Próximo ao fim do século passado a GM americana enfrentou uma vigorosa greve de seus trabalhadores, com um planejamento financeiro dos sindicatos que permitiria sustentar uma "queda de braço" por 6 meses. Posteriormente essa montadora suportou mais 3 greves e em todas elas as reivindicações eram inseridas as necessidades das garantias sociais e previdenciárias.
As reivindicações trabalhistas são os reflexos do nível da economia, quando a economia vai mal quem manda é o empregador e quando a economia vai bem quem manda é o trabalhador. Isso é uma máxima da teoria econômica. Qualquer greve atualmente abre espaço para os acordos com trocas de garantias de permanência do emprego por concessões de vantagens adquiridas em benefícios assistenciais, bonificações e reduções de salários.
O fantasma que ronda a economia mundial neste século, fragiliza todas as políticas de investimentos e contingencia a renda familiar, se esse eixo não adquirir força no curto prazo os sindicatos estarão sem condições de pensar em greve, qualquer que seja o motivo.
Blog de Notícias da Economia Brasileira. Notícias e Análises sobre a Economia Brasileira. Carga Tributária, Mercado Financeiro, Cotações, Dólar, Investimentos. O futuro da Economia Brasileira e análise comparativa com o exterior.
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
domingo, 29 de setembro de 2019
A FORMA DE PENSAR MUDA ?
" Os homens não deixarão de fazer exatamente o que fazem, ainda que te arrebentes pregando o contrário."
É um pensamento atribuído a Marco Aurélio, nascido no ano 121 da era cristã. E a história só nos tem dito que mudamos os meios, mas não mudamos os hábitos e os costumes. Mudamos até os conceitos ou toleramos novas ou velhas doutrinas, mas continuamos acreditando que somente em nós está guardada a verdade do mundo.
A globalização quando começou a transferir as riquezas, imediatamente teve início o questionamento dessa política antagônica aos milenares sistemas oligárquicos.
Se alguém achar que as novas ideias de solidariedade e sustentabilidade da riqueza serão capazes de mudar o pensamento egocentrista, é achar também que Marco Aurélio não sabia o que dizia.
É um pensamento atribuído a Marco Aurélio, nascido no ano 121 da era cristã. E a história só nos tem dito que mudamos os meios, mas não mudamos os hábitos e os costumes. Mudamos até os conceitos ou toleramos novas ou velhas doutrinas, mas continuamos acreditando que somente em nós está guardada a verdade do mundo.
A globalização quando começou a transferir as riquezas, imediatamente teve início o questionamento dessa política antagônica aos milenares sistemas oligárquicos.
Se alguém achar que as novas ideias de solidariedade e sustentabilidade da riqueza serão capazes de mudar o pensamento egocentrista, é achar também que Marco Aurélio não sabia o que dizia.
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
AS REFORMAS DO CAPITALISMO CONDENADO
Quando Karl Marx no início do século XIX apresentou as bases que pretensamente sepultaria a doutrina capitalista, muito antes dele; Platão, São Tomás de Aquino e Sir Thomas More, já haviam manifestado os princípios socialistas. Todos eles aboliam a propriedade privada e a acumulação da riqueza e da sua transferência por herança.
O socialismo científico de Marx, muito embora tenha influenciado o pensamento econômico, somente na Europa conseguiu sobreviver, muito mais pelo que pretendia dizer do que havia escrito. Certas predições sobre o futuro do capitalismo seriam esquecidas com a evolução do processo econômico em função da demanda da tecnologia embutida nesse processo.
Ainda assim, não se pode negar a contribuição filosófica do pensamento de Marx para a teoria econômica. Entretanto, foi esse o caminho que o capitalismo percorreu, revolucionando pragmaticamente mais que a proposta da intelectualidade social. Gradativamente o capitalismo abria a doutrinação através das reformas na educação, tributação, trabalho, sindicatos, política e agraria.
Seguindo a linha do pensamento lógico do socialismo de Marx, o que ele deixou foi o legado da dinâmica introduzida na doutrina mais liberal do capitalismo, em busca do desenvolvimento social.
O socialismo científico de Marx, muito embora tenha influenciado o pensamento econômico, somente na Europa conseguiu sobreviver, muito mais pelo que pretendia dizer do que havia escrito. Certas predições sobre o futuro do capitalismo seriam esquecidas com a evolução do processo econômico em função da demanda da tecnologia embutida nesse processo.
Ainda assim, não se pode negar a contribuição filosófica do pensamento de Marx para a teoria econômica. Entretanto, foi esse o caminho que o capitalismo percorreu, revolucionando pragmaticamente mais que a proposta da intelectualidade social. Gradativamente o capitalismo abria a doutrinação através das reformas na educação, tributação, trabalho, sindicatos, política e agraria.
Seguindo a linha do pensamento lógico do socialismo de Marx, o que ele deixou foi o legado da dinâmica introduzida na doutrina mais liberal do capitalismo, em busca do desenvolvimento social.
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
HÁ UM NOVO GIGANTE NO MUNDO
Costumava-se dizer: " quem tem o dinheiro tem o poder". Não é mais verdade, "quem tem todos os recursos naturais tem o poder!"
É por isso que no momento o Brasil recebe a capitalização política do ônus ambiental , por ser o grande exportador de commodities. Em 2017, convém exemplificar, 80% das exportações brasileiras foram direcionadas para a China; essa parceria tem favorecido sobremaneira ao país asiático que tem utilizado a sua elevada taxa de poupança em relação ao PIB nos investimentos de ativos brasileiros, como o embarque de grãos no rio Madeira em plena amazônia.
A Amazônia por estar localizada numa região que faz fronteira com o hemisfério norte precisa ser utilizada estrategicamente como principal rota de acesso mais rápida com o mundo desenvolvido. Isso não significa, apesar da preocupação comercial do mundo, que o Brasil, diferentemente do que ocorreu com o meio ambiente do planeta, faça a mesma depredação.
A soberania brasileira é intocável ! ela é exatamente igual a todas as outras, em todos os países existem explorações de minas abertas ao céu aberto de ouro, carvão, bauxita, cobre e ferro. A madeira e o petróleo são consumidos de forma legal e a exploração da agropecuária se mantém nos moldes tradicionais do uso de defensivos que contaminam os lençóis freáticos. São esses mercados que fazem competição internacional com os produtos brasileiros.
O que está ocorrendo é uma "cortina de palco" com a Amazônia brasileira, como ferramenta da neutralização da capacidade de liderança das commodities brasileiras.
É por isso que no momento o Brasil recebe a capitalização política do ônus ambiental , por ser o grande exportador de commodities. Em 2017, convém exemplificar, 80% das exportações brasileiras foram direcionadas para a China; essa parceria tem favorecido sobremaneira ao país asiático que tem utilizado a sua elevada taxa de poupança em relação ao PIB nos investimentos de ativos brasileiros, como o embarque de grãos no rio Madeira em plena amazônia.
A Amazônia por estar localizada numa região que faz fronteira com o hemisfério norte precisa ser utilizada estrategicamente como principal rota de acesso mais rápida com o mundo desenvolvido. Isso não significa, apesar da preocupação comercial do mundo, que o Brasil, diferentemente do que ocorreu com o meio ambiente do planeta, faça a mesma depredação.
A soberania brasileira é intocável ! ela é exatamente igual a todas as outras, em todos os países existem explorações de minas abertas ao céu aberto de ouro, carvão, bauxita, cobre e ferro. A madeira e o petróleo são consumidos de forma legal e a exploração da agropecuária se mantém nos moldes tradicionais do uso de defensivos que contaminam os lençóis freáticos. São esses mercados que fazem competição internacional com os produtos brasileiros.
O que está ocorrendo é uma "cortina de palco" com a Amazônia brasileira, como ferramenta da neutralização da capacidade de liderança das commodities brasileiras.
domingo, 22 de setembro de 2019
O CONSUMO COMPULSIVO DO MUNDO
Esse é o problema a ser resolvido para combater os desastres climáticos!!!!!
A necessidade de consumo dos elementos essenciais da natureza colocará por terra qualquer política de sustentabilidade, isso porque existe um jogo entre a proteção do meio ambiente e a forma moderna de viver.
Se avaliarmos alguns dados oficiais macroeconômicos, a conclusão óbvia será que, afinal de contas, a evolução de todo o sistema mundial produtivo só foi possível, devido ao crescimento de uma cultura promovida de consumo. Os 15 maiores produtores de petróleo são os 15 maiores consumidores. Quase 80% das necessidades enérgicas do europeu são atendidas com recurso do petróleo, gás e carvão; um único europeu consome 27 megawatt/hora; o consumo de água mundial variou de 580 km3 em 1900 para 3800 km3 em 2018 de água doce, sendo que 70% é destinada para a irrigação, segundo a FAO.
Por outro lado, a produção de grãos brasileira em 50 anos passou de 38 para 236 milhões de toneladas, em 2016 estima-se que foram enviados para o exterior, algo em torno de 112 trilhões de litros de água do solo brasileiro dentro dos grãos de soja exportados. O que significa um débito real da capacidade hídrica desse recurso vital em troca de uma falácia de desenvolvimento sustentável, prevalente para o discurso que domina o poder econômico esperando que em 2050 tudo esteja como hoje.
A necessidade de consumo dos elementos essenciais da natureza colocará por terra qualquer política de sustentabilidade, isso porque existe um jogo entre a proteção do meio ambiente e a forma moderna de viver.
Se avaliarmos alguns dados oficiais macroeconômicos, a conclusão óbvia será que, afinal de contas, a evolução de todo o sistema mundial produtivo só foi possível, devido ao crescimento de uma cultura promovida de consumo. Os 15 maiores produtores de petróleo são os 15 maiores consumidores. Quase 80% das necessidades enérgicas do europeu são atendidas com recurso do petróleo, gás e carvão; um único europeu consome 27 megawatt/hora; o consumo de água mundial variou de 580 km3 em 1900 para 3800 km3 em 2018 de água doce, sendo que 70% é destinada para a irrigação, segundo a FAO.
Por outro lado, a produção de grãos brasileira em 50 anos passou de 38 para 236 milhões de toneladas, em 2016 estima-se que foram enviados para o exterior, algo em torno de 112 trilhões de litros de água do solo brasileiro dentro dos grãos de soja exportados. O que significa um débito real da capacidade hídrica desse recurso vital em troca de uma falácia de desenvolvimento sustentável, prevalente para o discurso que domina o poder econômico esperando que em 2050 tudo esteja como hoje.
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
PROTESTAR, É TRANSFERIR RESPONSABILIDADE
Se a grande massa de jovens mundial está protestando contra o sistema produtivo que sustenta ela própria, qual deveria ser então a sua contribuição no sentido de contermos o desastre climático que já começou ?
Ela precisa saber que há muito tempo a FAO vem alertando sobre o consumo desenfreado de todos os recursos naturais. Se desconhece isso nesse mundo conectado, errou por omissão. Essa Organização em 2015 relatou que a produção agrícola mundial havia triplicado em 50 anos e que apenas 25% se destinava ao consumo humano, e que quase 1 bilhão de pessoas estavam subnutridas.
Não há como negar o êxodo dos jovens, fugindo do campo para as grandes metrópoles, apenas no Brasil nos últimos 50 anos a população urbana cresceu perto de 6 vezes. E devemos concordar que isso não é um fenômeno exclusivo brasileiro.
A água está acabando, e no entanto, o consumo de proteína animal e a produção industrial mantém seus focos na manutenção dos rendimentos e na exploração das faixas etárias mais jovens.
A minha angústia é muito velha, minhas reflexões me conduziram para o único caminho cujo desafio é a coragem de retrocedermos.
Qualquer outra opção, mesmo que estabelecendo metas e prazos, será remediar enquanto o fim não chega.
Ela precisa saber que há muito tempo a FAO vem alertando sobre o consumo desenfreado de todos os recursos naturais. Se desconhece isso nesse mundo conectado, errou por omissão. Essa Organização em 2015 relatou que a produção agrícola mundial havia triplicado em 50 anos e que apenas 25% se destinava ao consumo humano, e que quase 1 bilhão de pessoas estavam subnutridas.
Não há como negar o êxodo dos jovens, fugindo do campo para as grandes metrópoles, apenas no Brasil nos últimos 50 anos a população urbana cresceu perto de 6 vezes. E devemos concordar que isso não é um fenômeno exclusivo brasileiro.
A água está acabando, e no entanto, o consumo de proteína animal e a produção industrial mantém seus focos na manutenção dos rendimentos e na exploração das faixas etárias mais jovens.
A minha angústia é muito velha, minhas reflexões me conduziram para o único caminho cujo desafio é a coragem de retrocedermos.
Qualquer outra opção, mesmo que estabelecendo metas e prazos, será remediar enquanto o fim não chega.
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
A FOME ESTÁ AGENDADA PARA 2050
A FAO estima que a produção de alimentos até 2050 deverá ter um crescimento a partir de hoje na ordem de 60%, necessário para alimentar uma população mundial de 9 bilhões de pessoas.
Sobre essa projeção a quem caberá essa incumbência, senão o homem do campo !
Se retrocedermos até a década de 50 do século passado, a prole humana tem seus indicadores de crescimento reduzidos ao longo desse período, suas taxas de crescimento vegetativo foram derrubadas pela metade. Naquela época, a China mantinha quase um bilhão de pessoas concentrada no litoral e as mulheres do nordeste brasileiro chegavam a ter seis filhos. Como não haviam políticas de governo capazes, sobre o controle de natalidade, as alterações das pirâmides etárias só vieram a sofrer distorções, com os efeitos dos fatores de comunicação e principalmente do efeito da infraestrutura social.
A China e a Índia mantém 3 bilhões de pessoas na classe média, caminhando para mais de 80% de pessoas urbanas, fora do campo ! O elevado desempenho industrial contrapõe uma dependência de alimentos, mesmo que seja necessário
um programa de investimentos em áreas de outros países.
Essa abordagem sobre o fator humano na produção de alimentos não considera a questão climática, o que por si só chancelaria essa previsão.
Sobre essa projeção a quem caberá essa incumbência, senão o homem do campo !
Se retrocedermos até a década de 50 do século passado, a prole humana tem seus indicadores de crescimento reduzidos ao longo desse período, suas taxas de crescimento vegetativo foram derrubadas pela metade. Naquela época, a China mantinha quase um bilhão de pessoas concentrada no litoral e as mulheres do nordeste brasileiro chegavam a ter seis filhos. Como não haviam políticas de governo capazes, sobre o controle de natalidade, as alterações das pirâmides etárias só vieram a sofrer distorções, com os efeitos dos fatores de comunicação e principalmente do efeito da infraestrutura social.
A China e a Índia mantém 3 bilhões de pessoas na classe média, caminhando para mais de 80% de pessoas urbanas, fora do campo ! O elevado desempenho industrial contrapõe uma dependência de alimentos, mesmo que seja necessário
um programa de investimentos em áreas de outros países.
Essa abordagem sobre o fator humano na produção de alimentos não considera a questão climática, o que por si só chancelaria essa previsão.
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