segunda-feira, 7 de maio de 2018

A INCERTEZA DE CADA DIA DO TRABALHADOR

     Se os governantes reconhecessem a necessidade de medidas de sustentação do emprego industrial, haveria um avanço no combate ao desemprego mundial. Estranho porém, são algumas opiniões como do World Economic Outlook (WEO) de que uma redução do emprego industrial não causa preocupação. Se é assim porque então até mesmo as economias avançadas estão em movimento com suas políticas acintosamente protecionistas.
     As explicações do FMI de que o setor de serviços e público podem capacitar o mercado de emprego atuando como receptadores do trabalhador que não consegue voltar ao trabalho industrial não convencem. A tendência do desemprego crônico teve início na década de 70 do século passado e o setor industrial foi o responsável com a introdução inevitável da tecnologia. Atualmente esse setor responde por menos de 10% da garantia de emprego na economia e estimá-se que nas economias em desenvolvimento esse percentual seja menor, e vale lembrar que na época citada o trabalhador da indústria ocupava nada menos que 1/4 da produção da economia.
     A expectativa de uma possível migração entre os setores produtivos da economia esbarrará por um longo período com a competição já especializada e com a necessária readaptação entre os diferentes níveis de qualificação. Até lá o trabalhador amargará a incerteza de todos os dias, se amanhã ainda estará empregado. 




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