terça-feira, 10 de março de 2015

O APERTO CARA DE PAU II

       Quando alguem do governo ou da base aliada vem para a imprensa manisfestar opiniões ufanistas que o governo está fazendo a sua parte na contenção de gastos e que o povo deveria fazer o mesmo, sinto náuseas por não conseguir, depois de velho, entender porque tanto cinismo.
       Não tem como comparar a diferença entre o sacrifício que faz o gestor de recursos públicos, ou melhor, gestor de recursos de terceiros com o sacrifício do gestor de uma família que gerencia recursos provenientes de seu salário, da própria renda familiar que são produtos de trabalho, sustentação no emprego e muito sacrifício. O gestor público estabelece metas e objetivos para o povo cumprir: aumento de impostos, redução de subsídios do setor produtivo, aumento de preço e tarifas represadas e elevada taxa de juros representa, ao meu ver, uma estratégia pragmática sempre usada por governos que administram ignorando que é o povo o objeto alvo, que é o empresário aquele que sofre com a perda da capacidade do capital de giro e são para ele o medo que os sinais do mercado de capitais em seus indicadores inibem e cancelam futuros investimentos.
       O corte de gastos pela redução do tamanho do organograma do governo em todos os níveis da federação, a redução drástica da taxa de juros, diminuição dos prazos para créditos e financiamentos  de bens de consumo duráveis e ao mesmo tempo a implantação de um sistema de tributação móvel ou flutuante conforme a conjuntura da produção, o controle da inflação de preços pode ser gerenciada controlando os níveis da oferta que acirra a concorrência e faz baixar os preços e a administração do câmbio trará benefícios principalmente para a entrada de bens de capital. Ora, não se acelera um carro freando, a busca pelo aumento da poupança nacional e o restabelecimento do poder de compra da renda disponível só será possível com o controle de um consumo racional, com uma gestão pública dígna, com uma política tributária que seja balanceada de acordo com a realidade econômica, e nunca virando as costas para o setor produtivo. O setor público só gasta e não produz e o setor privado produz e paga.  

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O SONHO DA CASA PRÓPRIA SEM PESADELO

         O sistema de financiamento habitacional sempre foi barrado por uma conjuntura de crescimento populacional desordenado, problemas inflacionários e pressão da taxa de juros, também a escassez de recursos públicos em infra estrutura e uma política agressiva de crédito de bens de consumo duráveis que achata a margem financeira necessária no comprometimento da renda.
         Quatro fatores alimentarão o novo sistema de financiamento: O CLIENTE, O BANCO GESTOR, AS FONTES DE RECURSOS E O PROGRAMA DE INCENTIVOS. O cliente ou investidor mutuário é a figura que tudo gira em torno das suas decisões até o recebimento da sua quitação; o banco gestor em cada empréstimo deve obedecer aos critérios legais em vigor. A efetivação de cada contrato abre um conjunto de negócios financeiros, isto é, com base em saldos de aplicações o banco lançará títulos negociáveis no mercado, proporcionando a esse banco uma imediata captação de recursos. poderá também o banco emitir títulos com base nos níveis de inadimplência com melhores vantagens. As fontes de recursos serão provenientes do FGTS, de depósitos em caderneta de poupança, da caderneta de poupança vinculada, depósito compulsório das construtoras e dinheiro do movimento do mercado de títulos desse novo sistema.
         A caderneta de poupança vinculada será o elemento incentivador do mutuário, porque receberá durante o prazo de financiamento, todos os créditos recomendados nesse programa:
         1-Retenção de parcela sobre custas de cartório
         2-Retenção de parcela sobre tributos pagos correspondentes ao imóvel
         3-Retenção de parcela dos juros pagos anual, na declaração do imposto de renda    
         4-Retenção anual da parcela de seguro pago na prestação
         5-Retenção de parcela paga no principal da prestaçãoa
         6-Participação nos dividendos pagos pelo banco
         7-Taxas de juros diferenciadas para quem imigra para o interior
         A essência do pensamento desse projeto é consagrar a justiça para quem representa o início meio e fim dessa questão nacional, evidentemente, essa proposta é um pequeno arcabouço para uma ampla avaliação e discursão de todos que acreditam na possibilidade de mudar a atual política de financiamento habitacional que é injusta, a meu ver, para seu maior personagem, o mutuário.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A REVOLUÇÃO DO MUTUÁRIO DA CASA PRÓPRIA

        A habitação é a chave física da felicidade da família, há muito tempo penso numa proposta de criação de um sistema de financiamento da casa própria com uma visão de pensamento de justiça. A idéia central é a de que seja um sistema aberto. É sabido até hoje que todos os tipos de financiamentos habitacionais resguardam os credores, recebem dinheiro público para seus projetos, vendem os imóveis para o cidadão, saem do negócio, deixando o cliente com as incertezas de longo prazo para a liquidação da dívida.
        O que nunca foi considerado, passa a ser resgatado nesta idéia é a de que o cliente mutuário sempre foi a figura nuclear do sistema. Quando alguém entra em uma instituição bancária e assina um contrato de empréstimo para aquisição da casa própria, ele aciona o gatilho e encadeia todo um processo de negócios que promove o crescimento e desenvolvimento do setor da construção civil e todos os que abastecem essa atividade econômica: movimento principalmente os setores de transporte, cartorial, propaganda, corretagem, seguro, bancário, indústria madeireira, metalúrgica, têxtil e química. Também carrega o fardo dos deveres financeiros da moradia, prestação, impostos como IPTU,taxas de lixo, bombeiro, água, luz, gás, esgoto e condomínio. Essa realidade é a motivação para essa proposta inovadora de uma política de incentivos financeiros ao mutuário da casa própria, que abordarei em outra postagem.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O APERTO ' CARA DE PAU '

O APERTO 'CARA DE PAU'
               
        Depois das eleições, o governo vencedor tem uma leitura real que todos os brasileiros já sabiam. Fomos enganados e aplaudimos.
        O comportamento dos índices de inflação obedecem as várias correntes comportamentais entre o consumidor, a oferta de bens e serviços, a disponibilidade de liquidez da moeda, do câmbio e da massa de renda do público. Quando esses fatores se movimentam dentro de sistema econômico em que as leis de mercado não sofrem interferências do poder público as medidas de política monetária ortodóxica são imediatamente sentidas. Como proceder da mesma forma em um sistema totalmente manipulado pelo setor governamental.Se o governo é o maior consumidor da economia nacional e é ele quem mantem as regras do jogo, fica difícil a gestão financeira de mercado em que o setor privado " entra de gaiato ".
                     1-Selic acima de 11%
                     2-Reajuste de salário com percentuais bem acima dos trabalhadores para todos os
                        Poderes em todos os níveis
                     3-Aumento de tarifas represadas
                     4-Aumento da carga tributária nacional
                     5-Manutenção de 39 ministérios
   
       Então, o senhor ministro da fazenda a senhora presidente da República, devem responder à Nação qual é a camada da sociedade brasileira que terá maior dificuldade para bancar essa política de aperto?
       O que ocorrerá no Brasil se :
                      1-Reduzir a Selic abaixo do que a poupança
                      2-Reajuste do setor público com o mesmo percentual dado ao salário mínimo
                      3-Todas as tarifas públicas reajustadas pelo salário mínimo
                      4-Carga tributária diferenciada para setores produtivos
                      5-Redução de ministérios por agrupamentos
                      6-Extinção de ajudas de custos (excluindo moradia) para o servidor que ganhar os 2
                         maiores níveis de salários
                      7-Cargos de empresas publicas para funcionários de carreira
       Como o governo pensa "faça o que digo mais não faça o que eu faço "... entendo que devemos nos apertar e não gastar.
 

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O Brasil preferiu o asfalto e rejeitou os trilhos e o mar.

A riqueza do país se expande e se movimenta através de uma rede viária inteligente. O quadro sobre a estrutura mundial de transporte, citado na postagem anterior indica as diferentes estratégias que foram adotadas. Os países que apostaram em um sistema de transporte ferroviário e que não dependiam do petróleo e também possuíam tecnologia para produção de veículos de transporte de carga, alcançaram seus objetivos de desenvolvimento precocemente. O Japão, diferentemente,adotou a via marítima para circunavegar a sua economia. Essa estratégia é a meu ver a mais desenvolvida como meio de transporte de carga. O Brasil apresenta dados nessa tabela que bem retratam o caminho errado que tomamos. Sabemos que assim como o Japão e os Estados Unidos, possuímos uma costa oceânica de 8 mil quilômetros com apenas meia duzia de portos, enquanto na América do Norte, como exemplo, os portos americanos movimentam um terço da produção mundial. Hoje em dia quando ainda focalizamos o sistema rodoviário como meio de transporte preferido, esquecemos ou não sabemos que estamos mais de 50 anos atrasados. Devemos lembrar que recentemente, quando Portugal começou a receber os recursos da União Européia, priorizou a expansão da rede rodoviária, entretanto o sistema ferroviário de alta velocidade deixou as rodovias acentuadamente desertas. Se devemos queimar essa etapa perdida e começar um sistema de transporte mais limpo, não será com o petróleo como fonte de energia, já que esse combustível fóssil não traz mais esperanças ao mundo e que provavelmente não sobreviverá a este século como fundamento em uma economia saudável para a humanidade

domingo, 14 de dezembro de 2014

A espinha e a alma da mobilidade da Economia.

       As matrizes de energia e de transporte tornam o país integrado e economicamente sólido e independemente, produzindo e dando a seu povo condições de melhor poder ir e vir em todo o território nacional. O Brasil já deveria a muito tempo ter desenvolvido um programa ambicioso de transporte naval e ferroviário com investimentos privados externos e internos alem de recursos públicos nacional. Se as nossas planícies aráveis se localizam no centro oeste e por todo o noroeste brasileiro, nesse caso toda a iniciativa de investimentos deveriam ser focados em ferrovias que movimentassem essas regiões. A nossa costa marítima continental está a muito tempo atrazada no que se refere a construção de portos oceânicos, para os investimentos no setor de construção de portos caberia um sistema de financiamentos externos com contra partida do tipo de acordos de longo prazo para administrações externas ou internas privadas, mas que acima de tudo o país pudesse inaugurar uma nova era de movimentação de portos. Em países como o Japão, Russia e Estados Unidos predomina o transporte ferroviário e naval, mesmo sendo esses países possuidores de uma matriz energética avançada e variada, entretanto sempre mantiveram grandes investimentos nos transportes de massa.

                       Estrutura do setor transporte-década de 70 (em %)

           País                           Rodoviário        Ferroviário         Hidroviário
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   Alemanha                               18                       53                        29
   EUA                                       25                       50                        25
   França                                    28                       55                        17
   Japão                                      20                       38                        42
   Rússia                                      4                        83                        13
   Brasil                                      83                         5                        12
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  Fonte: Statistical year book-ONU


        Quando focalizamos a tabela acima, estamos tomando como referência um intervalo de tempo em torno de 40 anos, o que para efeito dos investimentos, exige para um país sem recursos alcançarem crescimento projetos permanentes com financiamentos citados, o que se constata é de que até hoje nada foi alterado em relação ao Brasil.

UMA VISÃO HISTÓRICA DE ERRO DE PLANEJAMENTO

UMA VISÃO HISTÓRICA DE ERRO DE PLANEJAMENTO

       No plano econômico o Brasil sempre careceu de planificação de longo prazo. O poder de poupança enfraquecido e o nível de investimento baixo aumentam a pressão do consumo com a presença crönica da inflação. A pressão do consumo aumenta com o crescimento desordenado da população, criando uma estrutura de medusa que impede o país de encontrar seu rumo. O governo arrecada muito imposto e não transfere à uma matriz energética adequada e para matriz de transporte que sirva à grande espinha do desenvolvimento. A implantação da indústria automotiva foi atabalhoada, porque tinhamos uma população com um consumo desse tipo de bem totalmente reprimido, de baixa renda, e o pior não tinhamos o combustível necessário para mover essa produção, alem, é claro a malha rodoviária.
       A matriz energética é fundamental para a vida futura de um país, por isso deve ser balizada somente em critérios técnicos e respeitada por todos os governos. O Brasil entre 1970 e 2000 mais que dobrou a sua população, enquanto isso não se produziu transporte de massa capaz de atender à demanda e também evitar a perigosa dependência do combustível fóssil importado. Os governos fizeram justamente ao contrário, e o custo dessa opção, principalmente, foi o surgimento dos gargalos do escoamento da produção nacional e o impedimento para que o crescimento econômico avance de forma acelerada para o interior e possa formar grandes corredores para todas as regiões, levando o emprego, a sustentação das ações sociais e evitando o êxodo de uma pobre camada de famílias desempregadas.