sexta-feira, 30 de março de 2018

O ÓRFÃO DE TODAS AS DOUTRINAS

     A doutrina socialista padrão vê a produção como um meio de se alcançar o lucro, e que isso só será possível com os esforços dos trabalhadores. Essas ideias socialistas foram fortemente formuladas a partir do século XIX, e sobressai entre elas a de que a economia analisa a formação da riqueza distintamente das classes de trabalhadores na sua formação.
     Santo Tomás de Aquino (século XIII) e mais tarde David Ricardo ( 1818 ), antes de Mark, já traziam em seus pensamentos a teoria até hoje consagrada que na formação da produção o lucro ficaria com o arrendatário, e o salário seria a compensação tão somente pelo esforço do trabalhador. Isto é, nesse entendimento não há renda no salário, e por isso quando a renda nacional aumenta com a associação do salário, nessa riqueza haverá uma participação salarial decrescente. É a mesma ideia básica para a nossa realidade do desemprego produzido pelo crescimento tecnológico na produção, provoca a alta da riqueza nacional com a menor participação salarial do trabalhador na contra-mão da maior concentração da renda.
     Cabe essa reflexão sobre a injustiça do valor do trabalho, por mais que se tenha tentado justiça com o surgimento das corporações sindicais. O trabalhador sempre foi visto pelos formuladores de doutrinas como o colaborador da produção sem condições de comprar o produto do seu esforço, por maior que tenha sido ou venha a ser a valia do seu trabalho.
     

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