domingo, 14 de janeiro de 2018

O RESSURGIMENTO DO ABSOLUTISMO

     Passados 15 séculos, ainda não concluímos as transformações esperadas após a queda do Império Romano que pudessem marcar, pelo menos, o início da formação de um verdadeiro Estado Moderno. Se fizermos um paralelo no tempo, exercendo um papel de árbitro, concluiremos que as concepções do antigo absolutismo, fundada na união do poder do rei com a burguesia, e o pensamento moderno de democracia, fundada na união do poder político com o poder econômico, ambas, o interesse continua sendo comum: o dinheiro!
      A ideia da democracia evoluiu como forma de encontrar soluções para os problemas sociais e os  conflitos entre as diferenças classes da sociedade. Mas, se essa evolução pouco proporcionou em termos de resultados, podemos dizer que o questionamento não consegue abalar os fundamentos determinantes das desigualdades e das distâncias entre os níveis de riquezas. Ainda hoje, existem governantes que acreditam: "não há poder público  sem a vontade de Deus! portanto ele é legítimo e todo o depositário da autoridade", ( Jacques Bossuet, maior teórico do absolutismo ).
     Com uma visão mais atenciosa sobre o quadro político mundial que temos atualmente, poderemos encontrar uma identidade entre o Antigo Regime e o Novo Regime, suas forças representativas continuam sendo as mesmas: antes era a estrutura feudal-absolutista e agora são as dinastias do poder econômico-Estado. Se a nobreza foi substituída pelos atuais ricos privilégiados, os reis foram substituídos por poderosos líderes políticos. Por isso, a sensação é que vivemos ainda no absolutismo. 

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