domingo, 11 de junho de 2017

O PERIGO DA ESMOLA GRANDE

     Quem comanda os recursos comanda o processo econômico.
     Um exemplo marcante foi recentemente noticiado: milhares de toneladas de metros cúbicos da indústria madeireira são embarcadas nos portos americano com destino a indústria moveleira no Vietnam e volta para o mercado de móveis dos Estados Unidos. Nesse caso, o capital, a matéria prima e a mão de obra são os recursos usados. O que podemos observar é uma exploração oportunista da mão de obra barata vietnamita, se por outro lado esse processo gerou emprego e renda no leste asiático, também é fato que se tornou uma atividade econômica extremamente dependente das decisões externas do movimento de capitais.
     Atualmente no Brasil, o governo assinou duas Medidas Provisórias (MP) que autorizam a exploração de minérios em plena Amazônia em reservas protegidas. Maior que o absurdo do crime ambiental é pensar na capacidade do desprezo pela preservação do mundo em que vivemos pelos donos do capital em utilizarem uma aparente contribuição de prosperidade. Outro caso, muito antigo, aconteceu no Paquistão em 1935: um grande projeto de exploração das reservas de bambus ajudou a economia durante 5 anos. Ocorreu que os bambus floriram, e quando isso ocorre ele morre, porque é assim que funciona o ciclo de vida do bambu, isto é, ninguém estudou que o bambu tem um ciclo de floração de 80 anos.
     É assim que se vai tocando o aparente desenvolvimento mundial, alguns ganham de imediato e muitos ficam com as incertezas do futuro.





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