sábado, 8 de setembro de 2018

AVANÇAMOS NO TEMPO E PARADOS NA HISTÓRIA

     Tão importante na história francesa, Voltaire dizia se tivesse que escolher a melhor tirania, preferiria aquela de apenas um disposta, ao invés de vários, porque seria obrigado a se curvar somente para um. Passaram 200 anos e Rui Barbosa, como se fosse hoje, aconselhava-nos que a República precisa de ser conservadora, mas conservadora a um tempo, contra o radicalismo e contra o despotismo, contra as utopias revolucionárias e contra as usurpações administrativas. E na mesma época, mais um dos nossos brasileiros imortais, Sílvio Romero dizia que : " PARA SERVIR BEM Á REPÚBLICA BASTA APENAS UM POUCO DE BOA VONTADE, DE BOM SENSO E DE PATRIOTISMO. "
     A carência é a forma geral do saudosismo e da melancolia, os valores morais não fazem parte da vida, e se fosse assim não estaríamos vivendo sob os chavões da turbulência, da incerteza e da intolerância. ´
     É como vejo a era sem definição que vivemos.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

UM SONHO BRASILEIRO

     Viver pela aspiração de uma democracia é como caminhar por uma estrada desconhecida e sem fim. No Brasil somos democratas sem conhecer o verdadeiro sentido da verdade democrática. A história contemporânea da política brasileira tem sido escrita por um Estado e por um Poder que vê a democracia pelo ponto de vista de cima para baixo, e como a nossa própria sombra, a verdade referida nunca esteve atrelada às ideologias conscientes de apenas  propósitos de poder político que fazem parte da vida de interesses de uma porção de bandos.
     O Poder que se torna pactário com os poderes constituídos, deixa à deriva a vontade e os direitos do seu povo e não deve e não pode ser chamado,portanto, democrático.
     É tão curta a conclusão como é tão grande a importância de que esse estado de governo será resolvido quando um dia tivermos dinheiro suficiente e necessário para mantermos e educarmos nossos jovens. Lá, nesse tempo, afogaremos todos os conluios, e a luz da democracia brilhará sobre nós.
   

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

MALTHUS : PASTOR, ECONOMISTA, FILÓSOFO E PROFETA .

      Por volta de 1800 o mundo tinha um bilhão de pessoas e Malthus era um economista inglês controvertido devido sua teoria sobre o perigo do crescimento da população de forma desenfreada em razão da dependência da produção de alimentos disponíveis. Para ele "não havia lugar para o Homem no banquete da natureza".
     Passados 200 anos a população mundial ultrapassa os 7 bilhões, convém ressaltar que o Brasil em apenas 30 anos mais que dobrou a sua prole, entre 1970 e 2000 passou de 90 para 190 milhões de habitantes. Sem abordar no momento o diagnóstico da taxa de natalidade, prefiro então me prender sobre a produção disponível de alimentos para o humano. Enquanto as previsões do crescimento populacional obedecem as taxas geométricas, o crescimento de alimentos não tem base de cálculo confiável. Os estudos de projeção são cautelosos em função do elevadíssimo grau de incertezas, com a inclusão de uma variável que Malthus não imaginava : o aquecimento global e seus efeitos catastróficos e as quebras consequentes de safras. Nunca é demais lembrar que 2/3 da produção mundial de grãos é destinada ao consumo animal não humano.
     O medo é que daqui a pouco cada um de nós esteja guerreando para ocupar seu lugar no banquete a que se referia Malthus em 1800. 
   

terça-feira, 4 de setembro de 2018

QUE ÉPOCA VIVEMOS ?

     A sensação é que ainda estamos na Idade Média, discutimos o tempo todo sobre o papel e a presença do Estado na vida das famílias. Primeiro concordamos que o poder absoluto, o absolutismo, é a forma de como as decisões são feitas e que as sociedades no mundo inteiro se submetem. O Estado participa de todos os segmentos da sociedade, enfraquece a iniciativa privada e quando manipula as regras alça seu braço em direção à corrupção.
     Esse questionamento é a fonte que alimenta os donos da razão, são os pensamentos , dentre outros, que diz "todo poder emana do povo", mas toda lei de outorga para o Estado não contempla a isonomia. Quando o confronto evidencia uma ruptura institucional na procura de uma definição se o Estado deve trabalhar para o cidadão ou é o cidadão que deve trabalhar para o Estado, surgem os chamados "iluminados", pseudos herdeiros do iluminismo do século XVIII, que traziam novas ideias salvadoras, diferentes da Idade das Trevas da Idade Média.
     A época que vivemos é outra mas somos os mesmos, entre a mentira e a verdade depende do conceito relativo de cada um.

domingo, 2 de setembro de 2018

COMO COMPREENDER O QUE NÃO CONHECEMOS

     A ideia pura de democracia ainda está por nascer. Na era da antiga Grécia, no berço da filosofia, esse conceito de justiça não avançou além da dialética, não bastaram também todas as revoluções contemporâneas porque todas elas apenas serviram para a troca de mão do poder. Mesmo as sociedades que se dizem democráticas, o estado de direito do cidadão não existe. Se isso é uma verdade é que ate hoje ninguém soube definir em plenitude o que seja estado de direito do cidadão, pois ninguém viveu nessa condição.
     O estado de direito pleno seria a soma de todas as liberdades individuais, é um bem sem autoria, ele é natural e não pertence a qualquer ideologia. Basta que possamos entender a existência da lei para ver com claridade o conceito relativo de liberdade e democracia. 

UMA LIDERANÇA EM XEQUE

     O governo dos Estados Unidos anunciam a possível saída da Organização Mundial de Comércio (OMC), assim como tem se manifestado com antagonismo sobre o Fórum de Davos, o acordo com a OTAN, com o NAFTA e desprezando o sentimento mundial quanto ao aquecimento global.
     Afinal, o que está por atrás dessa nova política ?
     Será que as peças no tabuleiro estão deixando a posição americana em posição desfavorável ? Ou a possibilidade plausível de que a política adotada no após 2ª guerra mundial esteja somente agora revelando suas falhas na medida em que elas trazem à tona uma estratégia de liderança absoluta, ao invés de uma liderança compartilhada com o mundo aliado em um desenvolvimento solidário além da fronteira europeia.
     Esse recuo, pior do que parecer um isolacionismo pretensioso, deixa nas "entre linhas" a clara impressão de um protecionismo cautelar diante de um enfraquecimento relativo na economia e na presença da política mundial. Sem levarmos em conta que o pensamento do governo dos Estados Unidos começa a entender que o mundo é bem maior do que o mercado interno de pouco mais de 325 milhões de consumidores, menor até do que o mercado somado de Brasil e Rússia de 350 milhões de habitantes dentro de um universo de mais de 7 bilhões de consumidores que não ficaram parados no tempo e no espaço.     

sábado, 1 de setembro de 2018

OS INDICADORES DO MEDO

     O mundo se tornou urbano e por causa disso surgiram as novas tribos para lutarem contra aquelas que ainda sobrevivem em seu pequeno espaço. O homem moderno vive em um núcleo que lhe oferece um conforto egocêntrico, como se fosse uma capsula. Ali se mantém conectado com tudo que lhe traz a razão dele, a vontade e as  suas aspirações que espera confortavelmente e que julga serem exclusivamente e somente suas.
     O convite para fugir de nós mesmos já foi dado no ano de 563 antes de Cristo por um príncipe indu, Sidarta Gautama, que viveu durante 29 anos de sua vida em uma capsula imperial, como vive o homem moderno.
     Quando ele saiu da capsula se tornou BUDA, o iluminado !
     Como sobreviver em um lugar urbano com 85% da população do país ? É o senso brasileiro, sobrecarregado com o desemprego. Alias, o mundo acumula mais de 200 milhões de desempregados, o que representa grosso modo, 1 bilhão de pessoas amarguradas. A população economicamente ativa mundial nos últimos 25 anos registra uma tendência decrescente permanente, isso projeta entre outras considerações, que hoje uma pessoa trabalha para sustentar mais quatro.
     O mundo atravessa por uma nuvem metamorfósica, ela está vindo da África e de todos os continentes. São pessoas desesperadas, em busca de uma capsula de sobrevivência e continuar, sem saber, escravo dentro dela.