quinta-feira, 4 de junho de 2015

A AGUA E A MADEIRA AINDA TEMOS SÓ NÃO SABEMOS ATÉ QUANDO

     No final do ano de 1980 esteve no Brasil uma delegação de empresários europeus para negociar  junto ao IBDF  (Instituto brasileiro de desenvolvimento florestal) e do grupo CAPEMI (Caixa de previdência e benefícios ). A visita tinha como objetivo conhecer uma região de 65 mil hectares que seria inundada pela hidrelétrica de Tucuruí, de onde seriam extraídos 5,6 milhões de metros cúbicos de madeira de primeira qualidade. Naquela época os mercados norte americano e europeu estavam sabidamente ávidos por madeira, uma vez que o grande produtor de madeira, então, era a Tailândia que atravessava por uma crise política. Na década seguinte já haviam mais de 200 madeireiras vindas daquela região autorizadas pelo governo brasileiro. Alem de Tucuruí haviam mais 6 outros projetos a serem desenvolvidos na Amazônia para os 20 anos seguintes. Como exemplo, a hidrelétrica de Balbina o potencial madeireiro era duas vezes superior a Tucuruí, cabe salientar que todos esses projetos mencionados, juntos, representavam um volume de 90 milhões de metros cúbicos de madeira tipo " A ", algo avaliado para a época em 30 bilhões de dólares.
     O passado não perdoa os erros cometidos pelo uso dos nossos recursos, e a hipocrisia em se afirmar que todos esses projetos juntos não agridem o eco sistema brasileiro, que naturalmente, abala a economia e  é respondida pela situação que vivemos hoje. Agora, quem ganha ou ganhou com esses projetos não sabemos, mas quem perdeu e perde sabemos muito bem.

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