segunda-feira, 11 de junho de 2018

É A HORA DO PROTECIONISMO DA AMÉRICA LATINA

     No momento em que se reúnem as 7 maiores potências econômicas o que se espera são soluções combinadas entre seus líderes. O resto do mundo está de fora!
     Entre a China e os Estados Unidos as preocupações giram em torno dos interesses comerciais que ajudem suas balanças, o restante dos participantes do G-7, de um modo geral, estão envolvidos na batalha entre eles de quem sairá ganhando na prática do protecionismo.
     A bola dessa roleta que tem cento e noventa e três números, não pode mais cair nos mesmos sete números ! Essa analogia representa a insatisfação mundial que não faz parte de qualquer pauta, seja na ONU, OCDE, BID e FMI.
     A revolta maior, são as explorações que sofrem os países ricos em matérias primas que abastecem o G-7. A América Latina, por exemplo, tem competitividade com a  liderança na produção de petróleo, cobre, carvão, ferro, ouro, prata, madeira, grãos e fonte de proteína animal. Contudo, a pobreza assola o continente. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina-CEPAL, a estimativa é que 1/3 da população de 570 milhões de pessoas, isto é, 200 milhões estão abaixo da linha da pobreza.
     Esta na hora de formarmos o "G" da América Latina voltada para a sua proteção.
 

sábado, 9 de junho de 2018

A AMÉRICA DO SUL NÃO É QUINTAL DAS POTÊNCIAS ECONÔMICAS

     A desigualdade no mundo é uma divisão de forças e de oportunidades, ela foi construída a partir do século XIX. São lideranças econômicas que passaram de mão em mão mas sempre obedecendo o princípio de quem term o dinheiro tem o poder. As revoluções econômicas e ideológicas foram também organizadas e ativadas por elites habilidosas no uso da opinião pública e na conscientização das classes pobres.
     Por isso acredito convicto que a mudança na divisão de forças dentro da sociedade mundial será possível se houver uma convergência entre pequenos blocos de países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Nesse caso, o cone sul da América do Sul diante da grande distância dos grandes centros onde são estabelecidos as diretrizes da economia mundial, segundo os critérios de meia dúzia de potências, deve com o Brasil e a Argentina formar uma frente diplomática coesa em todas as linhas de objetivos desenvolvimentistas para liderarem uma campanha fora do Mercosul e criarem um pacto continental mercadológico que preferencie o fortalecimento do continente. 

quarta-feira, 6 de junho de 2018

A TEORIA ESTÁ NUMA PRATILHEIRA EMPOEIRADA

     Ficamos até hoje na escolha de uma doutrina que pudesse desenvolver o mundo por igual, desde o sistema da troca de mercadorias uma a uma até aos conglomerados que hoje se unem no setor da química dos defensivos agrícolas. Se no passado os negócios, ou melhor, a economia podia ser interpretada pelas escolas, ou pelos tratados dos mestres, tínhamos então uma cultura acadêmica para entender o processo do sistema econômico da época. Porém, o mundo mudou !
     Para mim, um exemplo basta: O Brasil tem sua economia calçada no setor agrícola, essa atividade tem um caráter absoluto no resultado financeiro que satisfaz as necessidades do orçamento primário do governo e o enriquecimento de alguns grupos familiares. A função social dessa produção está descartada pela presença de uma tecnologia de ponta de elevado custo, além é claro, de afugentar a mão de obra humana para as periferias das grandes cidades.
     Quais os parâmetros de uma oferta e procura de uma produção agrícola totalmente industrializada vinte e quatro horas e de um mercado que funciona na medida da variação cambial das moedas e não das necessidades de consumo dos produtos agrícolas. O pior é que o mercado interno absorve todos os efeitos desse sistema sem que haja interesse oficial na interferência regulatória. 

segunda-feira, 4 de junho de 2018

PROTECIONISMO LEGAL DE TRUMP

     Nada  mais é do que uma continuidade desde que as nações do mundo inteiro inauguraram o livre comércio depois das Guerras Napoleônicas. A expansão do comércio mundial, devemos reconhecer, tiveram suas raízes na Inglaterra na formação dos mercados de hoje. Já naquela época, discutia-se as tarifas abusivas e os subsídios nas exportações, era muito comum a tributação de uma forma quase geral em todas as mercadorias negociadas.
     O comércio internacional a partir do século XIX toma uma dimensão democratizada com a diminuição das barreiras tarifárias dando oportunidade para que os países pudessem participar em todas as transações comerciais. Contudo, esse processo permitiu que novas froteiras fossem abertas e com elas novas lideranças.
     Portanto, não é de hoje que a batalha por tarifas faz parte do sistema do comércio internacional. Cada país procura defender sua economia e a sustentação de uma política que favoreça a geração de empregos. Não existe a meu ver, nada de errado nos países que lutam em defesa de seus interesses nacionais. É uma lei natural.
     A única solução é o poder de barganha dentro das negociações.   

domingo, 27 de maio de 2018

JÁ BEBEMOS ÁGUA DO MAR

     O mundo inteiro está construindo usinas de água dessalinizada, é um recurso que vem reduzindo o seu custo de exploração por metro cúbico abaixo de 0,5 de dólar. Muito mais do que a água salobra é a água de reúso, água pluvial e de aquíferos profundos. Buscamos e ela diminui e não diminuímos o consumo. Pior, é destruirmos o meio de suas nascentes. Desculpem-me, mas sei lidar com esse problema porque vivo no meio dele.
     Pior, bem mais pior, é sabermos que de 1970 para hoje mais que dobramos a população mundial que depende da água diariamente para continuar vivendo. Em alguns lugares são usados água importadas congeladas em icebergs, e assim mesmo, vivemos preocupados com valores bem menos importantes como dinheiro, petróleo, fontes de energia, poder político, poder bélico, poder econômico e ideológico.
     Poderá haver um dia não muito longe que a água seja proibida.
   
   

sábado, 26 de maio de 2018

A DECISÃO ERRADA DE CINQUENTA ANOS ATRÁS

     Quando em dezembro de 2014 em uma das primeiras postagens apresentava um quadro da estrutura do setor de transporte de 5 grandes economias comparadas com o transporte no Brasil, com base na publicação de dados de 1970 no Statistical year book da ONU, estava naquela oportunidade alertando, em verdade, o atraso e o caminho errado da estratégia do desenvolvimento adotada pelos governos brasileiros nessa área. Ao adotar para um país de espaços continentais uma economia de produção de commodities baseada unicamente no transporte rodoviário com a agravante da dependência externa de um combustível de elevado custo, no caso do pré sal, e diante de um mercado internacional de cartel caracterizado pela volatilidade.

            Estrutura do setor transporte-década de 70 (em%) -Fonte: ONU
       
          País             Rodoviário    Ferroviário    Hidroviário
       ------------------------------------------------------------------
       Alemanha            18                  53                   29
       EUA                    25                  50                   25
       França                 28                  55                   17
       Japão                  20                   38                   42
       Rússia                  4                   83                    13
       Brasil                  83                    5                    12
      -----------------------------------------------------------------
       Brasil                  75.9                 5,4                 12,
      Fonte: Fundação Dom Cabral 2018
     ------------------------------------------------------------------
   
     A Fundação Dom Cabral publicou a divisão modal dos serviços utilizados pelas empresas embarcadoras brasileiras,  observamos a extraordinária concordância com os dados de 1970 do Brasil. Esse quadro  dispensa por si só qualquer comentário, todavia, a comparação com a estrutura da Russia, um país com a maior produção e refino de petróleo mundial e a manutenção após 50 anos da mesma estrutura brasileira no setor, justifica todas as crises até agora e futuras se o país continuar fechado para o mundo. 
     
     

   

domingo, 20 de maio de 2018

ABANDONAR O PETRÓLEO ? QUANDO E COMO ?

     Com a perda da importância relativa do petróleo como fonte de energia, devemos considerar o desastre no futuro com a troca para outras fontes de energias limpas. Os cartéis não estarão dispostos a perderem e abandonarem as suas gigantes reservas. É possível que ainda leve muito tempo para assistirmos a reforma da capacidade instalada da indústria mundial no uso desse combustível. Sabemos que até hoje apenas foi explorado 1/3 do potencial estimado no mundo e que existem atualmente navegando pelos mares mais de 3.500 petroleiros, carregando 2,4 bilhões de toneladas de óleo, uma avaliação mais contundente é que somente um super petroleiro transporta de uma só vez mais que toda a produção de um dia do Brasil.
     Dentro das questões, haverá o questionamento do fim a ser dado a toda sucata; as negligencias que ocorrerão nos campos produtores além dos complexos logísticos de estocagem e transporte e, principalmente, o impacto da transformação nos países que tem o petróleo como sustentação de suas economias alcançará o resto do mundo. Existe uma consciência mundial em repudiar o petróleo, porém sem dispensá-lo, como acontece nos países emergentes em tocar seus desenvolvimentos. Uma única empresa da Arábia Saudita dispõe de um estoque estimado em 300 bilhões de barris e o Irã ainda não retornou ao mercado com a sua plenitude. Se considerarmos que a empresa citada tem um valor patrimonial em torno de 11 trilhões de dólares, devemos convir que os negócios desse mercado estão muito longe de acabar.