sábado, 17 de junho de 2017

A DEMOCRACIA ESTÁ DOENTE E A POBREZA EM COMA

     A necessidade de se descobrir a natureza e as causas que mantém instalada a pobreza nos países subdesenvolvidos é menos importante do que a necessidade de uma medida pragmática internacional na formação de um fundo composto por recursos provenientes de taxas de tributação  do comércio do petróleo, das commodities e da indústria manufatureira, inclusive a armamentista. Se esse tributo na ponta gerar aumento de custo e possível alteração inflacionária, é como penso sobre a responsabilidade do resto do mundo rico em resolver o problema.
     A extrema pobreza de 800 milhões de pessoas indica uma catástrofe humana politicamente ignorada, porque não revela qual é a dimensão entre a extrema pobreza e a pobreza. Entendo também que entre a pobreza e a vida digna para uma família ainda haja um caminho intransponível a ser percorrido.
     O comércio internacional de uma forma geral transporta uma produção econômica a uma taxa de crescimento anual em torno de 2%, enquanto a extrema pobreza neste século teve apenas uma redução de 3 pontos percentuais. Vejo isso como uma forte indicação de que a economia mundial trabalha, como nunca trabalhou, para uma concentração de renda formadora de uma grande espaço dentro da sociedade no mundo.
     O vetor da função social do processo econômico é dirigido também para o ganho de capital, um exemplo, é a capacidade instalada da mão de obra no Brasil: mais de 90% dos trabalhadores são remunerados com algo em torno de 500 dólares mensais, como podemos afirmar e com base em quê, que um país com um dos fatores de produção com a menor remuneração no agregado  final, possa ser classificado como emergente. Se tomarmos esse exemplo para explicarmos o processo de desenvolvimento mundial, e para tanto atribuirmos que a economia da era tecnológica é uma vantagem dada pela teoria do arranco do Professor Rostow, estamos, em verdade, explicando um crescimento não equilibrado, ela só remunera os proprietários dos fatores.
     Enquanto a atividade econômica não transferir para a sociedade de forma justa a parcela capaz de representar voluntariamente o desenvolvimento social, não andaremos para a frente em busca da paza e do desenvolvimento humano.

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