domingo, 28 de agosto de 2016

A LIBERDADE É SENTIMENTO OU PERMISSÃO

     Não sei avançar na teoria econômica, sem que de vez em quando, fique a me questionar porque mantenho uma linha de pensamento crítica,e, em alguns momentos, pessimista, sobre a maneira de se praticar o processo da economia mundial.
     Teria primeiramente de responder se é verdade, ou não, que a humanidade continua escrava da grande mão do poder dominante, é um nevoeiro ou uma mancha invasora incontrolável. Mera ilusão alguém se considerar independente e livre neste mundo. Aristóteles estava convencido que a virtude daquele que manda não é a mesma do simples cidadão. Em 375 antes da era cristã, o tirano Jasão, de Tessália, dizia que morreria de fome se cessasse de reinar, porque ele não saberia viver como simples cidadão particular. Nesse caso pode-se extrair duas democracias; aquela em que o povo é soberano e aquela que a soberania está nas mãos de um pequeno número de homens, a oligarquia.
     Depois do fim da inocência primitivista do sistema de trocas das necessidades humana, nascia o processo organizacional na produção de bens e serviços, esse processo atraiu como uma fantasia o homem do campo. Esse movimento natural histórico das famílias esvaziou o campo e obrigou a sociedade, então moderna, a se organizar urbanamente; a dependência se instala e o efeito demonstração, sem se aperceber, gravava a escravidão do mundo moderno, e assim, como um sopro, amontoa a ansiedade e a angústia, para sempre dentro de nós.
     É a sedução pelo "nada", de tal ordem, que nos imaginamos livres. Me recuso a pensar com as ideias de holocausto de Karl Mak, mas a substituição da mão de obra humana pela máquina é um conforto que retira de cena o maior protagonista da natureza. Entrega a régia das coisas a alguns "Senhores", eles traçam o caminho do nosso destino e da liberdade que é vista com antolhos por nós.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

A FRONTEIRA ENTRE O IDH E A ESCRAVIDÃO

     Sempre fui desconcordante quando a prosperidade e o desenvolvimento é realizada com a utilização de meios desumanos. As consequências são embaçadas pelas pesquisas referentes a medida verdadeira e real da qualidade de vida.
     Como correlacionar o tamanho do PIB com o resultado do IDH ? Por menor que seja a economia de um país, o valor do PIB, tem sempre uma redução de 10% relativo a depreciação, nesse percentual deveria fazer parte outros fatores, além dos contábeis, de complicada configuração, mas que estão afetando e mudando a vida. Esses fatores são produzidos pelos meios de produção da qual a própria sociedade mundial participa e alavanca pelo consumo. Se levarmos em conta também, que o movimento de negócios das 15 maiores bolsas de valores do mundo alcança 50 trilhões de dólares anuais, o quanto desse valor não entra no PIB mundial? O que pretendo dizer, é o prejuízo que a especulação dos mercados financeiros causam, pelo desvio criminoso de recursos, destinados ao desenvolvimento social no mundo.
     Na depreciação do PIB brasileiro, não consta, como exemplo, o prejuízo causado pelo uso de agrotóxicos derramado no solo, e os 120 trilhões de litros de água exportada no grão de soja anualmente pelo Brasil. Também, a política de reflorestamento com eucalipto, que favorece o mercado de crédito de carbono (CO2), faz parte do PIB, mas não se reduz a retirada das campinas naturais para implantação dessa mono cultura, que tem elevado grau de ressecamento do solo.
     O mesmo raciocínio cabe a exploração do petróleo, considerado uma riqueza do país.
     Portanto, dentro do meu senso, está muito longe o valor do IDH, fornecido pela ONU, quando a análise e a interpretação de como é produzida a economia, não agrega a realidade de que  variáveis ocultas deixam de serem contabilizadas.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

UMA INTERPRETAÇÃO NÃO CONVENCIONAL SOBRE O IDH

     Terminado a avaliação médica, retorno para a velha caneta e ao velho tema do desenvolvimento. Desta vez deverei abordar algumas ideias que objetivam um contraditório na visão da ONU, sobre a apuração do Índice de desenvolvimento humano.
     Qualquer que seja o modelo, a educação, o emprego, a formação de renda e as diretrizes que norteiam as políticas públicas, são os principais fundamentos na qualidade da vida humana. Como a educação é a consequência final do PIB, um diagnóstico da estrutura desse indicador econômico, poderá revelar alguns aspectos correlacionados com a apuração do IDH, para uma possível discussão.
     As ideias são trazidas para alimentar e fortalecer o princípio milenar de que o capital decide. Se olharmos os principais poupadores e de melhores resultados sociais, encontraremos os países ricos, é milenar e não existe possibilidade que a humanidade seja capaz de alterar a pirâmide estratificada da distribuição de renda no mundo. Como exemplo, o Brasil registra um  IDH de 0,73, para um intervalo que varia entre 0 e 1, é ao meu ver, elevado, sobretudo que em cada 10 pessoas, apenas 2 fazem poupança, e são raros aqueles com  depósitos acima de 10% do salário, que em média, 85% desses salários ganham até 600 dólares. A poupança realizada pelas famílias em 2010 representaram 4,71% do PIB, são informações do FMI e IBGE ,Instituto oficial de pesquisa brasileiro. Essas informações são suficientes para trazer a questão de que o modelo econômico tem características diferentes entre o rico e o pobre, o detalhe que ainda abordarei é de que um depende do outro, sem vice-versa.

sábado, 30 de julho de 2016

A FONTE DA MINHA DOUTRINA

     Pelo meu caminho, encontrei os livros e as pessoas que fizeram parte do roteiro da minha história.
     Guardei-os.
     Alguns ainda estão na estante empoeirados, outros vivem intensamente em minha memória e em meu coração.
     A primeira parte, me foi dada pelo berço e colo de uma mulher valente, sem obstáculos que temesse, mãe para cuidar e entregar para o mundo. Pai, auto-didata, carpinteiro, porte soberano, o semblante profundo era a imagem da nobreza humana. Ambos formaram a raiz pião do meu cerne.
     A segunda parte, fui levado por essa herança ao encontro dos professores exemplos de dedicação, os conselheiros olheiros das incertezas, chefes calejados do trabalho e os mestres e as doutrinas. Foram eles que orientaram o significado de amar a terra e a pátria. Responsáveis pelo respeito do uso dos recursos e do equilíbrio e bom senso das reais necessidades humanas. Formaram em mim, mais do que sou capaz, ou melhor, sonhar o tempo todo que a utopia dos homens é possível.
     Por esse caminho de 79 anos de extensão, caminhei firme, apoiado por um cajado que durante 58 anos preencheu as minhas faltas, minhas limitações e fraquezas. Luz que ilumina a minha mente e a compreensão de todas as coisas, energia que me mantém desejando o melhor para a humanidade.
     Amor da minha vida, a minha esposa querida.

domingo, 24 de julho de 2016

A DIALÉTICA E A PSEUDESTESIA DO DESENVOLVIMENTO

     Muito se fala e pouco se faz. Essa é forma que a política e a economia mundial funciona. O evento político que afastou o Reino Unido da União Europeia não foi suficiente para afastar as empresas britânicas do capital do mundo rico, a procura por fusões acelerou o movimento de capitais.
     Do outro lado do Atlântico, o Brasil tenta aplicar a velha teoria de Keynes, como medida anticíclica, aumentando a participação do governo na demanda agregada, sem aumento de impostos, com o objetivo de equilibrar o deficit orçamentário público e trazer de volta os investimentos privados.
     O que esses dois casos tem em comum ? São os interesses.
     Enquanto o Brexit serviu para favorecer as incursões de altos investimentos, na ordem de mais de 300 bilhões de dólares, de origem da própria Europa, Estados Unidos, Emirados Árabes e dos petro -dólares. Ora! Está claro, os interesses se aproximam nas praças seguras, nos sistemas convergentes e políticos ideologicamente, acima de tudo, a segurança para o capital envolvido.
     O Brasil se mantém aberto ao capital de investimentos diretos e indiretos do exterior, e mesmo assim, o crescimento brasileiro é dependente de uma reforma de gestão, capaz de mudar a instabilidade política, ter obediência pelas normas, protocolos e regras de acordos e repactuação de negócios, são esses os elementos fundamentais para que haja uma aproximação de interesses, fora isso, as potencialidades econômicas e financeiras se apresentam em segundo plano.
     O conflito de interesses é o que separa o desenvolvimento do subdesenvolvimento.

sábado, 23 de julho de 2016

O IDEALISMO ACIMA DAS DOUTRINAS

      A história tem a explicação para todos os debates contemporâneos. Em 1914 Henry Ford deixava para a humanidade a esperança da prosperidade, o trabalhador empregado de Ford tinha o trabalho valorizado, porque era beneficiado na venda do seu trabalho, era adotado a jornada de 8 horas por 5 dólares a hora, abria-se com isso um novo rumo na estrutura econômica e social. Ford era pragmático e de visão socialista, diferentemente de Mark e Lenine, fazia a teoria aplicada, defendia a participação dos operários nos lucros. Ele mesmo dizia que seriam enormes os benefícios para o seu negócio, conforme transferisse parte dos seus lucros para os usuários e os operários dos seus carros. Essa extraordinária mentalidade como empresário, contraria e derrota a doutrina marxista, que prediz quando o proletariado se tornar poderoso, subverterá o sistema de produção.
     As idéias e o desenvolvimento não correm no tempo lado a lado, algumas vezes são divergentes e correm em sentido contrário. Ford imaginava que a nova ordem econômica para o sistema econômico, daria a humanidade uma prosperidade sem limites e o empregado não seria mais propriedade de ninguém. Aquele investidor, iniciou seu império com uma simples oficina no fundo do quintal, jamais pensaria na presença no mundo da indústria robótica e os grandes conglomerados, controladores de estoques e cotações de matérias primas e petróleo.
     O esplendor do nascimento da força dos sindicatos daquele tempo, hoje não existe mais, estão ameaçados de perderem a representatividade política, por causa da inevitável extinção gradativa das profissões e seus efeitos desastrosos sobre a previdência.
     Os problemas inimagináveis do início do século XX, é de que os trabalhadores poderiam perder a liberdade de escolher uma profissão e a propriedade e o valor do seu trabalho, porque o empresário do mundo de hoje prospera com uma indústria que produz robôs e robôs professores de robôs.Então, estejamos preparados para um forte representante sindical. O sindicato dos robôs.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

A VELHA LUTA PELA FORÇA DE TRABALHO HUMANO

     Economistas e mestres estudiosos das antigas doutrinas, e os analistas modernos que acompanham a evolução dos novos sistemas de produção, travam uma contenda de opiniões, sobre principalmente, o futuro do emprego.
     Sempre defendi a ideia de que o sistema econômico ideal é aquele capaz de abranger fundamentos de todas as doutrinas, voltados para a proteção do emprego. O HOMEM é por natureza uma máquina completa, que precisa trabalhar por toda a sua vida útil, se parar, morre e acaba. No entanto, contrariando essa ideia, o capitalista pensa apenas em rendimentos constantes, isto é, a sua preocupação é financeiramente insensível. O exemplo da maior economia mundial, berço do capitalismo,vem desde o início da década de 50, quando a intenção dominante era da diminuição da cooperação de humanos e reduzir o seu valor econômico, com a revolução da era robótica.
     Quando se critica Karl Mark nas teorias sobre o valor do empregado e dos agentes econômicos valorizados atualmente, em verdade, o que estamos dizendo é que os preceitos do mestre são uma maldição profética. Diante disso, como avaliar então, que a China consome 25% da produção mundial de robôs, em um país de 1,2 bilhões de habitantes, e mais, ainda sobre os Estados Unidos, é muito preocupante para o futuro do emprego, o fato de que a desigualdade da renda entre as classes produtivas se mantem a mesma desde 1930...1930 ! , país de admirável democracia, todavia, sem conseguir melhorar a sua distribuição de renda.O biólogo  inglês Julian Huxley, primeiro diretor-geral da UNESCO, por volta de 1960, alertava para as condições de sobrevivência humana, estimava que os 2,5 bilhões de habitantes, de 1950, em menos de 50 anos duplicaria, estava enganado. Triplicamos.
     Entendo assim, o sistema capitalista é fundamental para a construção das bases sociais da família, por isso a sociedade luta por melhores rendimentos da sua força de trabalho, e não pode ser visto como simples fator de produção, substituível e extinguível, em nome da produtividade econômica