Para esses 10 milhões de trabalhadores desempregados, atualmente no Brasil, eu poderia invocar o espírito republicano de Benjamim Constant, ou o discurso de Epitácio Pessoa, quando proclama: " Moços, amai assim o Brasil, o vosso amor o transformará em breve nessa grande nacionalidade dos meus sonhos, respeitada e temida, progressista e fecunda, gloriosa e feliz ". Como o caráter que tento retirar dessa saudosa história brasileira poderia amenizar o drama de quem tem família para sustentar e está desempregado ? Como ? O Brasil é considerado com um desenvolvimento econômico no ranking mundial entre as 8 maiores economias, a renda per capita estimada de 11 mil dólares, sofre uma redução tributária de 35 %, em reais, o salário fica em torno de l.800 reais. É pouco dinheiro para sustentar mais 3,4 pessoas. A saída do sistema produtivo de 10 milhões de trabalhadores, provoca também a perda de 15 bilhões de reais do movimento da economia por mês e deixam de serem recolhidos 6 bilhões de reais aos cofres públicos mensalmente. Há um efeito dominó que esse drama causa em toda a sociedade, no temor e na preocupação daqueles que ainda estão empregados.
O emprego mundial, entendo, começa a entrar em uma fase de transformações, pelas previsões de indicadores macro-econômicos, como uma taxa de crescimento demográfico mundial próximo de
1 %, a ocupação do setor primário mundial aceleradamente decrescente em relação ao setor terciário e uma carga tributária sobre os rendimentos da renda pessoal no mundo acima de 40% em média. Menores contingentes em idade ativa, maiores dificuldades nas aptidões técnicas de emprego, maiores despesas previdenciárias e consequentes impostos, colocam as previsões mais otimistas sob suspeita de quantas pessoas no ano 2030 terão de serem sustentadas por cada trabalhador.
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