segunda-feira, 31 de julho de 2017

UM VELHO SONHO DE UM BRASILEIRO VELHO

     Viver pela aspiração de uma democracia é como caminhar por uma estrada desconhecida e sem fim. No Brasil somos verdadeiramente amabilíssimos, somo assim, democratas sem conhecer a verdade da democracia, a história contemporânea da política brasileira tem sido escrita por um Estado e poder que vê a democracia pelo ponto de vista de cima para baixo, vivemos atrelados a um conluio sem ideologia consciente de um propósito político, a não ser o interesse de uma porção de bandos.
     Um regime que se utiliza sem parcimônia do instrumento de decretos e se torna pactário com os poderes constituídos, deixa à deriva a vontade e os direitos do seu povo e não deve e não pode ser chamado democrático. É tão curta a conclusão como é tão grande a importância de que esse estado de governança será resolvido quando um dia tivermos dinheiro suficiente e necessário para mantermos e educarmos nossos jovens. Lá, nesse tempo, afogaremos todos os conluios e a luz da democracia, mesmo em sonho plat

sábado, 29 de julho de 2017

CONTINUAREI BATENDO NA DESIGUALDADE

     A pressão populacional exige que o capital circulante no mundo seja efetivamente colocado nos projetos desenvolvimentista. Em 2015 o valor de 1,76 trilhões de dólares foram destinados basicamente para as economias já bastante capitalizadas, isso demonstra, a meu ver, o desinteresse pelo desenvolvimento global, é necessário frisar que esse dinheiro quando chega aos países não desenvolvidos tem propositadamente um caminho estratégico para os investidores, como energia fóssil, mineração, comércio, energia e indústria. O argumento de que haverá geração de emprego, arrecadação de impostos e aumento da renda per capita, apenas se presta a um projeto externo, por isso entendo ser insuficiente, por não alcançar os propósitos sociais.
     Como prova disso, o Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento, registra uma estagnação no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), esse indicador, revela em verdade, a consolidação do fraco desempenho da educação, expectativa de vida ao nascer e a renda per capita nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. Se compararmos o fluxo financeiro mundial com as rotas comerciais, a compreensão será de duas conjunturas econômicas internacionais : uma gerencia o mercado de capitais internacional, e outra, composta pelas economias emergentes, sempre correndo atrás de um melhor resultado. O curioso, é que a OCDE ( Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ) recomenda que as economias da parte baixa da riqueza mundial possam ajudar no desenvolvimento econômico e social e o bem-estar dos povos ao redor do mundo. Se eu não estiver com uma caduquice aguda, nesse caso, a OCDE está pedindo aos menos pobres para ajudarem os mais pobres.
     E o que farão os mais ricos ?

terça-feira, 25 de julho de 2017

O DESENVOLVIMENTO, COMO É DIFÍCIL.

     A economia brasileira está embargada pela presença do Estado. O Estado é uma figura extremamente perniciosa em toda tentativa de se alcançar o desenvolvimento. Se avaliarmos a teoria do crescimento equilibrado, encontraremos a indicação de um programa de investimentos, por menor que sejam os níveis orçamentários, é nesse ponto que existe o complicador político.
     O que está acontecendo no Brasil, sabemos, não é um caso isolado, países com economias fortalecidas estão transferindo seus déficits em conta corrente para os contribuintes, ou mudando o perfil da dívida, mais o fato contábil não altera a grande verdade do que está ocorrendo no mundo, seja ele democrático ou não, gastam muito mais do que a arrecadação, basta lembrar que os gastos com a indústria bélica mundial é da ordem de 2,7% do PIB mundial. O balanço orçamentário brasileiro apresenta um débito de 139 bilhões de reais e essa dívida também é paga pelo setor privado, isso quer dizer que a poupança das famílias está sendo trocada por títulos da dívida pública, são mais de 70% de todo o valor captado no mercado financeiro brasileiro.
     Para um país em desenvolvimento, onde a economia precisa de recursos externos, a destinação se torna a questão básica, em 2015 o Brasil recebeu 78 bilhões de dólares para o setor produtivo, esse dinheiro, em verdade, constrói um estoque de capital produzido pelo resultado da economia, todavia, não entra como  fator de geração de projetos de base,  a parte dos investimentos públicos são destinados para a infra-estrutura e para o social, lamentavelmente, esse investimento no caso brasileiro está em minguados 2% do PIB no momento que o país atravessa por forte e prolongado processo de paralisação da atividade econômica. É claro que um país com projetos de desenvolvimento precisa de muito mais, e cabe ao Estado realizar também, um austero enxugamento da máquina pública, e não contar com a carga tributária para resolver o problema nacional do equilíbrio orçamentário.
   

domingo, 23 de julho de 2017

A BARREIRA DO DESENVOLVIMENTO

     Ao analisarmos os caminhos escondidos e que fazem parte dos textos acordados nos pactos comerciais, podemos entender então, por princípios, que não existe acordo perfeito e justo, a relação de troca significa uma equivalência relativa de necessidades. Isso nunca existiu. Além disso, só para lembrar, os movimentos sociais entre as décadas de 30 e 40 do século passado, quando o processo da economia se fortalecia com negócios e mercado e abria todas as barreiras internacionais, a polêmica girava em torno do protecionismo.
     O protecionismo faz parte dos interesses que se aproximam, porque eles procuram as mesmas praças seguras dos sistemas políticos convergentes ideologicamente. O capital que rola nessas praças tem a preocupação pela segurança, define o destino dos investimentos estrangeiro direto, como exemplo, em 2014 superaram 300 bilhões de dólares e mais de 50% desse dinheiro foram para as economias das 3 maiores potências econômicas, esses mercados são responsáveis pelo movimento das maiores bolsas de valores no mundo, só as 10 principais negociam 50 trilhões de dólares anuais.
     Por esses aspectos, fica difícil encontrar argumentos capazes de assegurarem que o desenvolvimento para os países que não fazem parte desse "esquema" possa ser alcançado. É uma lei forjada na usura que o dinheiro chama o dinheiro, não se olha para traz nem para os lados, que fiquem a margem do fluxo financeiro que sustenta esse mundo desenvolvido

quarta-feira, 19 de julho de 2017

A RAZÃO MAIOR DA NOSSA INSATISFAÇÃO

     Estou muito velho e cansado para continuar ouvindo falar de esquerda e direita de doutrinas políticas. Que chatice, próprio de sociedades chauvinistas. Somos nós, povo livre do pensamento indutivo alheio. Sobre isso, muito tempo atras, Aristóteles questionava: " Os cidadãos se revoltam pelas constituições que transformam democracias em oligarquias ou estas em repúblicas aristocráticas e reciprocamente".
     Deveria ser assim, quando nascemos a natureza nos acolhe para vivermos tão somente.Porque então já percorremos todas as eras da inteligência humana sem entender nada sobre nós mesmos. Sem esse conflito de identidade, poderíamos não estar tão dominantes quanto ao intelecto, essa dúvida,sobretudo, muito me conforta e me torna existencialista. Prefiro imaginar que seria feliz de outra forma, do que pensar que nunca tive outra forma.
     Somos nós, sociedade livre dos inúteis arcaicos pensamentos de como deveríamos ser, como o conhecimento da igualdade fosse próprio de alguma genialidade. Somos contra aos sistemas políticos, econômicos e financeiros imputados pelos aviltadores e profanadores das nossas boas intenções. Somos livres mas não anárquicos, amantes e irmãos da solidariedade, da coisa boa e da prevalência dos princípios inalienáveis da justiça e da igualdade.
     Foi esse o legado deixado em nós pelo encontro de Hamburgo.

terça-feira, 18 de julho de 2017

O TAMANHO DA NOSSA FAMÍLIA

          As Américas tem 1 bilhão de habitantes, o Brasil e os Estados Unidos somam mais da metade
          A Europa tem 743 milhões de habitantes
          A Ásia tem 4.400 bilhões de habitantes
          A África tem 1.200 bilhões de habitantes
     Geograficamente, esses quatro grupos demográficos são mutuamente dependentes, por isso não entendo como vivemos confrontos de ideias protecionistas. Os continentes mais novos são responsáveis pelo abastecimento de matérias-primas e alimentos, o velho continente junto com os Estados Unidos mantém a evolução e dinamização da tecnologia e a Ásia, afinal, dá os primeiros passos em busca do tempo perdido na escuridão do pensamento isolado e fechado para o crescimento da necessidade de novos conceitos de hábitos de consumo. São os tempos da aproximação rumo ao
 Ocidente.
     A síntese disso passou a ser chamada de globalização. Essa interdependência precisa de que seja alterada toda a filosofia de normas e condutas que até hoje fazem parte das políticas discutidas em todas as organizações de cúpulas entre todas as Nações. Somente com a solidariedade a globalização poderá transformar em todos os níveis da estratificação humana mundial a condição de desigualdade que foi reclamada em Hamburgo.
     Essa nossa família não para de crescer, e, ainda estamos egoístas e presunçosos.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

AS VOZES DE HAMBURGO

     O que as manifestações de Hamburgo queriam dizer ?  Imagino que o mais importante deve ser com quem está o poder do sistema econômico mundial, e, sob o qual a sociedade trabalhadora, produtora de bens e serviços, tem a tutela do seu nível de renda salarial entregue voluntariamente e de forma escravocrata a esse sistema. A produção e o emprego não sobrevivem sem o investimento,  necessário para o  fluxo permanente do capital internacional. Mas, de quem é esse dinheiro ?
     Os déficits nas contas públicas no mundo estão anulando a capacidade da economia na geração de empregos. Só a China tem um negativo contábil na ordem de 11 trilhões de dólares, é um indicador macro econômico da desaceleração da renda pessoal.
     E o dinheiro do petróleo ? Desde a década de 70 era sabido que esse dinheiro triangulava entre os importadores de petróleo a OPEP e o mercado financeiro internacional. Entre os países industrializados, os países das OPEP e os países em desenvolvimento, apenas esses últimos eram os únicos que mantinham os saldos negativos em conta corrente aumentando a cada ano, indicando, é claro, uma dependência do petróleo e do capital externo.
     Esse é o pequeno detalhe da questão de Hamburgo. Se aquela triangulação se fortaleceu durante as décadas seguintes, assim como antes, os países integrantes da OPEP são credores do sistema financeiro internacional, e todo tomador de capital externo é devedor do mercado financeiro internacional, e, finalmente, significa que o poder sempre esteve com os donos dos petrodolares. Não tem grande importância, no meu ver, a perda da cotação do barril porque a capitalização de meio século permite a esse cartel ainda ficar sentado na cabeceira da mesa do poder do sistema econômico mundial.
     Não vejo assim que o desenvolvimento chegue aos países que dependem desse sistema.