A lógica da economia só poderia ser rejeitada por simulações ou por artifícios de eufemismo, isso se não existisse o poder econômico que impõe a ética relativa. Sempre foi assim e é desse modo usado até hoje no confronto entre os poderosos países desenvolvidos e os postulantes, também chamados de países em desenvolvimento.
Essa é uma parceria historicamente concordada pelo mundo, que estabelece para um dos lados ditar as regras, por exemplo, de poder consumir mais de 40% da matriz de energia em carvão, queimar mais de 80 milhões de barris/dia de petróleo e ainda serem os maiores importadores de madeira tropical. É lógico que em troca os países em desenvolvimento são beneficiados pelo comércio de carbono e ainda podem degradar o solo, desmatar, poluir suas águas para manterem suas contas de comércio internacional sustentadas pela produção de matérias primas.
Essa lógica domina o mundo e todo mundo sabe, porque nela está montada uma âncora de divisão de capital e riqueza que não abre a conversão nessa conjuntura, de que de um lado estão os países industrializados e do outro lado os que precisam sobreviver.
Isso é lógico.