quinta-feira, 7 de maio de 2020

A ONDA FINAL

     Existe um medo em dois capítulos, o medo final será provocado pelo rescaldo após vaporação do vírus chines que exigirá de cada país medidas corajosas de sacrifício.
     Mais do que nunca, estarão em jogo as diferenças econômicas e sociais na retomada da normalidade. Vivemos uma semelhança do após segunda guerra mundial quando morreram 85 milhões de pessoas, com 50 milhões de civis. Além dessa perda, convém salientar, que a destruição de toda a infra-estrutura deixou o continente europeu sem poder de recuperação econômico-social.
     A recuperação foi alcançada com a ajuda substancial do Plano Marshall para a Europa.
     O sacrifício atual não terá compartilhamento entre países, cada qual alcançará a recuperação da atividade econômica com o patrocínio necessário do governo no gerenciamento da oferta de crédito no mercado. Esse é o principal arranco para a reintegração dos empregos na geração de renda e consumo.
     O pior de tudo está no efeito marginal do desemprego, na comparação entre diferentes níveis de economia. Um trabalhador desempregado em uma economia desenvolvida sustenta em média mais 1,5 pessoas, outro nas mesmas condições, mais pobre, que sustenta mais 3,5 pessoas.
     Assim posto, imagino diferentes e corajosas medidas governamentais, que não poderão contar com planos beneficentes vindo de fora. A pedra jogada no meio da lagoa causará ondas, que mais cedo ou mais tarde, alcançarão a praia por mais longe que esteja. Isto é, todos serão alcançados.

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