domingo, 6 de dezembro de 2020

" A SOBERANIA NUNCA CHEGOU AOS MISERÁVEIS "

 Em 1885, mais precisamente 22 anos depois do nascimento de minha avó, foi realizado em Berlim uma conferência que decidiu a "Partilha da África" para as nações europeias. Dois países  foram aquinhoados da seguinte forma: Metade do Congo, rico em diamantes, foi declarado propriedade pessoal do rei Leopoldo II da Bélgica; a França ficou com a outra metade e mais toda uma vasta região formada pela África Ocidental Francesa, África Equatorial Francesa, Somália, Marrocos e Argélia. Quase metade do Continente africano!!!

Hoje a Europa sofre com a "lei do retorno". Seus governos estão dependurados em suas contas públicas, não sabem como resolver o problema da escassez da mão de obra qualificada e ainda enfrentam a questão constitucional com a presença do êxodo dos miseráveis que estavam abandonados nas antigas colônias.

Não haverá um novo "Plano Marshall" para resolver o declínio estrutural da zona do euro. O Banco Central do bloco, estabeleceu as regras fiscais que limitam as despesas em 60% do PIB, totalmente fora da realidade. Só a França amarga um déficit de 115% do PIB e com previsões preocupantes nos pedidos de falências que podem ultrapassar os 15%, mantidas as atuais condições.

A Europa nunca mais será a mesma, posto que a partir da década de 80 do século passado, as peças do "tabuleiro de xadrez" da conjuntura política internacional passaram a ser movimentadas por outras mãos fora do âmbito europeu e seus líderes sabem disso e são incapazes de mudarem a nova ordem mundial. 


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