sábado, 24 de março de 2018

O ADARCÃO DO SÉCULO VII ANTES DA ERA CRISTÃ

     Acreditá-se tenha sido a primeira moeda, usada pelos persas, trabalhava-se por ela e por ela se media a quantidade e o valor do trabalho. Hoje isso acabou. Não se trabalha mais pelo dinheiro e pela posse dele, a mentalidade está sempre concentrada em consumir, somos educados para isso!
     A grande conquista do sistema foi virar os papeis das representações ou dos valores reais existentes naqueles que tem em mãos a moeda e naqueles que tem a ânsia por consumir. O dinheiro não é mais o objetivo do trabalho realizado, trabalha-se para adquirir tão somente o poder provisório de consumir, a satisfação maior está nesse poder, nessa condição. Fomos, por causa disso, transformados em meio e não o fim do pensamento econômico, passamos a fazer parte como fator de produção. Um elemento quando o capital é realizado em um projeto é visto indiferentemente na expectativa do prognóstico que será produzido pela sociedade.
     E o dinheiro, e a moeda ? O bem físico representativo do que fui capaz de produzir, o esforço da minha vida inteligente que MARK tão bem definiu como "mais valia do trabalho", não se acumula mais aquilo que seria a medida moral do trabalho. A substituição da moeda física pela virtual ou escritural, tirou do cidadão o sentimento do principal fundamento econômico : aquele que tem a posse do dinheiro está habilitado de definir o ruma da sua vida, pois a quantificação monetária é a própria dimensão da economia.
         

quarta-feira, 21 de março de 2018

AS AMENIDADES DO FÓRUM DA ÁGUA

     Como discutir no fórum os 113 trilhões de litros de água exportados anualmente nos grãos da soja brasileira e os 300 mil litros de água na produção de apenas uma tonelada de aço semi acabado ? Como discutir o reflorestamento de 50%  de terras degradadas com " espécies exóticas ", isto é, com  lavouras de produção comercial de eucalipto? Como discutir sobre a previsão de consumo de alimentos em 50% da produção mundial, que a Ásia precisará nas próximas duas décadas ?
     A indústria mundial está sob a pressão de uma demanda que não consegue atender, a atividade industrial começou a ser impulsionada a partir de 2015. Estados Unidos, Alemanha e França não conseguem atender as encomendas e o impulso da indústria de transformação, jogam para cima de forma acelerada os índices de atividade desse setor.
     Essa é a realidade da economia moderna, exige-se maior produção para atender uma necessidade que não diminuí, e por causa disso não diminui também a necessidade de consumo de água. São questões que trazem em seu bojo um ele mento desconhecido, também chamado de "mão oculta" : a inflação gerada pelo aumento do custo de consumo da água no sistema produtivo mundial, terá um efeito multiplicador em toda a sociedade.
     Pior que ser pessimista em relação ao futuro é não gostar daquilo que vê.









terça-feira, 20 de março de 2018

O PROBLEMA DA ÁGUA VISTO POR UMA AVESTRUZ

     A agricultura e a água são virtualmente a base da vida. Sendo assim, a comunidade política internacional se vê obrigada a manter regras severas na proteção dos países produtores de alimento. O setor agrícola se tornou o êmulo que move o mundo, justamente por ser vital junto com a água. Poderia até afirmar, e não me preocupo em errar de que a água move toda a economia em nossa volta sem a menor atenção para as reais necessidades de sobrevivência.
     A previsão de 9 bilhões de pessoas precisando se alimentar pelo menos uma vez por dia nas próximas duas décadas, estabelece um contingenciamento dos programas dos órgãos internacionais sobre os investimentos nos projetos dirigidos às aberturas de novas fronteiras agrícolas nos países em desenvolvimento. Nesses países esse setor sobre sai e por isso se tornam mais frágeis aos interesses políticos na exploração ilegal das terras próprias, de solo fértil para o primeiro arado.
     A dependência mundial pelo alimento é um combustível estimulante contra a obediência aos códigos florestais. Basta saber que no Brasil discute-se sobre a margem ciliar dos rios em 30 metros nas áreas agrícolas cujas propriedades ultrapassam com facilidade centenas de milhares de hectares. A ambição agrícola e pecuária ameaça reservas indígenas brasileiras ainda isoladas, o avanço da grilhagem sob as vistas do poder público não representa os anseios de ninguém.
     A meu pequeno ver, se não quisermos fazer como a avestruz, só existe um jeito : consumir menos e poupar. Adaptarmos ao retrocesso que a vida moderna nos obrigou. Retroceder para poder avançar !     

domingo, 18 de março de 2018

O MUNDO MUDOU ?

     Mudou.
     Nós o mudamos.
     A prole mundial nos últimos 50 anos aumentou 4 bilhões de pessoas, mesmo com a taxa média de fertilidade tendo recuada a 2 filhos para cada mulher fértil no mesmo período. Se a curva populacional iniciar o sentido decrescente, estaremos entrando no ponto de inflexão da população existente com o sistema econômico utilizado.
     A variação da imagem da pirâmide demográfica é o indicador para a adaptação do sistema econômico. Se a taxa de fertilidade reduz e o PIB também a população ativa e consumidora perde força, e a partir disso deve haver novas orientações dos modelos de produção, principalmente.
     A Ásia em 50 anos aumentou sua população em mais de 2,5 bilhões de pessoas sem que o poder político tenha se preocupado com as necessidades proporcionais importantes para um desenvolvimento equilibrado. O crescimento desordenado entre o capital oferecido pelo exterior e a pressão social decadente tem servido, alias no mundo inteiro, para sustentar o crescimento da desigual distribuição da riqueza.
     Diz a fábula que a prensa espreme o fruto da oliveira, até as suas rústicas sementes e esquece da continuidade que a semeadura oferece para a vida.


segunda-feira, 12 de março de 2018

A DIFERENÇA ENTRE OS DESIGUAIS

     Já dura mais de 70 anos a exploração de alumínio no norte do Brasil, a produção é destinada em 90% para os Estados Unidos. Os investimentos que vieram de fora favoreceram objetivamente a remessa de lucros e a parceria das exportações. É um tempo muito longo de exploração e de agressão ao meio ambiente, sem que isso se justifique com indicadores de desenvolvimento social para aquela região, muito pelo contrário, os desastres na extração de bauxita nunca serão recuperados em termos de regeneração ambiental, e, esse ônus fica no país para sempre.
     Em todo o comércio de minério, os objetivos das exportações não ajudam  o desenvolvimento planejado, além de enfrentar conflitos protecionistas e as turbulências de mercado, normalmente, os importadores são parceiros de economias avançadas, e portanto ditam as regras. É uma lei natural.
   

domingo, 11 de março de 2018

A PREOCUPAÇÃO DA TERRA EM LEVÍTICO 25,1-7

     As leis do sétimo ano ou sabático não representa mais nada além de uma citação bíblica. Apenas uma pequena lavoura de soja brasileira cobre uma área de 700 milhões de metros quadrados, esse espaço é um desperdício por onde escoa o dinheiro público, agride o meio ambiente e despreza o capital humano.
     Esse sistema de produção agrícola tem como única missão o lucro, o desenvolvimento social dessa unidade produtiva não contribui como fator de crescimento regional sustentável capaz de colaborar com a melhor renda e massa salarial das famílias em níveis distributivos. Para o setor agrícola, uma área de 70 mil hectares de agricultura desenvolvida abastecida com a mão de obra de mil trabalhadores diretos, contribui a meu ver muito pouco socialmente, tal é a repercussão financeira no desdobramento dessa atividade econômica.
     Devemos levar em conta também, uma desvantagem econômica para o país quando a soja é exportada em grão, renunciando ao efeito multiplicador do processo de moagem, fase que mais agrega valor ao produto. É a mesma situação na exportação da tonelada de aço semi acabado a 60 dólares ! Uma tonelada de aço para os Estados Unidos ( o país mais rico e desenvolvido ) se for taxada a 25%, sairá pelo preço de uma gravata. E o feito multiplicador do beneficiamento dessa tonelada, ficará com quem ?
     Por acaso, qual é a justiça de que se estão falando ? ( Jeremias 22.13 )









sábado, 10 de março de 2018

A BUSCA PELO ENTENDIMENTO DO PORQUÊ

     A Grécia antiga é a fonte do pensamento e do desenvolvimento. Antes de chegar a Europa passou pela Ásia Menor e pela bacia mediterrânea, seríamos pretensos autores da cultura e do lugar onde nasceram as ideias revolucionárias e das vontades de evoluir. Não somos, mas porém, diante de algumas exceções devemos nos recolher.
     O Princípio da continuidade de Alfred Marshall no final do séculos XIX é uma explicação da história da civilização quando ela constrói a organização do modo de viver das pessoas enquanto procuram os recursos necessários para sua sobrevivência. Se essa narrativa pode ser entendida como teoria da evolução da economia, pode também explicar que além da forma biológica evolutiva o homem em seus instintos nada evoluiu.
     O trato dado à economia sempre foi egoísta e hipócrita, se acharmos que os acordos e tratados comerciais serviram para melhorar a desigualdade, convém lembrar que os acontecimentos de todas as conjunturas contemporâneas foram marcados pelos rompimentos unilaterais, e quantos não serviram para justificar as guerras ? A teoria de Marshall é a construção e base do percurso da nossa vida, foram os nossos atos e hábitos os responsáveis pelas novas ideias, todos os conceitos e doutrinas modernas que se alternaram. 
     A teoria das teorias pode estar em permanente mutação ainda dentro dos princípios  que habitam e ali permanecerão mutantes dentro de nós, esperando assim encontrar as medidas exatas para a extinção da miséria e da desigualdade.