domingo, 31 de dezembro de 2017

O POBRE AMANHÃ AINDA SERÁ POBRE

     A virada do ano gregoriano não virará as diferenças. Que alegria hipócrita possa se apossar de mim neste momento de um mundo tão...tão desigual ! Perdoem-me, estou velho demais para me congratular com a presença da pobreza de irmãos meus espalhados pelo mundo. Defendo a solidariedade na hora da divisão da riqueza e da justiça. Sendo assim, não me chamem para brindar uma esperança que em nós somente.
     Sou economista por acaso, mas acho que já nasci assim
     Enquanto eu olhar ao meu lado o pobre dividindo e economizando o produto da sua miséria, estarei amargurando a minha incapacidade, e pedindo a todos os credos que rezem para que isso acabe um dia.
     Qual o sentido de se comemorar ! 

sábado, 30 de dezembro de 2017

A EDUCAÇÃO É A GRANDE ARMA

       A história de um país só pode ser contada pela educação do seu povo. Na sua origem, a verdade começa a ser revelada e sem medo do futuro, isso porque, os alicerces de uma educação bem formada significam a base indestrutível de uma nação e de seu povo. Por acaso o contrário, não é o desprezo pelo banco escolar a causa de toda a miséria e violência da civilização contemporânea  ? Não começa na escala de preferência na distribuição de verbas orçamentárias de todos os governos do mundo inteiro ? A participação relativa do ensino nos orçamentos nunca será maior do que a preocupação com a sustentação do poder instalado.
      No Brasil, o efeito principal do abandono às políticas rigorosas do orçamento para a educação, é o acentuado processo de empobrecimento social e cultural nas faixas etárias pré-econômicas. O medo do futuro brasileiro, surge quando são revelados os dados oficiais da formação escolar. Entre 1970 e 2010, a taxa de crescimento da alfabetização dos jovens brasileiros, teve variação decrescente em todas as 4 décadas, com uma variação mais preocupante na faixa etária, cujo estágio significa a transição para o mercado de trabalho, entre 15 e 19 anos de idade !
     A democratização do ensino, seria a universalização  ampla para todo o cidadão. Parece que ela não é bem vista, quando da distribuição e destinação dos recursos financeiros governamental. Enquanto isso ocorre contra os anseios da juventude, vão se perdendo as gerações, vão se perdendo as oportunidades do crescimento intelectual, vão se perdendo os pilares da soberania, e finalmente, vão se perdendo no passado os sonhos e a esperança da justiça. 

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

O ANO GREGORIANO SEM DÍVIDAS

     Desde 1582, os anos gregorianos passam obedecendo um calendário estabelecido pelo Papa Gregório III, sem que possamos resolver a questão do conceito de renda. Afinal, qual a diferença entre a renda, o dinheiro e a necessidade de consumo ? A renda tem a representatividade contábil da nossa capacidade de gastar, enquanto o dinheiro é a forma física e real disponível para todos os gastos, já a necessidade de consumir é que irá determinar de forma discriminatória a previsibilidade da utilização da renda. Dizer que o limite de despesas realizadas representa o tamanho da renda é formar apenas um ponto de equilíbrio acadêmico, no meu entendimento, nada mais é do que um sentido abstrato da nossa capacidade econômica de viver.
     O poder político na vida de cada um de nós é uma medida psicológica em função da variação da riqueza para cima ou para baixo. Existe uma identidade do indivíduo, do governo e da empresa; suas rendas são mutuamente dependentes, enquanto seus dispêndios acompanham as previsões e suas temporalidades, objetando completamente suas capacidades de renda. Os endividamentos das famílias, os déficits primários dos governos e as moratórias das dívidas empresariais, retratam a ideia da falência da correlação entre renda e consumo, quando fora do texto puramente teórico.
     Assim deveria correr a vida, se estou certo e convencido: A cada fim de ano gregoriano deveríamos estabelecer nossas metas e projetos com base numa seleção de desejos de consumo, com a expectativa de uma renda de suporte físico e não abstrata como nos acostumamos, e assim será para sempre.
     Feliz Ano Novo !

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

A ECONOMIA NÃO PERMITE O INDIVIDUALISMO

     Ao avaliarmos a contribuição que a revolução tecnológica entregou para o consumo da civilização moderna, somos levados também a pensar sobre o tamanho do custo econômico-social pelo aumento da desigualdade que a concentração da riqueza produziu.
     Nem as guerras, nem todas as revoluções foram capazes de destruírem a velha relação entre o poder e o Estado. As classes detentoras da maior parte da riqueza que emergiram, a meu ver, poderão levar a sociedade trabalhadora mundial a uma total incapacidade de si quer debater o seu papel dentro do processo econômico. No momento em que se acirram as críticas ao aumento das riquezas isoladas, a  proposta como via de solução para o mundo, a formação de sociedades individualistas, em verdade, o que está se criando é uma separação de corpos. Sobre isso, a primeira vista, seria o fracasso total do pensamento da globalização, que mesmo com seus defeitos, permitiu o conhecimento geral de quem somos.
     Ter auto-determinação é poder usar de soberania, mas para tanto é necessário no mundo atual, ser antes de tudo auto-suficiente, o que acredito não haver em lugar algum. O abastecimento necessário de matérias primas que sustentam o poder produtivo das economias desenvolvidas, ou o arranco asiático, é o resultado da produção de outros parceiros em todo o mundo.
     Como é possível o pensamento de uma sociedade individualista, virando as costas ou fazendo ouvidos de mercador, quando o jogo de barganha faz parte integrante e permanente na evolução de qualquer tipo de troca. É uma capsula inviolável indispensável para o desenvolvimento mundial.

sábado, 23 de dezembro de 2017

A INDEFINIÇÃO DO CAMINHO A SEGUIR

     Quando o Homem iniciou sua trajetória ao encontro de uma organização social cimentada pelos princípios fundamentais da justiça e da igualdade, teve que se defrontar com a necessidade material da vida humana: o dinheiro e a propriedade. Foi por esse caminho também que surgiram os pensadores e seus pensamentos, postulavam com suas correntes ideológicas achando que poderiam estabelecer os compartilhamentos das riquezas, nesse mesmo caminho essas idéias passam a  interagir com o poder do Estado, sobre o qual o Homem é o seu criador e o seu algoz.
     Estava então  completo o conjunto para a formulação econômico-social, a sustentação do debate sobre essa formulação até hoje não foi capaz de pelo menos definir o que é justiça social e igualdade. A tragédia ou o regozijo fica por conta da falta do mínimo convencimento, e isso se arrasta no tempo, ora sem alternância do sentido modificador, ora somente para manter a dialética da questão.
     Socialismo ou Capitalismo ?
     Talvez, a Humanidade esteja começando a acordar e perceber que debater ideologias, apenas serve para aumentar uma insatisfação  que não leva absolutamente à nada. Porque até hoje não se houve pragmatizar algum fato ou algum ato contra a miséria e a desigualdade ?
     O pior dessa história é pensar que a trajetória definida no passado estava errada !

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

A POLÍTICA MONETÁRIA NA ERA DA INCERTEZA

     O mercado financeiro internacional sempre manteve um pé no Federal Reserve(FED), e se agora o mercado americano remunera com juros de 1,5% a.a. e ainda oferece uma previsão  de mais 3 aumentos nos próximos 3 anos, o balcão de negócios com a moeda americana, a meu ver, receberá fortes ventos de uma tendência para a formação de uma bolha especulativa no seu mercado de capitais.
     Atualmente a taxa real do desemprego americana empurra para baixo a previsão de 4% , essa avaliação revela um momento vigoroso da economia, acontece também que a política monetária utilizada para conter algum vestígio inflacionário representa, em verdade, uma faca de dois gumes, isto é, a necessidade de sustentar o crescimento da renda de forma equilibrada e a dificuldade para impedir a entrada de dinheiro no momento da economia perto do pleno emprego.
     Os riscos que a política monetária americana pode levar ao sistema financeiro internacional, e às economias dos países menos protegidos, tem suas causas na própria estabilidade política e econômica americana, que tem a preferência dos investidores de capital especulativo , é um dinheiro que não entra para formação de capital fixo, eles abrem mão dos ganhos maiores em mercados que oferecem juros mais elevados, mais sem as principais premissas garantidoras do dinheiro aplicado.

domingo, 17 de dezembro de 2017

A INFLAÇÃO GERADA PELO AQUECIMENTO

     É fácil supor que em meados do século passado os economistas não imaginavam que a teoria econômica seria fortemente abalada por uma variável que passaria a fazer parte de todos os modelos matemáticos de investimentos. Hoje ela é conhecida como "aquecimento global". O fato é que as grandes economias estão pela primeira vez admitindo o risco real de uma quebra geral nos parâmetros que sustentam o processo produtivo mundial.
     Nesse assunto devemos ressaltar o setor de seguros, as indenizações estão tirando grandes fatias dos lucros por conta das catástrofes naturais que ocorrem com grande frequência em todo o mundo. Outra preocupação, é o mercado futuro de mercadorias, nesse caso, as commodities são obrigadas a realizarem coberturas de seguros cada vez mais caras contra as quebras de safras. Não é preciso dizer que os inevitáveis aumentos nos preços finais ocorrerão quando começarem as colheitas.
     Esse processo, parece que não mudará mais, e o consumidor estará ameaçado pela escassez ou um consumo a preços elevados. Em ambos os casos, é preciso que fique claro que o consumidor final de qualquer mercadoria é quem financia e quem paga por todos os riscos no balcão do aquecimento global.