domingo, 24 de junho de 2018

O MUNDO É FEUDAL

      Qual seria a outra denominação a ser dada ás grandes organizações políticas, jurídicas e comerciais que são comandadas por uma "ordem" de meia dúzia de países, no máximo. Por mais que o mundo tenha avançado abrindo as fronteiras do desconhecido, não conseguiu dar um passo si quer no entendimento global do comércio. A história tem em seus registros os ciclos econômicos marcados pelos fluxos em rotas comerciais desde o ouro, o cobre, a seda, o trigo, a soja e o petróleo. Se essas rotas comerciais foram responsáveis pelo mapeamento econômico das commodities atuais, construíram também a divisão da hegemonia comercial.
     Mas o comércio é muito dinâmico, ele chega a ser cruel e desumano. Existe um velho ditado que diz: "a barriga e o dinheiro não tem moral nem pátria". Por isso o ressurgimento do multilateralismo dividiu a liderança do comércio e se tornou um problema para a OMC (Organização mundial de comércio). Os novos acordos bilaterais são fundamentais para neutralizar os confrontos de lideranças dentro da OMC e fortalecer a globalização, tornando-a mais democrática.
     O mundo é outro. Ninguém manda nesse mundo e o comércio não serve mais para criar colônias e impérios. O propósito deve ser apenas um : o desenvolvimento de todas as nações.     
    

sábado, 23 de junho de 2018

EMIGRANTES E DESEMPREGADOS, QUEM ESTÁ PIOR ?

     Essa sociedade organizada não sobreviverá por muito tempo sem o salário que sustenta o consumo, essa função depende de subsídios e do crédito de curtíssimo prazo, a renda do salário não cobre mais o passivo mensal das famílias, o seu grau de endividamento é uma herança dos déficits primários dos orçamentos governamentais. Nas economias de renda per capita muito baixa é muito alta a contingência opressiva para as camadas assalariadas, visto que além do endividamento existe sobre as costas do assalariado a pesada carga tributária que os governos, por seus lados, precisam equilibrar suas contas. Nesses países é elevado o empenho da renda futura e o consumo antecipado não é garantido por uma renda a realizar duvidosa. Porque ?
     Entendíamos que o triple da sociedade chamada organizada era composta pela família, pela empresa e pelo governo, mas o fluxo que fortalecia essa engrenagem, ora acelerando, ora pisando no freio era a renda produzida pelo salário, e as filas quilométricas por algumas vagas que fazem parte do conteúdo da mídia é um sintoma de uma anemia econômica e social profunda que ninguém, esteja aonde estiver, irá me convencer da desorganização social que o mundo atravessa pela extinção do salário, sonho e felicidade de toda família organizada.   

segunda-feira, 18 de junho de 2018

A PROCURA POR UM SALÁRIO HUMILHANTE

     A procura do trabalhador pela informalidade representa, a meu ver, a consagração de que a sociedade trabalhadora será composta por talentos "deletados". Não haverá mais a herança do artífice e muito menos a honrosa lembrança daqueles que serviram de referência ou de legado.
     O salário deixará de ser o indicador de prosperidade econômica e capaz de mensurar objetivos futuros. Na informalidade não existe degrau de especialização ou valorização profissional. Só existe a vontade de sobreviver, já que está fora do mercado, da competitividade profissional e não é lembrado.
     O trabalho informal e o desemprego formam a base da falência social e previdenciária e coloca todos os governos no mundo inteiro reféns de uma doutrina moderna de que a necessidade de produtividade tem correlação com o desenvolvimento tecnológico sem a presença do operário. Acredito apenas, que a vida humana precisa do trabalho e na independência digna que o trabalho produz. Se não assim, que base social comandará o mundo ?

sábado, 16 de junho de 2018

UM MUNDO DESEMPREGADO

     Existe uma acentuada corrente pela atividade informal, é um fenômeno muito mais sério do que uma rápida avaliação possa explicar, porque isso é uma onda que percorre o mundo desde o início do século passado, desde a primeira revolução industrial, ela tem deixado no tempo um rastro irrecuperável de desemprego. Só nos Estados Unidos, nos últimos 40 anos foram extintas presumivelmente mais de 20 milhões de atividades profissionais que requeriam o uso do trabalho manual.
     Marx e  Engels deixaram um legado conceitual que justificaria enormemente a recente greve dos caminhoneiros no Brasil causando grande transtorno e prejuízo para o sistema de abastecimento. Eles acreditavam que os conflitos das classes operárias seriam importantes na valorização do proletariado ao longo do tempo.
     Estavam enganados.
     Mesmo esses mestres do pensamento econômico não imaginavam, alem da teoria extraída da contemporaneidade dos agentes, até que ponto a ciência da automação e da robótica destruiriam como carrascos as teorias socialistas. O que significaria a noção de produtividade ? Infelizmente, mais uma greve operária, como a dos caminhoneiros brasileiros apenas servirá como alerta na necessidade de substituição desse modal. O emprego não será considerado, provavelmente.

terça-feira, 12 de junho de 2018

A AMÉRICA LATINA NÃO CONHECE O SEU VALOR

     Enquanto a Europa Ocidental tem uma população aproximada de 400 milhões de habitantes, a América Latina tem sua população em torno de 570 milhões. São duas zonas globais com contrastes de desenvolvimento humano, tecnológicos e econômicos.
     Entretanto, o que devemos esperar das possibilidades econômicas para daqui a 30 anos ? A onda do protecionismo que percorre o mundo sinaliza até para os mais otimistas que existe um enfraquecimento crônico em todos os agentes econômicos. O último fórum da COP-23 realizado em Bonn procurava encontrar a base da resolução do fundamento principal de que devemos ter o cuidado de parar enquanto é tempo, porque existem sinais latentes de que o início já começou de uma era transitória.
     A era do valor ponderado entre o antropocentrismo e o naturalismo.
 

segunda-feira, 11 de junho de 2018

É A HORA DO PROTECIONISMO DA AMÉRICA LATINA

     No momento em que se reúnem as 7 maiores potências econômicas o que se espera são soluções combinadas entre seus líderes. O resto do mundo está de fora!
     Entre a China e os Estados Unidos as preocupações giram em torno dos interesses comerciais que ajudem suas balanças, o restante dos participantes do G-7, de um modo geral, estão envolvidos na batalha entre eles de quem sairá ganhando na prática do protecionismo.
     A bola dessa roleta que tem cento e noventa e três números, não pode mais cair nos mesmos sete números ! Essa analogia representa a insatisfação mundial que não faz parte de qualquer pauta, seja na ONU, OCDE, BID e FMI.
     A revolta maior, são as explorações que sofrem os países ricos em matérias primas que abastecem o G-7. A América Latina, por exemplo, tem competitividade com a  liderança na produção de petróleo, cobre, carvão, ferro, ouro, prata, madeira, grãos e fonte de proteína animal. Contudo, a pobreza assola o continente. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina-CEPAL, a estimativa é que 1/3 da população de 570 milhões de pessoas, isto é, 200 milhões estão abaixo da linha da pobreza.
     Esta na hora de formarmos o "G" da América Latina voltada para a sua proteção.
 

sábado, 9 de junho de 2018

A AMÉRICA DO SUL NÃO É QUINTAL DAS POTÊNCIAS ECONÔMICAS

     A desigualdade no mundo é uma divisão de forças e de oportunidades, ela foi construída a partir do século XIX. São lideranças econômicas que passaram de mão em mão mas sempre obedecendo o princípio de quem term o dinheiro tem o poder. As revoluções econômicas e ideológicas foram também organizadas e ativadas por elites habilidosas no uso da opinião pública e na conscientização das classes pobres.
     Por isso acredito convicto que a mudança na divisão de forças dentro da sociedade mundial será possível se houver uma convergência entre pequenos blocos de países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Nesse caso, o cone sul da América do Sul diante da grande distância dos grandes centros onde são estabelecidos as diretrizes da economia mundial, segundo os critérios de meia dúzia de potências, deve com o Brasil e a Argentina formar uma frente diplomática coesa em todas as linhas de objetivos desenvolvimentistas para liderarem uma campanha fora do Mercosul e criarem um pacto continental mercadológico que preferencie o fortalecimento do continente.