domingo, 22 de abril de 2018

NUNCA HOUVE ÉTICA NO SALÁRIO

     A ética do valor de troca entre o trabalho e o salário morreu quando o desenvolvimento tecnológico inaugurou a ideia de custos e de fatores agregados. A doutrina antiga do valor de troca justa para ambos os lados, talvez tenha sido a grande preocupação de Tomas de Aquino, maior socialista do que religioso, tal a sua visão de justiça. O fato da existência do Homem é representada por necessidade do trabalho para si próprio ou para outrem, e ele será sempre medido pelo que faz, e essa medida é medida em valor. Como não falar sempre neste assunto em Aristóteles, como que querendo frisar a antiguidade do problema, o filósofo comparava o valor de um bem pelo seu uso, que chamamos hoje de custo-benefício, acredito não ser mais possível utilizar esse fundamento na determinação do preço, excluindo-se é claro quando há a escassez.
     Entre o valor de um bem e o valor do seu uso, está a história da economia e o eterno confronto do salário com a capacidade de esse mesmo salário adquirir o bem que ele produziu.   

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