O índice mundial de desemprego ultrapassa aos 13% na faixa de jovens entre 15 e 24 anos, é uma estimativa otimista e deve contar aproximadamente 1,5 bilhão de jovens abandonados pelos governos, pela ONU e OIT e pelos sistemas. Apenas na zona do euro esse índice está próximo de 2 dígitos. Como é sabido, a Europa esta envelhecendo sua mão de obra e o contingente de imigrantes não alcança o nível de qualificação exigido.
A cada momento que os indicadores da presença do trabalhador no processo da produção revelam que a sua força enfraquece em termos relativos e absolutos, aumenta no sentido inverso a incredulidade das previsões de longo prazo dos resultados sociais que o sistema econômico, da forma como é desenvolvido, irá produzir.
Se a vida do trabalhador sempre foi acompanhada pelo fantasma do desemprego, a história dessa luta desigual tem sido marcada pela necessidade de se manter elevado os níveis de inovação tecnológica e produtividade. A produtividade é uma vantagem para o dono do capital, em alguns casos esse processo impõe ao trabalhador a condição de escravo da máquina que ele opera. A verdade é que o envelhecimento dos atuais empregados e a baixa qualificação de mão de obra jovem, abre espaço cada vez mais para que ocorra a sua substituição pela automação e a robótica. Com as previsões do PIB mundial para 2050 na ordem de 160 trilhões de dólares, é bem provável que a mais valia agregada à essa produção será oriunda das máquinas e não mais das atividades manufatureiras.
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