sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

A SOCIEDADE ORGANIZADA ESTÁ FALINDO ?

     A administração em Bruxelas da zona do euro é naturalmente influenciada pelos países líderes economicamente. O desiquilíbrio  econômico-social dentro do Bloco europeu é um problema de difícil solução, começando pelos desníveis das massas salariais e a tendência natural da proteção  da renda familiar e a pressão da exigibilidade do passivo da previdência. O país da zona do euro que buscar dinheiro com oferta de papéis, estará correndo o risco de um endividamento inoportuno com seus parceiros mais ricos. No curto prazo, medidas de proteção e incentivo à demanda interna e a redução da carga tributária, são fatores de recuperação da oferta do emprego e da poupança, não se faz poupança aumentando a dívida pública. Mesmo comprometidos politicamente, os países mais vulneráveis do Bloco europeu precisam criar novas bases de incentivos às vocações nacionais, que formaram suas economias tradicionais e valorizadas além de suas fronteiras.
     A realidade dentro do Bloco europeu, revela que países industrializados nos últimos 30 anos, graças ao pacto de abertura das fronteiras, recrutaram a força de trabalho jovem dos países não industrializados. Uma análise rápida indica que na relação da quantidade de idosos para cada 100 jovens nesse período, aqueles países que exportaram a juventude, tiveram uma mudança em sua pirâmide demográfica da ordem de 40 idosos em 100 jovens para mais de 130 idosos para 100 jovens, como consequência imediata, o desemprego foi impulsionado de 4% para mais de 15%.
     A Europa tem mais de 500 milhões de habitantes e também tem um elevadíssimo índice de envelhecimento na sua força de trabalho, corre então, sérios riscos no médio prazo de perder a atual condição econômica. A Europa pode empobrecer se não houver revisão das políticas e estratégias de incentivos ao crescimento demográfico nacional do povo europeu.
     Sem a presença do empregado e do emprego não existe sociedade organizada. Essa deveria ser a discussão do mundo moderno, alguns sintomas da conjuntura internacional batem às portas dos fóruns e congressos, e nada muda. Como não preocupar o fato de que a maior oferta de petróleo e a derrubada da cotação do barril não sejam capazes de melhorar a economia dos participantes do Bloco dos BRICS, como não preocupar que o fluxo da moeda nos mercados internacionais não é mais aclopado ao processo produtivo da economia, como não preocupar que a produção das commodities não tenha mais a função social importante para o mundo consumidor, e finalmente, como não preocupar o fato de que 70 milhões de pessoas no mundo detenham uma fortuna de 2/3 da riqueza mundial e de que não precisam mais que haja emprego ou empregado, produção ou renda, governos ou leis para ficarem mais ricos.

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