domingo, 22 de julho de 2018

O MUNDO PRECISA DESCOBRIR O DESENVOLVIMENTO

     É provável que estejamos passando por mais uma fase pós revolução industrial. A estimativa de pessoas empregadas no mundo, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é de l,5 bilhões de trabalhadores, isso representa 21,5%  da população mundial, menos de 1 pessoa para sustentar mais 4 pessoas. Estima-se também, em 200 milhões de desempregados em todo o mundo, seguindo o mesmo raciocínio, são quase 1 bilhão de pessoas amarguradas e preocupadas com seus dias. Enfim, podemos dessa forma afirmar que vivemos em um planeta subdesenvolvido. Se olharmos com mais atenção o que ocorre ao nosso redor, não há como questionar essa triste realidade.
     A condução da vida humana em direção ao futuro, acredita-se ter um rumo independente da nossa ação, mesmo assim,  quando se vê uma ideia absurda ser criada e emergir do mar da descrença, ali poderá estar a salvação.   

O MUNDO ESPERANDO PELA UTI

     Se retroceder não for uma boa ideia, como o mundo do futuro haverá de resolver o problema fundamental da sua sobrevivência no consumo da água e do alimento. Não importa mais o que previsões indicam em termos demográficos, sobre quantos seremos daqui a 20,30 ou 100 anos. Com 7,5 bilhões de habitantes nossas vidas correm perigo por causa dos fenômenos climáticos mais frequentes, a continuidade do desmatamento ilegal e oficial, as secas mais longas, o reúso da água e do lixo, a necessidade das safras de grãos serem sustentadas com uso de agrotóxicos e principalmente a promoção que os sistemas econômicos desenvolvem para que possamos consumir sem parar.
     A meu ver, esse é o retrato da falência dos sistemas econômicos até agora praticados e das ideologias que se prognosticavam. Os sintomas dessa decadência são latentes, mas no entanto, vivemos em uma platéia a assistir uma fantochada de líderes, títeres que entram em nossas vidas como traças que se alimentam das ambições, indiferentes aos choros seculares da humanidade. Essa mesma humanidade tem atualmente um passivo produzido por essas políticas que haverá de pagar, da ordem de 250 trilhões de dólares, mais de 3 vezes tudo que foi produzido, ou seja, o PIB mundial que produzimos.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

A DIVISÃO DA RIQUEZA MUNDIAL

     Estimá-se que a riqueza mundial de 1950 até hoje já cresceu mais de 5 vezes, quando comparamos os cocientes entre os  PIBs e as populações das 2 épocas. A população mundial em 1950 era de 2,5 bilhões de pessoas com um PIB mundial em torno de 6 trilhões de dólares, esses mesmos dados giram em torno de 7,5 bilhões de pessoas para um PIB de 75 trilhões de dólares.
     Mas, de lá para cá, continua a maldição de que "o dinheiro sempre procura o dinheiro". Em tempo algum se permitirá que a riqueza produzida pelo Homem tenha objetivos democráticos.
     Existe uma ferramenta, o índice de Gine, ela é  usada  para medir a distribuição do dinheiro disponibilizado no conjunto das classes sociais de uma sociedade. Esse índice tem uma oscilação variando entre 0 e 1, quanto menor for o cociente, melhor será a participação igualitária de cada cidadão no total da riqueza nacional. Ao contrário, é claro, quanto mais próximo de 1 , maior será a pobreza. Vale lembrar que os países mais ricos registram os menores índices de Gine, e lideram o ranking mundial.

terça-feira, 17 de julho de 2018

A LIBERDADE ROUBADA

     A inspiração divina de Sócrates, ele atribuía ao sopro profético de Apolo por onde viria a luz da verdade que ainda estaria por ser revelada.
     Mantida as devidas distâncias entre as ignorâncias e as virtudes, penso que a liberdade da civilização moderna, pouco a pouco, se não está extinta, com absoluta certeza, o seu entendimento e o seu limite saíram do campo ideológico para a esfera do desconhecido, é a sublimar noção que perdemos, pois somos conduzidos por uma única ordem : o poder econômico.
     As fusões entre os interesses das multinacionais de todos os setores do processo produtivo estão sendo realizados sem o nosso consentimento, restringindo sem darmos conta, depois da globalização, afinal, qual era o nosso direito de livre escolha ? A livre escolha em rótulos é uma forma de condução e condição, e o mais grave é que passivamente acreditamos, como o gado caminhando para o seu cutelo. Sou levado a recuperar a ficção de um filme do início dos anos 80 do século passado, quando nele se previa que no ano de 2020 o mundo seria atendido por uma única empresa.
     Se a liberdade plena era efêmera tornou-se intangível. Os nossos Senhores fazem parte do G-7, o grupo das 7 maiores potências econômicas. Juntas, são proprietárias de mais de seis milhões e oitocentos mil importantes patentes que fazem parte fundamental de nossas vidas e de nossos futuros.
     As profecias de um dos deuses do Olimpo, Apolo, continuam a soprar pelos ventos dos destinos da humanidade. 

sábado, 14 de julho de 2018

OS NÚMEROS DA REALIDADE QUE ASSUSTAM O FUTURO

     Se existe uma realidade que atravessa o tempo é de quem estiver empregado pelo mundo afora, não deverá confiar em sua estabilidade. Como poderei escrever sobre o emprego na economia enquanto os dados fornecidos sobre taxas de desemprego são geralmente difusos. Os índices de desemprego entre as 10 maiores economias, em números aproximados, somam 50 milhões de trabalhadores. Se levarmos em conta mais 2 dependentes, esse número poderá chegar facilmente aos 150 milhões de pessoas angustiadas.
     A questão da intranquilidade global não está na insegurança militar das grandes potências, ela já invadiu os países em busca de emprego, salário, saúde, educação, segurança e oportunidades. Os recentes acordos na zona do euro são estabelecidos às pressas, visando evidentemente, a proteção das fronteiras e do emprego nacional, diante da pressão migratória. Se voltarmos as vistas para o Brasil e a América do Sul, a crise venezuelana está elevando os problemas sociais já existentes na região, apenas pela fronteira brasileira já passaram no primeiro semestre deste ano mais de 24 mil venezuelanos. Esse grupo vem para se juntar aos 13 milhões de desempregados e aos 11 milhões de analfabetos que sobrecarregam a enfraquecida assistência social do país.
     Portanto, essas são as armas que poderão destruir todas as defesas, qualquer que seja a pretensa potência no mundo de hoje de enormes diferenças econômicas e pseudas solidárias.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

O PIB DOS RICOS SE DESTINA PARA AS ARMAS

     A distribuição da riqueza mundial é aritmética : 8 países somam um PIB de 60 trilhões de dólares contra 13 trilhões de dólares registrados pelo PIB de 180 países. Se dividirmos o dinheiro produzido entre os 8 ricos, cada um ficará com 7,5 trilhões de dólares, para o restante do PIB produzido no mundo inteiro, cada país ficaria em média aproximadamente 65 bilhões de dólares.
     Enquanto isso, há uma articulação política para que parte do PIB dos países da OTAN seja usada como reforço capaz de dobrar a despesa na defesa dessa organização. O mundo tão globalizado com a comunicação ultrapassando todas as fronteiras, permitindo a conexão entre todas as pessoas nos lugares mais remotos do planeta, essa defesa tão importante, afinal, serve para se defender contra o quê ?
     Os inimigos da humanidade atualmente são bem conhecidos e não serão jamais vencidos com o uso das armas da OTAN. Acredito, entretanto, que o dinheiro consumido por essa organização até agora teria sido suficiente para tornar a miséria e a fome questões que seriam combatidas com renitência e impediria o recrudescimento dos níveis atuais da pobreza.
     Percebemos de forma limpa que o mundo continua sendo composto por dois mundos : um é muito grande e luta pela sobrevivência e pela exploração do outro pequenino mundo que detém mais de 80% da riqueza mundial. Esse, como é muito rico precisa proteger sua riqueza, só não sabe contra quem !
     Ou será que em algum tempo por vir a miséria e a fome irão bater em sua porta.
    

terça-feira, 3 de julho de 2018

O MUNDO RICO INVADIDO PELA MISÉRIA

     O que está acontecendo na Europa, a meu ver, é a derrota das ideologias que pretensamente seriam a solução do desenvolvimento mundial. O mundo deverá entrar em um novo processo político pelo qual as forças que irão compor o quadro da economia mundial terão que resolver, uma vez por todas, a emigração que foge da fome e da morte.
     O êxodo do século XXI é uma resposta à história da Europa, com a colonização dos países europeus fora do continente. As potências industriais no passado loteavam o mundo, apenas a Inglaterra possuía 50 colônias.
     Não importa mais o conceito imperialista de formulação capitalista ou socialista, pois não conseguiram resolver o problema da desigualdade. Muito pelo contrário, alargaram as distâncias entre os pobres e os ricos. As reuniões entre os países europeus não passam de uma intensão de desespero para acordarem o fechamento das fronteiras do continente.
     Imagino que a burguesia européia não suportará a grande força dos desesperados que atravessam  o mar mediterrâneo. Esses apenas são os colonizados cobrando dos colonizadores o resgate daquilo que lhes pertencia.