quinta-feira, 28 de maio de 2015

NO CERNE DO PROBLEMA BRASILEIRO ESTÁ A FALTA DE PLANEJAMENTO

     Do Ministério do Planejamento emerge a visão do futuro com base no diagnóstico extraído em dados estatísticos. Cada informação desse órgão deve ser visto como uma cartilha a ser obedecida para que se faça sentido o planejamento. Acredito que as economias sólidas tenham no planejamento a força do progresso e do desenvolvimento.
     No Brasil, se levarmos em conta, alguns dados fornecidos pelo IPEA e IBGE , teremos dificuldade de elaborar uma previsão sócio-econômica de longo prazo pela falta de uma certeza nos dados quando comparados com a conjuntura real. Como exemplos, podemos citar que na década de 80 da carga tributária eram devolvidos para a sociedade 50% , hoje sabemos que a carga tributária alcança 35% do PIB mais não sabemos realmente qual a transferência para a sociedade. Outro dado preocupante é, se a renda per capita brasileira gira em torno de 1 salário e meio, a população economicamente ativa se mantem nos últimos 15 anos na faixa de 60% e com a diminuição acentuada da participação das faixas mais graduadas nos rendimentos salariais, fica evidente que a economia brasileira está andando de lado e rateando. Considerando finalmente que em 2010 o trabalho contribuía com 76% da origem da renda das famílias e as pensões e aposentadorias com 20% somado  a isso que o crescimento demográfico nas últimas 4 décadas ter variado de 20 pontos percentuais no início para 6% na última década, a formação de fatores para o aumento da renda nacional perderá força sem uma política de choque em investimentos macissos em educação.
     Sofremos com a inércia do desenvolvimento, enquanto a juventude assiste sua vida andar sem o compasso de se planejar primeiro para que se tenha um país melhor.

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