O desiquilíbrio entre a produção e o consumo mundial de grãos tem elevado índice de insegurança, por se tratar de uma atividade concentrada em um mercado dominado pela demanda do milho e da soja. Com efeito, devemos entender que a produção desses grãos estão entre dois países e a demanda mundial fica refém do preço de um mercado oligopólio.
A safra anual resultante dessa produção fechada é destinada em 1/3 para um único país.
Quais os efeitos possíveis caso haja uma quebra desastrosa nessa engrenagem, como disse, fechada entre um grande centro produtor e um grande cliente consumidor ? Esse temor sempre foi motivo para que economistas, como Schumpeter, visse a atividade econômica como uma inteligência conservadora, dispondo todos os fatores de produção com equilíbrio, observando que a inovação não eliminasse o emprego.
A produção de grãos é perecível e com elevado grau de desperdício. Sua irrigação é puxada de poços esgotados e os rios não tem a proteção ciliar. O questionamento do desmatamento pelo avanço de novas áreas agricultáveis não tem referência sobre a exaustão e abandono do solo pelo envenenamento químico.
A correlação desses efeitos com o setor industrial é suficientemente conclusivo sobre os ciclos identificados em cada época, suas crises, a angústia e o medo do desemprego.
No mundo existem maiores problemas para resolver do que o tema do desenvolvimento. A teoria do desenvolvimento deve ser revista em seus fundamentos ortodoxos, porque a natureza exige, ou será tarde demais.
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