domingo, 13 de janeiro de 2019

O MERCADO DE AÇÕES E O NEVOEIRO GLOBAL

     Já houve época que investir em ações, pessoa física, os indicadores financeiros de mercado eram  mais previsíveis. Como exemplo, as empresas divulgavam seus patrimônios líquidos, e com eles podíamos avaliar os valores das ações, esse indicador atualmente, no meu entender, sofre com a insegurança de previsibilidade das taxas de juros de longo prazo.
     O mercado de ações americano (Dow Jones) transfere para os mercados, como um todo, um passo de espera. É preciso saber que as taxas de juros americano balizam o mercado internacional, e sobre isso, seria uma catástrofe mundial o aumento de 2 pontos percentuais nos juros americano. As ações na zona do euro não se recuperaram desde a crise de 2008, mesmo com o aporte do Banco Central Europeu perto de 3 trilhões de euros à economia europeia.
     A expectativa de que a economia americana tenha chegado a um patamar de pleno emprego, sinaliza uma eventual política monetária mais restritiva. A questão americana/chinesa, vejo como um jogo de cartas combinadas, pois o envolvimento a que chegaram as duas economias, qualquer conclusão será precipitada. Esse nevoeiro ainda continua se expandindo em meus textos. 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

A DÍVIDA PÚBLICA MUNDIAL IRRESPONSÁVEL

     Essa dívida gira em torno de 60 trilhões de dólares, em alguns casos já ultrapassou a margem de segurança do equilíbrio financeiro. A dívida japonesa se for paga por habitante, cada cidadão desembolsará 100 mil dólares; nos Estados Unidos o cidadão americano pagará 60 mil dólares e o brasileiro desembolsará 6 mil dólares.
     A negociação das dívidas públicas entre os países é a maior prova de que o mundo precisa da cooperação mútua, essa relação acompanha paralelamente o intercâmbio comercial, por isso a suposta guerra comercial entre os Estados Unidos e a China apenas serve para valorizar  através do câmbio os títulos soberanos negociados. As dívidas são renegociáveis e terceirizadas, vale lembrar que a China tem em cofre 1 trilhão de dólares em títulos da dívida pública americana. Caso haja necessidade, esses títulos serão garantidos na liquidez por um país que honra seus compromissos, sem dúvidas.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

O CONFLITO DO PROTECIONISMO GLOBAL

     Desde a segunda parte do século XIX as grandes nações já apresentavam em suas políticas comerciais a necessidade de proteção de suas economias. A procura pelas matérias primas, exigiu a formação das colonias, sobressaindo nesse caso, a Inglaterra com forte abrangência sobre dezenas de colonias.
     A exploração estrangeira da sociedade capitalista tem a capacidade de transformação permanente, suas principais ferramentas são os bancos e a indústria. É possível que haja a formação nessas colonias de máquinas perversas de transferência de renda, quando se espera, pelo menos, a troca comercial de preços justos seguindo a doutrina cardinal de Tomás de Aquino.
     O comércio internacional e os investimentos em bens de capital, ou ainda, em aquisições de concessões, de licitações patrimoniais acionárias e empréstimos, são negócios que exigem comprometimentos de longos prazos, influindo nas instituições constitucionais e na soberania das nações mais desprotegidas.
      É uma regra com uso do poder econômico que já deveria estar enterrada pela intenção mundial de haver um desenvolvimento solidário. 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

O CAPITALISMO E A BURGUESIA DE KARL MARK

     O Manifesto Comunista em 1848 foi publicado quando a Revolução Industrial adquiria o fortalecimento do seu rumo na Europa. Essa revolução foi a resposta do capitalismo para aquilo que Mark acreditava como uma transformação natural em todos os sistemas. A afirmação da sua teoria central ficaria por conta da inacabada luta de classes, ao criticarmos hoje em dia o capitalismo, teremos que criticar aquela velha teoria sobre a qual o proletariado jamais faria parte da burguesia.
     Por mais que essa luta seja inseparável do conceito materialista, o sentido de escravidão econômica imposta pela burguesia no capitalismo, morreu com a evolução da história humana da civilização moderna. Foi a evolução dos dois pensamentos, que para Mark seriam antagônicos até que o choque de conflitos revelasse a afirmação do socialismo,  a tutela do capitalismo moderno que permite o trabalhador se transformar em um empresário e surgir o significado das parcerias impostas por leis de mercado entre quem é dono do capital e quem produz. E, principalmente, que a teoria do valor da produção foi substituída pelo valor de troca determinada pela procura e pela renda do proletariado.
     

domingo, 6 de janeiro de 2019

O CAPITALISMO ESTÁ FALINDO ?

     A ganância não mais planificada da economia, esqueceu a remuneração da força do trabalho humano. Sabia o sistema que o crescimento econômico sustentável dependia da função consumo/renda, disso se resultaria a poupança ou o endividamento, enveredou-se então, quase de forma draconiana, freneticamente, pelo caminho da produtividade, com objetivos voltados para a maior oferta possível, alicerçada pela tecnologia insuperável. A perda do ritmo da produção planejada, cria a insegurança nos mercados, os contratos futuros perdem a referência, preferindo-se contabilizar os lucros com negócios à vista.
     Dessa forma, todos os resultados recairão no bolso do assalariado, o custo de uma economia inconsciente gera as insatisfações e lança aos manifestos os elementos das crises.
     O capitalismo ao virar as costas para a função social da renda, achando que basta produzir que alguém irá consumir, e o proletariado também acreditando em seu papel de gerador de emprego como fator de distribuição de riqueza, sejam  suficientes  para a estabilidade econômica e social, estão enganados, pois o perigo da quebra do sistema começa com protestos nas ruas e seguem pelo mundo afora.

sábado, 5 de janeiro de 2019

A EUROPA DEPENDE DO MERCOSUL

     Os líderes da Alemanha e da França tentam barganhar entre o Mercosul e a União Europeia, alegando o Acordo de Paris sobre o aquecimento global; o resultado das eleições no Brasil seria um dos motivos de pressão para a conclusão do fechamento do acordo comercial. A América do Sul tem um forte crescimento de commodities primários, e a Europa sabe disso e não pode prescindir desse mercado que ainda está longe de alcançar sua maturidade econômica.
     Faz parte da história europeia o caráter soberbo,mas, de indisfarçável insegurança política. O continente persegue as soluções para os conflitos sociais causados pela insatisfação da fraca capacidade da renda do trabalhador diante da pressão do alto custo de vida. Seus líderes estão perdendo a oportunidade de acalmarem os tumultos parisienses, oferecendo uma oferta de consumo dada pelo Mercosul, que tem a vocação para o setor primário.
     Não é hora de se fazer blefe contra o futuro garantido de um continente que já não precisa de mais nada para se fazer presente no mundo.
     

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

O FUNDO PERDIDO DA PREVIDÊNCIA

     A previdência social é considerada como uma conta duvidosa. O trabalhador vive após da aposentadoria por um futuro próximo de vida sem o amparo legal do fundo que contribuiu durante sua vida ativa. É, em última análise, uma fraude legal. A previdência social caminha para a falência em todo o mundo, é o reflexo da insegurança do sistema econômico diante dos novos padrões adotados na economia moderna. Além disso as turbulências se tornaram frequentes com agravantes disputas de poder e ideologias que só servem para aumentar a insegurança do trabalhador e do futuro sob sua responsabilidade que herdará para a sua família.
     Cabe, no meu entender, que todos os órgãos internacionais do trabalho apresentem suas propostas contendo amarras de sustentação ao benefício àqueles indisponíveis pelo mercado de trabalho altamente transformado pela tecnologia de ponta em todo o sistema produtivo mundial.