quarta-feira, 30 de setembro de 2015

UM VILÃO CHAMADO 'OURO NEGRO'

     Para aqueles que se preocupam com as gerações futuras, o perigo está na forma de encarar e agir contra a exploração mundial do petróleo, é um vilão admirado pelo mundo consumidor, e o que é pior, sabemos que ele é um predador e que nós somos suas presas.
     É com o aliciamento do conforto e da solução imediata que o mundo está submisso ao império desse "ouro negro", basta citar que 8 trilhões de barris estão localizados no Oriente Médio, Rússia e no Mar Cáspio. Como existe o restante de estoques mundial e se o petróleo até hoje só foi explorado em  1/3 do planeta é com absoluta visão,  que a idade me permite, acreditar que no futuro todo esse potencial será jogado na atmosfera de todas as crianças que estão por nascer.
     Os povos são aliciados pelos governos, por isso compreende-se porque mais de 50% da produção do petróleo mundial é estatal. E por causa do Estado em 1970 a estrutura do setor de transporte no Brasil era completamente liderado pelo sistema rodoviário com 80% de participação, e esse aliciamento permitiu que após 45 anos ainda encontrássemos esse predador engarrafando nossas cidades e enfileirando o transporte de cargas nas estradas.
     No âmbito mundial para aonde vai o dinheiro do petróleo que é afinal de contas a razão "petra" desse mercado ? Para os Bancos europeus e americanos e Fundos  financeiros que financiam a escassez de capital para o desenvolvimento dos países pobres. Se esse desenvolvimento não ocorrer por razões políticas ou criminosas, restarão as dívidas e a sustentação necessária da condição de sub-desenvolvimento.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O PETRÓLEO É VILÃO OU MOCINHO DO MUNDO

     Desde o início da década de 70, com o advento da criação da OPEP em 1960, em sala de aula eu prognostificava de que os produtores de petróleo teriam que enfrentar no futuro a realidade de que os estoques seriam, como são, finitos, e o rumo alternativo de energia abalaria a dependência pelo consumo. Aconteceu que após 50 anos um novo elemento "acima da terra" surgiu para favorecer aquela produção de petróleo, a sofisticada tecnologia aplicada ao sistema de comunicação "on line" para que os participantes dos grandes conglomerados, as corporações e os cartéis pudessem em condições de "full time" gerir seus negócios, transferências e atuações manipuladoras das cotações dos mercados financeiros e de mercadorias.
     Como o petróleo ainda é a energia que move o mundo, durante algumas postagens abordarei os aspectos que dizem respeito a evolução desse mercado e a politica brasileira dirigida para a sustentação da oferta da procura interna com a relação com o  comércio internacional. É um conjunto complexo em que envolve governos, reservas estratégicas, prospecção, refino, produção, oferta, consumo, disputas de produtores, mercado financeiro internacional, informações de caráter mercadológico de cada país produtor e principalmente a política internacional de preços.
     

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O PERIGO DE UM PARASITA

     Vez por outra, somos levados a compreender e analisar questões atuais, esquecendo ou mitigando os problemas do interior das doutrinas da economia.  As conjunturas evoluem no tempo, e aos poucos tentamos relacioná-las ao pensamento contido nas ideologias.
     O princípio de liberdade como lema antigo, não avançou com a Revolução Francesa. No meio do século XIX os operários só dormiam em casa e voltavam ao trabalho para cumprir 15 ou 16 horas de jornada por conta do mínimo que os proprietários do negócio pagavam. Quando avaliamos as relações de trabalho a partir do século XX, verificamos que pouca coisa mudou, e por que ? Os padrões e as escalas dos agentes e recursos disponíveis no sistema mundial de negócios e de produção adquiriram proporções que afastam a possibilidade de melhorar o conforto para a vida do homem comum. A pressão da vida moderna anulou as conquistas da ciência, da tecnologia, da automação, da informação e da produtividade. É um absurdo que mesmo com toda a evolução, o trabalhador ainda ganhe o mínimo que o patrão paga.
     As previsões para o movimento do trabalho e do bem estar são intrigantes. A evolução da inteligência tira sutilmente a necessidade da mão de obra, sem, contudo, evitar a necessidade da comida no prato do homem.
     Esse conflito entre esses dois agentes econômicos surge com a interferência do Estado. O sistema liberal representou a liberdade dos agentes econômicos, porém a presença da planificação do governo e a mediação contra a formação de agrupamentos e cartéis aumentou o controle de preços e a presença da política na economia. A partir de 1938, antes do início da segunda guerra mundial, começou se formar uma nova corrente formulada pelo economista Jacques Rueff, o neoliberalismo, tentando resgatar o livre mercado com críticas ao intervencionismo do Estado.
     Na década de 40 o ilustre médico A. Silva Mello, escreveu em seu livro "O homem": "Por que  essa distribuição tão iníqua e imoral ? Não demonstra isso realmente que as leis foram criadas sobretudo para proteger os ricos, primeiramente garantir a sua posição dentro da sociedade ? "
     O mundo tem que resolver definitivamente o seu futuro, não pode mais o Estado interferir na economia, com o objetivo de se manter no poder, qualquer que seja o regime de governo, isso é um perigoso parasita que se instala no processo de desenvolvimento econômico e social. É um perigoso parasita que é formado pelo corporativismo das empresas e que tem como seu poderoso hospedeiro o sistema político do governo. Então a árvore da Nação está ameaçada.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

DESENVOLVIMENTO É A PRIORIDADE BRASILEIRA

     A verdade precisa ser dita, o governo se desdobra para se manter no poder. Tomando como referência, no sistema parlamentarista esse gabinete já teria caído, por causa das afirmações durante o pleito eleitoral e as decisões que provocaram a desestabilização econômica. As  políticas adotadas nos governos anteriores revelam que faltou a visão da teoria elementar da economia, as medidas atualmente    propostas para ajustar as contas públicas, são criticadas pelos setores produtivos com excessão do setor bancário.
     O povo sempre se apresentou como sendo o cravo e o governo o martelo. O consumidor é o agente que administra e suporta as variações dos preços do mercado, e o mercado sempre acatou essa gestão,o que significa o equilíbrio pelas leis de mercado. O governo na figura do martelo, aumenta impostos, aumenta juros, desrespeita a execução orçamentária, pratica uma desastrosa política de oferta de emprego público e constrói um incontrolável organograma destribuido por todas as unidades da federação.
     O governo se preocupa em manter reservas cambiais, mas elimina os agentes e fatores da economia, há uma ausência significativa do volume de renda e a perda da capacidade de formação de poupança voluntária. As medidas que geram desemprego, quebram a estabilidade familiar, quebram o consumo, a renda, a poupança, a arrecadação e os investimentos privados e públicos, e atrasa o principal projeto da nação; o desenvolvimento da nossa inteligência e soberania.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

A PORTA DA NECESSIDADE É ABERTA

     É um debate que se esvaece no tempo: no regime capitalista predomina o  pensamento de se garantir aos capitalistas exercerem predominância sobre o restante da sociedade pois eles tem a propriedade das forças produtivas. Esse pensamento é a base da crítica socialista de Mark, mas a história da economia de hoje conflita com os pensadores clássicos, atualmente a condução da economia brasileira, para não falar do resto do mundo, é uma mistura desses dois fundamentos. Essas ideologias não contavam com a evolução do processo essencial dentro da produção, isto é, o fortalecimento da correlação entre o capital e a mão de obra.
     O governo brasileiro sempre adotou um papel centralizador e ao mesmo tempo uma forte relação
de dependência com o setor privado. Algumas considerações justificam o texto acima, durante as décadas de 70 e 80, 60% do crédito no país era estatal e estatal também era a participação de 50% no patrimônio das empresas, ainda hoje há uma acentuada restrição à privatização que impede a maior atividade do setor privado, o relaxamento da obediência fiscal e a regulamentação da economia inibem consideravelmente a iniciativa privada. Curiosamente propõe medidas para estabilizar as fracas condições que a economia brasileira atravessa com ajuste fiscal e política monetária que só beneficiam o capital e seus donos. Só existem os programas sociais porque a sustentação é mantida pelos impostos gerados pelo setor privado e pelas classes de trabalho.
     A democracia, afinal, garante que o capital, o Estado e a iniciativa voluntária privada possam fazer os seus papéis, conquistarem seus objetivos e ao mesmo tempo consagrar o desenvolvimento e o bem estar social.


domingo, 13 de setembro de 2015

O ESGOTAMENTO IRREVERSÍVEL DO SISTEMA

     Depois de tantas incertezas, qual é a vocação brasileira ? O mundo se transforma de tal maneira que buscar exemplos externos para o nosso desenvolvimento pode não ser a melhor opção. O atual sistema e estratégia de desenvolvimento brasileiro apresenta um acentuado esgotamento.
     Tanto as idéias capitalistas como as socialistas devem permitir que outras idéias mediadoras sejam formuladas para impedir que os governos tomem o poder absoluto com egos e vaidades desastrosas.
     A orientação politica praticada no Brasil propiciou inicialmente um crescimento pela entrada e indução dos recursos públicos, essa visão de aceleramento sabemos, porém, que exigiu fortes demandas de impostos e se esses impostos são usados para atender indiscriminadamente os subsídios no sistema produtivo aumenta a intranquilidade sobre as possíveis alterações desses benefícios e a consequente oclusão nos custos de fatores.
     A meu ver, o erro ocorrido no processo de desenvolvimento brasileiro foi a idéia de que somente o Estado seria capaz de melhorar o bem-estar do povo, e o que é mais desagradável o próprio governo brasileiro até hoje não tem uma definição do seu verdadeiro papel, de como deve ser gerida suas contas e na super-regulamentação da economia implantada até hoje.Continuarei essa abordagem sobre esse erro estrutural do sistema adotado para o nosso desenvolvimento.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

FAZER POLÍTICA REQUER ISENÇÃO DE ESPÍRITO

     A política irreal de crédito ao consumidor para fomentar o consumo iludiu a capacidade empresarial provocando a oferta de emprego, esse crescimento começou a ser estancado com a abertura das tarifas públicas num período em que já havia uma forte incerteza política. Teve início então uma fase preocupante para o equilíbrio da economia, os rendimentos decrescentes passaram a ser contabilizados pelas empresas e pelas famílias, essas duas pontas da economia ativa iniciaram a retração mútua, se o sistema produtivo começou a liberar o excesso da mão de obra, o consumidor também começou a reter o impulso de comprar, isso é inevitável, é uma atitude de proteção da renda dos dois lados. O efeito substituição conduz a economia para patamares recessivos, porque na visão das famílias a política adotada nos últimos anos comprometeram a renda familiar por longo prazo eliminando a capacidade de poupança voluntária, o êmbolo da formação da riqueza nacional.
     Se forem colocadas em prática algumas medidas com respaldo da opinião pública,o processo de recuperação seria imediato e sem custo social, objetivando o poder aquisitivo da moeda, da produção e do emprego:
     1-Redução acentuada da taxa de juros
     2-Redução da participação pública na economia
     3-Redução progressiva da carga tributária
     4-Redução do prazo da linha de crédito ao consumidor
     5-Redução dos pagamentos por não moeda
     6-Redução dos dias parados por feriados
     7-Alavancagem do setor de manufaturados e da indústria de base
     8-Reforma fiscal com um projeto de lei oferecido pelos agentes econômicos e  governo
     Entendo que a pior maneira de combater a inflação é agindo com uma agressiva política monetária sem um cuidadoso diagnóstico da sua origem. A inflação nasce de uma convergência de fatores como a expectativa psicológica, a situação externa, aumento da demanda interna, redução da oferta de bens e serviços, problemas climáticos e condução das contas públicas.
     Por fim, a administração do poder aquisitivo da moeda exige permanente atenção desses fatores. A moeda só tem a função de troca no curto prazo, de outra maneira, em troca de títulos com o setor produtivo da economia. Quando a moeda não está dentro desse sistema de mão dupla entre a família e a empresa, corre perigosamente para o sistema especulativo ou para o financiamento do sistema público que históricamente no mundo nunca soube usar.