sábado, 16 de setembro de 2017

MODELOS ECONÔMICOS ANTI-SOCIAIS

     Não deixa de ser reconfortante saber que minhas velhas idéias são compartilhadas com a renomada cientista social de origem austríaca Riane Eisler e o economista alemão Reinhard Loske. Essa convergência é muito ampla, sobretudo quando questionamos os modelos econômicos praticados no mundo moderno. Estruturalmente a política usada por todos os pactos econômicos tem a velha visão capitalista da remuneração do capital preferencialmente diante da geração do salário e da renda; isso acabou com o pensamento da sustentabilidade, não podemos acreditar, sobretudo, que o atual sistema de produção e consumo seja a base para o desenvolvimento social, basta avaliarmos a escalada da exploração dos recursos hídricos usados na lavoura irrigada e na indústria, essa atividade econômica nos moldes de um capitalismo fechado jamais recompensará os objetivos solidários de uma economia desenvolvida. Na minha opinião, na agricultura há um enfoque inadequado na distribuição da produção de grãos, a alimentação animal fica com 2/3 e a indústria, por seu lado, implantou uma estratégia de produção descartável !
     É esse o modelo que colabora com a nossa segurança futura ? ainda mais; todos os pactos comerciais são sustentados pelos grandes conglomerados, idealizadores dos modelos econômicos que determinaram a produção que consumimos e que iremos continuar a consumir se não mudarmos essa mentalidade de que consumir da forma subjugante, alguém ganha e alguém perde.
     Só nos resta saber de que lado estamos.  

domingo, 10 de setembro de 2017

AS INCERTEZAS VITAIS DO FUTURO

     Como vivemos em tempos de incertezas, fica incerto também a formação de opiniões. A dinâmica que move a vida atual impede a reflexão moderada sobre os problemas que de fato nos afetarão em breve espaço de tempo.
     Não podemos mais sustentarmos o movimento das commodities agrícola e mineral e pagarmos o resto da vida um custo irrecuperável do meio ambiente. Agora é a vez do rio Araguaia na região central do Brasil. Conheço esse rio caudaloso com uma extensão de mais de 2600 km; é imponente e tem suas margens ciliares muito ricas. Impressiona sua diferença pela virgindade se compararmos com o Nilo, o Chang Yian, o Reno, o Tâmisa, o Vouga, o Tejo, o Mississípi e de tantos outros irmãos sangrados pela mão do Homem. Quando chegamos  em  suas margens entendemos nossa pequenez diante da grandiosidade da  natureza que está ali para nos salvar.
   PRECISAMOS URGENTEMENTE LUTARMOS POR MUDANÇAS DE OPINIÕES.

sábado, 9 de setembro de 2017

O SALÁRIO DO ROBOT É ZERO

     É uma questão de tempo; se não mudar a mentalidade da economia da produção o emprego humano e o salário se extinguirão ou serão atividades isoladas sem nenhuma referência estatística. Nunca fiz esse assunto mera retórica, pois a literatura a respeito vem de muito tempo atrás, a diferença é que agora o envolvimento da tecnologia é extremamente avançada e de forma definitiva. Os efeitos sobre o salário são de grande importância estrutural, mas preocupa de maneira maior, por que as taxas de inflação mundial mantem-se em níveis baixos,  quase deflacionárias, abaixo das metas, depois da recessão de 2008?
     Que fenômeno é esse que mantém os salários sustentados em baixos níveis, apesar dos sinais da recuperação economia mundial, pela teoria clássica, estariam subindo ? Como é possível as taxas de juros reduzidas não serem capazes de promoverem os investimentos, a não ser para os ricos que aproveitam os negócios em ativos. É um padrão novo da atividade econômica, que marginaliza também os sindicatos porque o sistema se capitaliza sem transferências para os investimentos e para o consumo.
     Por mais que as opiniões respeitosas defendam a automação, esse fenômeno que nasceu após a segunda guerra mundial é hoje uma realidade de difícil solução;  ela reduz os salários mesmo com a constatação de períodos de aceleração da produção. O fato é que não podemos mais ignorar a presença do contingente robótico, que entre outras coisas, não recolhe para a previdência, aliás ainda não sabemos o que será o sistema de previdência com essa competição contra o trabalho e salário no futuro.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

RAIOU HÁ 195 ANOS NOSSA LIBERDADE !

Já raiou no dia de hoje a liberdade brasileira ! Foi assim, com o findar do inverno, as manhãs gloriosas alvoreceram com os perfumes da primavera e com ela esse amor pelo Brasil ! Tomemos como manto a brisa da liberdade que percorre nossa pátria querida, trazendo com ela a dimensão continental  do que nós somos e do futuro imaginado, devemos olhar para trás e escutar as vozes daqueles que acreditavam nesse povo para despertamos em um novo dia !
     Quase um século já passou e a voz de Epitácio Pessoa invocava : " Moços, amai o Brasil ! Amai-o desse amor que absorve a personalidade inteira; amai-o desse amor que se faz de abnegação e de sacrifícios, de devotamento e de ternura; amai-o, e o vosso amor o iluminará, e o vosso amor o transformará em breve nessa grande nacionalidade dos meus sonhos, respeitada e temida, progressista e fecunda, gloriosa e feliz." De Nilo Peçanha sua voz ainda nos alerta: "Vois sois o pensamento livre, enamorado da beleza eterna, rico dessa fôrça sempre nova, criadora do amor, da glória, da riqueza, da fé e das grandes obras do coração." E do seu único volume de verso Castro Alves escrevia para nós :        " Auriverde pendão da minha terra,
        que a brisa do Brasil beija e balança,
        estandarte que a luz do sol encerra
        e as promessas divinas da esperança !"















domingo, 3 de setembro de 2017

DAR UM PASSO ATRÁS, FORTALECE

     A indústria sustentável jamais ocorrerá, esse setor da economia depende da mineração! Acredito que com um retrocesso nos hábitos, costumes, quantidade e frequência do consumo da sociedade mundial, poderá ocorrer uma mudança do rumo do quadro insustentável de hoje. Como a espécie humana não pode ter taxa de crescimento negativa na geração da juventude, a sustentabilidade no uso de todos os recursos naturais só será possível, na minha opinião, com o engajamento permanente da sociedade nos órgãos não governamentais na preservação da riqueza natural de cada país. O excesso de capitalização dos caixas dos países ricos é o maior perigo para a segurança dos países pobres, ou daqueles que precisam de investimentos para crescerem, como no caso da Amazônia do Brasil.
     O Brasil está de olho no dinheiro chines e a China está de olho na riqueza natural brasileira. O dinheiro não acaba, apenas muda de mão enquanto a virgindade da terra desaparece para sempre, simplesmente morre diante de nós. Com uma humilde desculpa, mas quem já viveu 80 anos, sabe do que era e do que é.
"Oh! que saudade que eu tenho da aurora da minha vida"
   "Livre filho das montanhas,
    eu ia bem satisfeito,
    de camisa aberto o peito,
    pés descalços, braços nus,
    correndo pelas campinas
    a roda das cachoeiras,
    atrás das asas ligeiras
    das borboletas azuis !"   do poeta brasileiro Casemiro de Abreu em 1859

sábado, 2 de setembro de 2017

O MANEJO CRIMINOSO DA TERRA

     O desenvolvimento alcançado pelos países industrializados, só foi possível pela exploração irracional dos recursos naturais, e tem sido assim como única maneira em toda a história industrial. O setor industrial não tem nem terá outra natureza para retirar o seu alimento, mas ele é e sempre foi e será escasso, apesar de que até agora, a bem da verdade, nenhum Ser Humano vivo se preocupa na prática com isso.
     É um desastre anunciado com uma questão de tempo para acontecer, o mais trágico é a forma como o poder político encara esse assunto. Em meu arquivo tenho uma declaração feito no mês de junho de 1984 pela primeira ministra britânica Margaret Thatcher com uma proposta na qual os países devedores deveriam vender suas riquezas naturais para pagar suas dívidas. Ora! essa irracionalidade desenvolvimentista é a essência que perdura como pensamento protecionista egoísta. Todas as reservas naturais são patrimônios universais. Porque quando acabam...acabam. Apenas no Brasil, naquela época, estavam concentrados 35% das reservas mundiais de madeira tropical, o momento político, econômico e social brasileiro requer atenção público internacional porque a gula internacional fareja as riquezas que o povo brasileiro tem o dever de proteger para nos, a humanidade.  

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

O MUNDO ANDA COM O PETRÓLEO...AINDA.

     No início da década de 70 do século passado, em sala de aula, eu preconizava o futuro dos países árabes produtores de petróleo com um uso imoderado da ênfase, dizia então: Os árabes poderão um dia tomar petróleo de caneca. Não cabia no vaticínio menosprezar a inteligência e muito menos a sabedoria milenar dos árabes, cabia sim um faro da teoria dos ciclos e da incapacidade do Ser Humano de ficar parado.
     Não demorou muito para que os órgãos não governamentais, defensores do meio ambiente, levantassem a questão sobre os danos da energia fóssil, ainda não havia a globalização da internet e a concorrência das fontes limpas de energia. Convém lembrar que os países não produtores naquela década tinham em suas contas de importação um elevado peso de ponderação por esse produto, exigindo enormes volumes de comércio que comprometiam o equilíbrio da balança comercial.
     Era inevitável a partir de então, que o mundo econômico sustentado por políticas que tendiam a acompanhar a opinião pública mundial, partiria para os projetos de inovação tecnológica, quase como impossível é se imaginar a velocidade da mudança da civilização em tão pouco tempo ?! 47 anos !. Só posso acreditar é que o Ser Humano questiona a sua vida hoje, como nunca. Enfim, essa é a esperança pela nossa salvação... o questionamento.
     O petróleo é batizado apropriadamente como "ouro negro" e graças a ele as 3 maiores poupanças do mundo são provenientes exclusivamente do comércio com o petróleo, elas ultrapassam em média a 53% do PIB desses 3 países. A questão para ser resolvida é o que deve ser feito com essa riqueza guardada por poucos em benefício da sociedade mundial.