sempre se levando em conta, como nesse caso, em que a população cresce mas o contingente ou estoque da população ativa e consumidora perde força. Não obstante, como discutir sobre a previsão de consumo de alimentos em 50% da produção mundial que a Ásia precisará consumir nas próximas duas décadas ?

A água está embutida em todo o contexto econômico e social, e portanto, a comunidade política internacional se vê obrigada a tentar manter, sem êxito, regras severas na proteção do consumo da água, tanto no setor agrícola como no industrial. Alguns dados são tão preocupantes que descartam as metas resultantes dos acordos : durante a safra brasileira de grãos de 2018/19 foram exportados 113 trilhões de litros de água nos grãos de soja e milho ; em cada tonelada de aço semi acabado são utilizados 300 mil litros de água. E ainda assim, desde 2015, a indústria mundial está sob a pressão de uma demanda que não consegue atender. 

A atividade econômica está reprimida mas não pessimista em relação ao futuro, isso porque não teria sentido. 


quarta-feira, 28 de julho de 2021

" O CAMINHO A PERCORRER SERÁ ESTREITO "

 Daqui em diante deverá prevalecer, pela sua importância no quadro das necessidades, a segurança alimentar. Alguns fatores básicos contudo, deverão dar condições para que as políticas de governo possam ser postas em prática. É uma tarefa que pouco, ou quase nada, tem avançado, basta lembrar que desde 2008 as economias dos países industrializados não conseguiram sair do vermelho.

Tecnicamente, como o Estado tem apenas como fonte de recursos a cobrança de impostos ou através da emissão de títulos, em ambos os casos, o que fica claro é a falta de equilíbrio nas contas públicas que tem como barreira o nível da carga tributária. A política fiscal em todas as economias encontra como principal obstáculo a taxação do capital, há até quem diga ser isso uma utopia, em que pese raras tentativas nesse sentido, como após a recessão de 1929 quando Roosevelt elevou a margem superior a 80%, ou mesmo agora, quando a proposta da reforma fiscal do governo brasileiro esbarra no congresso quando tenta avançar nos ganhos de capital.

Dessa forma intrínseca, devemos considerar sobretudo que a questão da segurança alimentar está na distribuição da riqueza para que os investimentos sejam distribuídos prioritariamente no alcance maior do atendimento vital da sociedade, diminuindo a forte dose de preocupação nas previsões futuras quando sabemos que a matriz energética oferecida está no limite da exaustão e ainda assim as projeções de consumo para os próximos 30 anos esta em 50%.

sábado, 17 de julho de 2021

" A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO MUNDO É IRRESPONSÁVEL "!!!

 Apesar dos indicadores técnicos como Índice de Gini e IDH serem  básicos destinados às diretrizes orçamentárias sócio econômicas,  os governos parecem que estão descontrolados quanto ao rumo da organização financeira rigorosa, capaz de tranquilizar os mercados internacionais. 

A importância do PIB na medição do bem estar que a economia oferece já deveria ter sido aposentada. As oito  maiores economias industrializadas esbarram no limite do crescimento e não encontraram até agora uma saída para o equilíbrio de suas contas públicas. A poupança nacional desses países tem sido abastecida de forma positiva nos últimos 10 anos pela poupança privada, ao contrário da poupança pública que transfere para a sociedade a responsabilidade de evitar o colapso financeiro. Acrescente-se ao  fato de que a carga tributária dos países europeus desse grupo gira em torno de 40%, ou seja, esses governos estão sendo financiados em seus desperdícios de gastos militares, estimados em 250 bilhões de dólares anuais.

Normalmente os principais parceiros nas transações comerciais, tanto no fluxo das commodities de matérias primas como no fluxo cambial, são os países em desenvolvimento. Devido as políticas monetárias praticadas pelos países desenvolvidos, esse intercâmbio acaba pressionando as despesas com os juros da dívida publica nacional dos países não desenvolvidos. Isto é : O contingenciamento do problema orçamentário dos países ricos acaba sendo compartilhado pelos países pobres.