quarta-feira, 17 de junho de 2015

LIBERDADE...LIBERDADE... ABRE AS ASAS SOBRE NÓS

     A condição imposta por códigos, estatutos, regimentos, normas e todos os tipos de restrições legais turva somente a luz suprema dos pobres, e esses pobres recebem pelo outro lado o desprezo e a cegueira dos ricos e por aqueles que eventualmente ou perpetualmente estão sempre de braços dados com o poder. Esses são herdeiros de dinastias, donos do livre arbítrio de alterarem a carta magna do país, sem ao menos ouvir a opinião revelada por plesbicito daqueles que os elegem, e executam reformas políticas,que de forma acachapante só fortalecem o corporativismo e a melancólica sensação de que vivemos em uma ditadura democrática. Não existe nenhuma surpresa a cada posse no Brasil no que se refere ao desenvolvimento social e político. Porque, por exemplo, a atual opinião mundial diz que o Brasil é um país emergente. Se é emergente é porque ainda estamos mergulhados na pobreza social, na fraqueza da constituição e do sistema político, da escravatura da ordem externa e de principalmente do abandono à educação qualificada. Não adianta levantar dados de caráter político sobre a situação do país, quando sabemos que a nossa indústria de base é sustentatada por investimentos de capital externo. Como pedir à engenharia brasileira que  descubra a formação de novas patentes, se durante o processo de pesquisa são os catálogos estrangeiros que se abrem.
     O meu pensamento é sustentado por um princípio de berço nacionalista sobre a formação e uso de patentes. Nunca repudiei o conhecimento e a cultura dos outros povos que consumimos, como não poderia fechar a janela para o mundo que tem através da história melhorado a vida humana. A juventude deve dizer ao empresário o que ele deve produzir e não a mídia que é contratada pelos grandes conglomerados internacionais que nunca se importaram em mutilar os valores nacionais históricos e culturais de qualquer país e sem apreço aos valores e aos sentimentos originais da nação.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

O CONHECIMENTO É UNIVERSAL E O ACESSO A TECNOLOGIA É LIVRE A TODOS OS POVOS

     Essa premissa é um dos fundamentos voltado para a formação de um mercado global e tem sido política e academicamente muito defendido, ocorre que isso também representaria um desenvolvimento global, e não existe isso na realidade. As 7 maiores economias do mundo preservam seus interesses, liberando para os países menos desenvolvidos o conhecimento inútil e patenteando o que é útil. Quando se diz que o uso de patentes estrangeiras ajuda a queimar etapas do crescimento e a produtividade, não se menciona também que está se pagando aluguel, outra forma de dizer é que ganhamos na produção e perdemos no aumento da dívida externa. Um aspecto crucial é que a inteligência usada pela engenharia nacional é estrangeira, já que existe uma grande dependência contida em todos os catálogos abertos de tecnologia.
     A economia brasileira tem alto grau de participação externa na produção final de bens e serviços, no setor agrícola podemos considerar que apenas a mão de obra é nacional e que o restante depende de importação. Isso, no meu entendimento, é o principal cadeado a ser aberto pelos 7 grandes do mundo, e acho difícil que isso venha a ocorrer. Continuaremos fabricando o inútil e comprando o útil, ou os países produtores de matérias primas( um dos três pilares da economia ) fundarem uma organização de poder de barganha mundial, um modelo como o da OPEP que é o maior exemplo de fortalecimento e valorização daqueles países que produzem o petróleo.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

A AGUA E A MADEIRA AINDA TEMOS SÓ NÃO SABEMOS ATÉ QUANDO

     No final do ano de 1980 esteve no Brasil uma delegação de empresários europeus para negociar  junto ao IBDF  (Instituto brasileiro de desenvolvimento florestal) e do grupo CAPEMI (Caixa de previdência e benefícios ). A visita tinha como objetivo conhecer uma região de 65 mil hectares que seria inundada pela hidrelétrica de Tucuruí, de onde seriam extraídos 5,6 milhões de metros cúbicos de madeira de primeira qualidade. Naquela época os mercados norte americano e europeu estavam sabidamente ávidos por madeira, uma vez que o grande produtor de madeira, então, era a Tailândia que atravessava por uma crise política. Na década seguinte já haviam mais de 200 madeireiras vindas daquela região autorizadas pelo governo brasileiro. Alem de Tucuruí haviam mais 6 outros projetos a serem desenvolvidos na Amazônia para os 20 anos seguintes. Como exemplo, a hidrelétrica de Balbina o potencial madeireiro era duas vezes superior a Tucuruí, cabe salientar que todos esses projetos mencionados, juntos, representavam um volume de 90 milhões de metros cúbicos de madeira tipo " A ", algo avaliado para a época em 30 bilhões de dólares.
     O passado não perdoa os erros cometidos pelo uso dos nossos recursos, e a hipocrisia em se afirmar que todos esses projetos juntos não agridem o eco sistema brasileiro, que naturalmente, abala a economia e  é respondida pela situação que vivemos hoje. Agora, quem ganha ou ganhou com esses projetos não sabemos, mas quem perdeu e perde sabemos muito bem.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

O PERIGO DE UM AJUSTE MAL FORMULADO

     Jogue-se uma pequena pedra no meio da maior lagoa do mundo e a primeira onda que ela formar, um dia, irá tocar toda a praia dessa lagoa. Essa analogia tem servido à ciência econômica para explicar que um ato e fato que se provoca, a todos, aquela onda alcançará inarredavelmente. Na medida que essa onda de choque avança, vão ocorrendo alterações no sistema econômico causadas pelos efeitos inerentes às variações da renda, da substituição e do preço, esses 3 efeitos podem adquirir maior ou menor magnitude, em função é claro, do nível do choque provocado. No caso atual brasileiro, entendo que a proposta de ajuste fiscal do governo, visando o equilíbrio das contas de crédito e débito, devem obedecer rigorosamente aos acertos nos elementos financeiros que as alçadas governamentais fizeram desrespeitando a lei de responsabilidade fiscal. É muito perigoso num período debilitado, atropelar o processo econômico, que tem como locomotiva o próprio governo, que é lamentavelmente, o maior cliente do setor privado. Sobretudo a renda e o prêço são itens imexíveis, caso contrário aquela onda pode virar uma TSUNAMI.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

NO CERNE DO PROBLEMA BRASILEIRO ESTÁ A FALTA DE PLANEJAMENTO

     Do Ministério do Planejamento emerge a visão do futuro com base no diagnóstico extraído em dados estatísticos. Cada informação desse órgão deve ser visto como uma cartilha a ser obedecida para que se faça sentido o planejamento. Acredito que as economias sólidas tenham no planejamento a força do progresso e do desenvolvimento.
     No Brasil, se levarmos em conta, alguns dados fornecidos pelo IPEA e IBGE , teremos dificuldade de elaborar uma previsão sócio-econômica de longo prazo pela falta de uma certeza nos dados quando comparados com a conjuntura real. Como exemplos, podemos citar que na década de 80 da carga tributária eram devolvidos para a sociedade 50% , hoje sabemos que a carga tributária alcança 35% do PIB mais não sabemos realmente qual a transferência para a sociedade. Outro dado preocupante é, se a renda per capita brasileira gira em torno de 1 salário e meio, a população economicamente ativa se mantem nos últimos 15 anos na faixa de 60% e com a diminuição acentuada da participação das faixas mais graduadas nos rendimentos salariais, fica evidente que a economia brasileira está andando de lado e rateando. Considerando finalmente que em 2010 o trabalho contribuía com 76% da origem da renda das famílias e as pensões e aposentadorias com 20% somado  a isso que o crescimento demográfico nas últimas 4 décadas ter variado de 20 pontos percentuais no início para 6% na última década, a formação de fatores para o aumento da renda nacional perderá força sem uma política de choque em investimentos macissos em educação.
     Sofremos com a inércia do desenvolvimento, enquanto a juventude assiste sua vida andar sem o compasso de se planejar primeiro para que se tenha um país melhor.

terça-feira, 19 de maio de 2015

A POSIÇÃO 60º NA EDUCAÇÃO TEM EXPLICAÇÃO ?

     A UNESCO apresentou o ranking dos países em nível de educação e essa informação  para o Brasil não deve ser analisada isoladamente. As informações apresentadas pelo IBGE referente  ao ano de 2009 quanto ao rendimento per capita por classe do salário mínimo  para uma população de 192 milhões naquele ano e considerando o valor do salário de hoje, teremos a seguinte configuração:

1- Até 1/4 de R$ 788,00 = 20,5 milhões de pessoas
2- Até 1/2             "         = 35 milhões de pessoas
3- Até  1               "         = 53 milhões de pessoas
4- Até  2               "         = 43 milhões de pessoas

     A soma dessas quatro classes chega a um percentual maior que 75% da população brasileira de hoje. Quando o governo apregoa o avanço da classe média no Brasil, com certeza e não sei porque deixa de avaliar essa pesquisa do IBGE. Entendo, salvo melhor juizo que o nível salarial do terço inferior da classe média deve estar em torno de 5 salários mínimos.
     A indagação que não pode se perder é qual o nível escolar e de formação profissional de uma população de 151 milhões de pessoas com renda per capita familiar que só alcança 2 salários mínimos ? Tenho receio de buscar a resposta quando vejo o noticiário dizer que os candidatos às Universidades Brasileiras, de formação elevada , só não devem tirar nota ZERO em redação da língua portuguesa !
     Tenho receio.........
     .
   

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A INFLAÇÃO SEGUNDO O GOVERNO, É PROBLEMA DO POVO- II

     A economia explicada pela teoria desenvolvida pelas correntes dos pensadores defende que somente as leis de mercado regem o sistema econômico, puro sistema liberal de transações, essa teoria, imagino, já morreu desde a primeira guerra mundial. Contudo, a presença do governo não deveria ir além que estabelecer diretrizes, fundos de sustentação em investimentos em infra estrutura e pactos regulatórios entre os setores produtivos e o câmbio.
          Correlação entre a variação de preços administrativos e a renda das famílias
              1- Quando os preços são represados a renda aumenta artificialmente e ocorre o aumento do consumo, aquece o crédito, a produção e o emprego. A recuperação dos preços administrados resulta inicialmente no repasse na cadeia produtiva, a elevação das taxas de inflação desestimula os empresários em novos investimentos, surge a inadimplência e o endividamento no setor privado e também o governo amarga com o aumento da dívida pública, um verdadeiro efeito dominó, afinal é o produto da lítica de ortodoxia adotada pelo Banco Central na elevação sustentada da taxa referencial, a SELIC ;
             2- A alavancagem da taxa de inflação coloca na rua grandes contingentes da mão de obra do setor privado, enquanto o emprego no setor público não teme o fantasma do desemprego,porque reina o privilégio ;
     Vivemos uma época de ausência de uma maior participação política da sociedade brasileira, o sentimento alheio do povo permitiu a proliferação dos partidos políticos sem conteúdos ideológicos o que facilitou que o governo ocupasse de forma desordenada e incompetente os espaços que deveriam pertencer à  iniciativa privada. Não podemos ainda mudar o rumo dessa trajetória, mas não tenho a menor dúvida que realizaremos essa mudança, é só uma questão de tempo para que o desenvolvimento em nossa educação mude nossas vidas.