terça-feira, 20 de março de 2018

O PROBLEMA DA ÁGUA VISTO POR UMA AVESTRUZ

     A agricultura e a água são virtualmente a base da vida. Sendo assim, a comunidade política internacional se vê obrigada a manter regras severas na proteção dos países produtores de alimento. O setor agrícola se tornou o êmulo que move o mundo, justamente por ser vital junto com a água. Poderia até afirmar, e não me preocupo em errar de que a água move toda a economia em nossa volta sem a menor atenção para as reais necessidades de sobrevivência.
     A previsão de 9 bilhões de pessoas precisando se alimentar pelo menos uma vez por dia nas próximas duas décadas, estabelece um contingenciamento dos programas dos órgãos internacionais sobre os investimentos nos projetos dirigidos às aberturas de novas fronteiras agrícolas nos países em desenvolvimento. Nesses países esse setor sobre sai e por isso se tornam mais frágeis aos interesses políticos na exploração ilegal das terras próprias, de solo fértil para o primeiro arado.
     A dependência mundial pelo alimento é um combustível estimulante contra a obediência aos códigos florestais. Basta saber que no Brasil discute-se sobre a margem ciliar dos rios em 30 metros nas áreas agrícolas cujas propriedades ultrapassam com facilidade centenas de milhares de hectares. A ambição agrícola e pecuária ameaça reservas indígenas brasileiras ainda isoladas, o avanço da grilhagem sob as vistas do poder público não representa os anseios de ninguém.
     A meu pequeno ver, se não quisermos fazer como a avestruz, só existe um jeito : consumir menos e poupar. Adaptarmos ao retrocesso que a vida moderna nos obrigou. Retroceder para poder avançar !     

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