domingo, 5 de março de 2017

O CAMINHO DO GRÃO DEVERIA SER RETO

     Quem mantem o controle das cotações no mercado de mercadorias em Chicago? Vivendo na região rural do Brasil sou capaz de apostar que o mercado é controlado pelos atravessadores, já assisti a carga de um caminhão de tomates ser derramado na estrada por falta de preço no mercado. o mesmo princípio vale para todos os tipos de mercado, incluindo o de ações de Nova York e da bolsa de moedas de Londres.
     Ultrapassado essa fase das ganâncias, para que o grão comece a ter vida fora da vagem precisará essencialmente de bancos, de aguá, energia, adubos, defensivos, implementos agrícolas, transporte, silos, fretes, portos, serviços aduaneiros, políticas de estoques reguladores e a sorte da natureza. Não pará por aí e a pior parte começa quando tendo ultrapassado os gargalos da produção o grão só chegará a nossa mesa se o mundo chegar acordar com responsabilidade todas as regras, o GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio) ficou esgotado e todas as questões de barreiras comerciais foram cair no colo da Organização Mundial do Comércio(OMC) que tenta executar um sistema mais abrangente e multilateral, entretanto o intercâmbio internacional comercial continua seguindo por um caminho de labirinto e não reto, a perda teoricamente é de quase 2 quilos per capita mundial, isto é, o que se perde com desperdícios, pragas dentro de silos, pragas dentro dos porões embarcados, esperas nos gargalos de embarques e as fronteiras protecionistas são alguns dos entraves que tornam os grãos insatisfatórios. Esperamos novamente, que ainda este ano a conferência de Buenos Aires consiga os resultados voltados para uma regulamentação solidária de produção, venda e preço, democraticamente multilateral, para que a justiça seja maior para o produtor e o consumidor, deixando o oportunismo dos atravessadores sobre controle.

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